{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/04/02/novo-governo-ja-tomou-posse-marcelo-deixa-aviso-mandato-sera-complexo" }, "headline": "Novo governo j\u00e1 tomou posse. Marcelo deixa aviso: \u0022Mandato ser\u00e1 complexo\u0022", "description": "Novos ministros tomaram posse no Pal\u00e1cio da Ajuda, numa cerim\u00f3nia marcada pelos discursos do Presidente da Rep\u00fablica, Marcelo Rebelo de Sousa, e do novo primeiro-ministro, Lu\u00eds Montenegro. O l\u00edder da oposi\u00e7\u00e3o, Pedro Nuno Santos, n\u00e3o foi \u00e0 cerim\u00f3nia.", "articleBody": "O\u00a0primeiro-ministro Lu\u00eds Montenegro e os 17 ministros do XXIV Governo Constitucional tomaram posse esta ter\u00e7a-feira, no Pal\u00e1cio Nacional da Ajuda, menos de um m\u00eas depois da vit\u00f3ria da Alian\u00e7a Democr\u00e1tica nas legislativas de 10 de mar\u00e7o. Este \u00e9 o terceiro executivo a que o Presidente da Rep\u00fablica, Marcelo Rebelo de Sousa, d\u00e1 posse, mas o primeiro liderado pelo PSD , partido a que j\u00e1 presidiu. Em 2019 deu posse ao segundo Governo de Ant\u00f3nio Costa e, em 2022, empossou o terceiro executivo de Costa. Nenhum dos dois cumpriu o mandato at\u00e9 ao fim. No discurso, Marcelo come\u00e7ou por deixar uma primeira palavra aos portugueses, cuja vota\u00e7\u00e3o \u0022foi um voto de f\u00e9 na democracia ao inverter a absten\u00e7\u00e3o que parecia impar\u00e1vel \u0022. O chefe de Estado dirigiu-se, depois, diretamente a Lu\u00eds Montenegro, dizendo que foi empossado \u0022para substituir quem liderou o mais longo Governo neste s\u00e9culo e o segundo em Democracia\u0022 e\u00a0sempre \u0022com sensibilidade internacional e europeia \u0022, aludindo aos oito anos de governo de Ant\u00f3nio Costa. De acordo com o Presidente da Rep\u00fablica, os portugueses fizeram tr\u00eas escolhas: \u0022Escolheram a refor\u00e7ada aproxima\u00e7\u00e3o \u00e0s pessoas, escolheram mudar de hemisf\u00e9rio de governo, n\u00e3o deram maioria ao partido que a possu\u00eda , nem maioria com outros partidos do mesmo hemisf\u00e9rio; n\u00e3o deram, por diferen\u00e7a ex\u00edgua, a vit\u00f3ria ao maior partido desse hemisf\u00e9rio\u0022. Mais, segundo Marcelo, os portugueses \u0022escolheram dar a vit\u00f3ria ao setor moderado e n\u00e3o ao setor radical do outro hemisf\u00e9rio\u0022, ou seja, n\u00e3o deram a vit\u00f3ria ao Chega. Alertando que o mandato ser\u00e1 \u0022complexo\u0022 , destacou quatro vetores que v\u00e3o exigir mais deste governo. Em primeiro,\u00a0o panorama internacional, que \u0022pode piorar\u0022. Depois, a governa\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica e social interna, avisando que \u0022onde n\u00e3o temos problemas n\u00e3o os devemos criar\u0022 e aconselhando ao \u0022consenso em mais crescimento, investimentos e exporta\u00e7\u00f5es, no rigor das contas p\u00fablicas, no controlo da d\u00edvida externa\u0022. Em terceiro, a base de apoio pol\u00edtico: \u0022O Governo conta com o apoio solid\u00e1rio e cooperante do Presidente da Rep\u00fablica , que ali\u00e1s nunca o regateou ao seu antecessor. Mas n\u00e3o conta com o apoio maiorit\u00e1rio na Assembleia da Rep\u00fablica e tem de o construir com converg\u00eancias\u0022. Por \u00faltimo, o tempo dispon\u00edvel, que \u0022\u00e9 muito longo em teoria, mas, na pr\u00e1tica, para o que \u00e9 muito urgente e prometido em campanha \u00e9 muito curto\u0022. Apesar de se abrir uma mudan\u00e7a de ciclo de oito anos de governa\u00e7\u00e3o socialista, as perpetivas de que este Governo conseguir\u00e1 cumprir a legislatura at\u00e9 ao fim s\u00e3o escassas, dada a falta de maioria de apoio no Parlamento. No primeiro discurso como primeiro-ministro, Lu\u00eds Montenegro come\u00e7ou por pedir a todos os agentes pol\u00edticos \u0022maturidade\u0022 e \u0022compromisso com a vontade dos portugueses\u0022. Pressionando o PS a clarificar que papel vai adotar, se de \u0022oposi\u00e7\u00e3o\u00a0democr\u00e1tica\u0022 ou de \u0022bloqueio democr\u00e1tico\u0022 , sublinhou que \u0022n\u00e3o rejeitar o Programa do Governo no Parlamento n\u00e3o significa apenas permitir o in\u00edcio da a\u00e7\u00e3o governativa\u0022.\u00a0 \u0022Significa permitir a sua execu\u00e7\u00e3o at\u00e9 ao final do mandato ou, no limite, at\u00e9 \u00e0 aprova\u00e7\u00e3o de uma mo\u00e7\u00e3o de censura. N\u00e3o rejeitar o Programa do Governo com certeza que n\u00e3o significa um cheque em branco, mas tamb\u00e9m\u00a0n\u00e3o pode significar um cheque sem cobertura\u0022, considerou. O novo primeiro-ministro quis tamb\u00e9m desmistificar a ideia de que o pa\u00eds tem \u0022cofres cheios\u0022 para resolver todos os problemas.\u00a0\u0022Temos a no\u00e7\u00e3o de que n\u00e3o fic\u00e1mos um pa\u00eds rico s\u00f3 porque tivemos um superavit or\u00e7amental [...]\u00a0Esta ideia \u00e9 perigosa, \u00e9 errada e \u00e9 mesmo irrespons\u00e1vel\u0022, alertou. Pedro Nuno, BE e P n\u00e3o estiveram presentes Na cerim\u00f3nia esteve presente o primeiro-ministro cessante Ant\u00f3nio Costa e alguns ministros que cessam agora fun\u00e7\u00f5es.\u00a0 Agora do lado da oposi\u00e7\u00e3o, o Partido Socialista tamb\u00e9m marcou presen\u00e7a, mas sem o secret\u00e1rio-geral Pedro Nuno Santos, fazendo-se representar pela dirigente Alexandra Leit\u00e3o. Ainda \u00e0 esquerda, o Bloco de Esquerda e o P n\u00e3o estiveram presentes na cerim\u00f3nia de tomada de posse. J\u00e1 o Livre esteve presente, sendo representado pela l\u00edder parlamentar, Isabel Mendes Lopes. \u00c0 direita, pela Iniciativa Liberal esteve o presidente do partido, Rui Rocha, acompanhado do deputado e ex-l\u00edder parlamentar Rodrigo Saraiva.\u00a0Andr\u00e9 Ventura marcou presen\u00e7a em representa\u00e7\u00e3o do Chega, juntamente com o deputado Bernardo Pessanha. Outras figuras, como o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, o presidente da C\u00e2mara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, a Procuradora-Geral da Rep\u00fablica, Luc\u00edlia Gago, bem como o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, tamb\u00e9m estiveram no Pal\u00e1cio da Ajuda. ", "dateCreated": "2024-04-02T14:56:56+02:00", "dateModified": "2024-04-02T21:27:55+02:00", "datePublished": "2024-04-02T19:51:09+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F34%2F62%2F02%2F1440x810_cmsv2_1bb2b2e0-01a3-5568-968c-543ebb953337-8346202.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Lu\u00eds Montenegro tomou posse como primeiro-ministro esta ter\u00e7a-feira", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F34%2F62%2F02%2F432x243_cmsv2_1bb2b2e0-01a3-5568-968c-543ebb953337-8346202.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Novo governo já tomou posse. Marcelo deixa aviso: "Mandato será complexo"

Luís Montenegro tomou posse como primeiro-ministro esta terça-feira
Luís Montenegro tomou posse como primeiro-ministro esta terça-feira Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Novos ministros tomaram posse no Palácio da Ajuda, numa cerimónia marcada pelos discursos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do novo primeiro-ministro, Luís Montenegro. O líder da oposição, Pedro Nuno Santos, não foi à cerimónia.

PUBLICIDADE

O primeiro-ministro Luís Montenegro e os 17 ministros do XXIV Governo Constitucional tomaram posse esta terça-feira, no Palácio Nacional da Ajuda, menos de um mês depois da vitória da Aliança Democrática nas legislativas de 10 de março.

Este é o terceiro executivo a que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dá posse, mas o primeiro liderado pelo PSD, partido a que já presidiu. Em 2019 deu posse ao segundo Governo de António Costa e, em 2022, empossou o terceiro executivo de Costa. Nenhum dos dois cumpriu o mandato até ao fim.

No discurso, Marcelo começou por deixar uma primeira palavra aos portugueses, cuja votação "foi um voto de fé na democracia ao inverter a abstenção que parecia imparável".

O voto vale sempre a pena. A liberdade vale sempre a pena. A democracia vale sempre a pena
Marcelo Rebelo de Sousa
Presidente da República

O chefe de Estado dirigiu-se, depois, diretamente a Luís Montenegro, dizendo que foi empossado "para substituir quem liderou o mais longo Governo neste século e o segundo em Democracia" e sempre "com sensibilidade internacional e europeia", aludindo aos oito anos de governo de António Costa.

De acordo com o Presidente da República, os portugueses fizeram três escolhas: "Escolheram a reforçada aproximação às pessoas, escolheram mudar de hemisfério de governo, não deram maioria ao partido que a possuía, nem maioria com outros partidos do mesmo hemisfério; não deram, por diferença exígua, a vitória ao maior partido desse hemisfério".

Mais, segundo Marcelo, os portugueses "escolheram dar a vitória ao setor moderado e não ao setor radical do outro hemisfério", ou seja, não deram a vitória ao Chega.

Alertando que o mandato será "complexo", destacou quatro vetores que vão exigir mais deste governo. Em primeiro, o panorama internacional, que "pode piorar". Depois, a governação económica e social interna, avisando que "onde não temos problemas não os devemos criar" e aconselhando ao "consenso em mais crescimento, investimentos e exportações, no rigor das contas públicas, no controlo da dívida externa".

Em terceiro, a base de apoio político: "O Governo conta com o apoio solidário e cooperante do Presidente da República, que aliás nunca o regateou ao seu antecessor. Mas não conta com o apoio maioritário na Assembleia da República e tem de o construir com convergências".

Por último, o tempo disponível, que "é muito longo em teoria, mas, na prática, para o que é muito urgente e prometido em campanha é muito curto".

Apesar de se abrir uma mudança de ciclo de oito anos de governação socialista, as perpetivas de que este Governo conseguirá cumprir a legislatura até ao fim são escassas, dada a falta de maioria de apoio no Parlamento.

No primeiro discurso como primeiro-ministro, Luís Montenegro começou por pedir a todos os agentes políticos "maturidade" e "compromisso com a vontade dos portugueses".

Do lado do Governo, estaremos, como prometemos, focados essencialmente na resolução dos problemas das pessoas e na promoção do interesse nacional
Luís Montenegro
Primeiro-ministro de Portugal

Pressionando o PS a clarificar que papel vai adotar, se de "oposição democrática" ou de "bloqueio democrático", sublinhou que "não rejeitar o Programa do Governo no Parlamento não significa apenas permitir o início da ação governativa". 

"Significa permitir a sua execução até ao final do mandato ou, no limite, até à aprovação de uma moção de censura. Não rejeitar o Programa do Governo com certeza que não significa um cheque em branco, mas também não pode significar um cheque sem cobertura", considerou.

Marcelo deu posse ao novo governo composto por 17 ministros
Marcelo deu posse ao novo governo composto por 17 ministrosArmando Franca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

O novo primeiro-ministro quis também desmistificar a ideia de que o país tem "cofres cheios" para resolver todos os problemas. "Temos a noção de que não ficámos um país rico só porque tivemos um superavit orçamental [...] Esta ideia é perigosa, é errada e é mesmo irresponsável", alertou.

Pedro Nuno, BE e P não estiveram presentes

Na cerimónia esteve presente o primeiro-ministro cessante António Costa e alguns ministros que cessam agora funções. 

Agora do lado da oposição, o Partido Socialista também marcou presença, mas sem o secretário-geral Pedro Nuno Santos, fazendo-se representar pela dirigente Alexandra Leitão.

Ainda à esquerda, o Bloco de Esquerda e o P não estiveram presentes na cerimónia de tomada de posse. Já o Livre esteve presente, sendo representado pela líder parlamentar, Isabel Mendes Lopes.

À direita, pela Iniciativa Liberal esteve o presidente do partido, Rui Rocha, acompanhado do deputado e ex-líder parlamentar Rodrigo Saraiva. André Ventura marcou presença em representação do Chega, juntamente com o deputado Bernardo Pessanha.

Outras figuras, como o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, bem como o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, também estiveram no Palácio da Ajuda.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Chega conquista eleitorado jovem: os porquês

À quarta foi de vez: Aguiar Branco eleito presidente da Assembleia da República

Portugal com excedente histórico de 1,2% em 2023