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Quatro mortos em tumultos na Nova Caledónia. Macron declara estado de emergência

Apoiantes da independência manifestam-se com a bandeira Kanak à porta de uma assembleia de voto no distrito de Riviere Salee, em Noumea, Nova Caledónia, no domingo, 4 de outubro de 2020 AP Photo/Mathurin
Apoiantes da independência manifestam-se com a bandeira Kanak à porta de uma assembleia de voto no distrito de Riviere Salee, em Noumea, Nova Caledónia, no domingo, 4 de outubro de 2020 AP Photo/Mathurin Direitos de autor Mathurin Derel/Copyright 2020 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Mathurin Derel/Copyright 2020 The AP. All rights reserved
De Euronews com EBU & AP
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Pelo menos quatro pessoas morreram durante os tumultos ocorridos na Nova Caledónia, depois de as autoridades anunciarem um recolher obrigatório de dois dias. Emmanuel Macron cancelou viagem ao norte de França e declarou estado de emergência.

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Pelo menos quatro pessoas morreram e cerca de 300 ficaram feridas na Nova Caledónia, território ultramarino francês do Oceano Pacífico, no terceiro dia consecutivo de tumultos. As autoridades anunciaram na terça-feira um recolher obrigatório de dois dias e proibiram ajuntamentos.

Três das vítimas mortais registadas esta madrugada eram membros da etnia Kanak, povo autóctone do arquipélago. A quarta, registada já nesta quarta-feira, foi um agente da polícia da região.

Os tumultos surgiram na sequência de alterações à Constituição que previam o alargamento do direito de voto nas eleições locais aos cidadãos ses que vivessem na ilha há mais de dez anos. A população indígena Kanak considerou esta medida como uma tentativa de minimizar a sua influência.

Segundo a imprensa local, foram saqueadas e queimadas lojas e estabelecimentos comerciais e foram disparados tiros contra agentes da polícia.

Pelo menos 54 polícias e gendarmes ficaram feridos e mais de 130 pessoas foram detidas, segundo o alto representante da República na Nova Caledónia, Louis le Franc.

O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou esta quarta-feira um conselho especial no Eliseu, composto por vários ministros e altos responsáveis da Defesa e Negócios Estrangeiros, e decidiu declarar estado de emergência, tendo cancelado uma viagem que tinha prevista ao norte de França para se concentrar nos tumultos na Nova Caledónia.

O aeroporto foi encerrado e dezenas de voos foram cancelados.

Os tumultos começaram na segunda-feira à noite, antes de um debate no Parlamento francês, agendado para terça-feira, para discutir as reformas eleitorais.

Os opositores às reformas afirmam que estas beneficiariam os políticos pró-ses da Nova Caledónia e marginalizariam ainda mais a população indígena, que foi vítima de políticas de segregação e discriminação rigorosas.

"A violência nunca é uma solução", disse o primeiro-ministro francês Gabriel Attal. "A nossa prioridade é, naturalmente, restabelecer a ordem, a calma e a serenidade", frisou o governante.

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