A esplanada que ruiu em Palma de Maiorca operava sem licença de estabelecimento ou de ocupação, declarou esta terça-feira o presidente da Câmara Municipal. A autarquia intervirá no caso de ser instaurado um processo judicial por causa do incidente, que causou a morte de quatro pessoas.
Numa conferência de imprensa realizada na terça-feira, o presidente da Câmara Municipal de Palma, Jaime Martínez, informou que a esplanada que ruiu na quinta-feira ada no Medusa Beach Club, na Playa de Palma, não tinha licença municipal de atividade para receber clientes.
De acordo com declarações citadas pela 'RTVE', a Câmara Municipal da capital maiorquina entregará os relatórios elaborados por diferentes departamentos municipais à Polícia Nacional e ao Ministério Público, e intervirá no caso seja aberto um processo judicial contra os alegados responsáveis pelo acontecimento, que causou quatro mortos e 14 feridos.
O presidente da Câmara salientou que o rés do chão, utilizado como restaurante, e a cave, onde se encontrava a discoteca Coco Rico, tinham as devidas autorizações.
Bombeiros apontam para excesso de peso e sobrecarga do espaço
Segundo o autarca, as conclusões preliminares dos bombeiros de Palma apontam para o excesso de peso e a sobrecarga, associados aos trabalhos de renovação efetuados sem licença, e à presença de cerca de vinte clientes no espaço no momento da derrocada.
O edifício tinha ado por uma inspeção que identificou pequenas patologias que não comprometiam a estrutura, mas que alertou para o facto de o telhado, que tinha sofrido obras e estava a ser utilizado como terraço sem as licenças correspondentes, não ser transitável.
Em declarações à Euronews na sexta-feira, Enric Heredia, presidente da Associação de Consultores Estruturais, explicou a importância de seguir um procedimento correto. As obras que modificam os edifícios, disse, "são sempre delicadas, requerem uma atenção especial, um projeto concreto do que vai ser feito, um bom acompanhamento da obra e um bom acompanhamento da sua execução".