As forças navais da China e da Rússia deram início a um quarto exercício militar conjunto, poucos dias depois de os aliados da NATO terem considerado Pequim um "facilitador decisivo" da guerra na Ucrânia.
No domingo, as marinhas chinesa e russa deram início a um novo exerício militar conjunto, nas zonas marítimas das partes ocidental e setentrional do Oceano Pacífico, tendo entrado numa zona específica do Mar do Sul da China.
Esta patrulha conjunta, a quarta entre os dois países desde 2021, está planeada de acordo com um calendário anual e com o acordo entre os dois países. O Ministério da Defesa esclareceu também que não visa terceiros e não está relacionada com as atuais situações internacionais ou regionais.
A patrulha conjunta tinha também como objetivo reforçar a confiança mútua estratégia de ambos os países e aperfeiçoar as capacidades de combate para melhorar as respostas em matéria de segurança marítima.
Os exercícios conjuntos surgem num ambiente de tensão entre a China e os aliados da NATO, depois de na semana ada o Secretário-Geral Adjunto da NATO ter afirmado que a China era "um facilitador decisivo da guerra" entre a Rússia e a Ucrânia.
A NATO emitiu um comunicado severo a exprimir preocupações sobre o arsenal nuclear de Pequim e as suas capacidades no espaço, deixando claro que a China está a tornar-se um foco da aliança militar.
"Apelamos à República Popular da China, enquanto membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas com a responsabilidade especial de defender os objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas, para que cesse todo o apoio material e político ao esforço de guerra da Rússia", lê-se na declaração.