{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/03/19/2023-foi-o-ano-mais-quente-de-que-ha-registo-segundo-a-organizacao-meteorologica-mundial" }, "headline": "2023 foi o ano mais quente de que h\u00e1 registo, segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Meteorol\u00f3gica Mundial ", "description": "Os indicadores das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas atingiram n\u00edveis recorde. Estas s\u00e3o as conclus\u00f5es do relat\u00f3rio da Organiza\u00e7\u00e3o Meteorol\u00f3gica Mundial sobre o estado do clima global, divulgado esta ter\u00e7a-feira.", "articleBody": "As conclus\u00f5es do relat\u00f3rio anual da Organiza\u00e7\u00e3o Meteorol\u00f3gica Mundial n\u00e3o podiam ser mais pessimistas. Foram batidos recordes no que diz respeito ao calor dos oceanos, \u00e0 subida do n\u00edvel do mar, \u00e0 perda de gelo marinho na Ant\u00e1rtida e ao recuo dos glaciares. 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A extens\u00e3o do gelo marinho ant\u00e1rtico foi de longe a mais baixa jamais registada, com a extens\u00e3o m\u00e1xima no final do inverno 1 milh\u00e3o de quil\u00f3metros quadrados abaixo do ano recorde anterior, o que equivale \u00e0 dimens\u00e3o da Fran\u00e7a e da Alemanha juntas. Em 2023, o n\u00edvel m\u00e9dio global do mar atingiu um m\u00e1ximo hist\u00f3rico registado por sat\u00e9lites (desde 1993), refletindo o aquecimento cont\u00ednuo dos oceanos (expans\u00e3o t\u00e9rmica) e a fus\u00e3o dos glaciares e das calotes polares. A taxa de subida m\u00e9dia global do n\u00edvel do mar nos \u00faltimos dez anos (2014-2023) \u00e9 mais do dobro da registada na primeira d\u00e9cada do s\u00e9culo XX. Gases com efeito de estufa na atmosfera: aumento da temperatura a longo prazo O aumento a longo prazo da temperatura global deve-se ao aumento das concentra\u00e7\u00f5es de gases com efeito de estufa na atmosfera. A transi\u00e7\u00e3o das condi\u00e7\u00f5es de La Ni\u00f1a para El Ni\u00f1o em meados de 2023 tamb\u00e9m contribuiu para o r\u00e1pido aumento da temperatura no ano ado. As concentra\u00e7\u00f5es observadas dos tr\u00eas principais gases com efeito de estufa, di\u00f3xido de carbono, metano e \u00f3xido nitroso, atingiram n\u00edveis recorde em 2022. Os dados em tempo real de locais espec\u00edficos mostram um aumento em 2023. Os n\u00edveis de CO2 s\u00e3o 50% mais elevados do que na era pr\u00e9-industrial e ret\u00eam o calor na atmosfera. Os longos per\u00edodos de elimina\u00e7\u00e3o do CO2 indicam que as temperaturas continuar\u00e3o a aumentar durante muitos anos. 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2023 foi o ano mais quente de que há registo, segundo a Organização Meteorológica Mundial

2023 foi o ano mais quente de que há registo, segundo a OMM.
2023 foi o ano mais quente de que há registo, segundo a OMM. Direitos de autor Charlie Riedel/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Os indicadores das alterações climáticas atingiram níveis recorde. Estas são as conclusões do relatório da Organização Meteorológica Mundial sobre o estado do clima global, divulgado esta terça-feira.

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As conclusões do relatório anual da Organização Meteorológica Mundial não podiam ser mais pessimistas. Foram batidos recordes no que diz respeito ao calor dos oceanos, à subida do nível do mar, à perda de gelo marinho na Antártida e ao recuo dos glaciares.

O relatório sublinha que as condições meteorológicas extremas prejudicam o desenvolvimento socioeconómico e que a transição para as energias renováveis oferece alguma esperança. Conclui também que o custo da inação climática é superior ao custo da ação climática.

Milhões de pessoas afetadas em todo o mundo

Ondas de calor, inundações, secas e incêndios florestais perturbaram a vida quotidiana de milhões de pessoas em todo o mundo e causaram milhares de milhões de euros de prejuízos económicos.

O relatório da OMM confirma que 2023 foi o ano mais quente de que há registo, com uma temperatura média próxima da superfície de 1,45 graus Celsius (com uma margem de incerteza de ±0,12 °C) em comparação com o período de referência pré-industrial. Este é o período de dez anos mais quente de que há registo.

"Nunca estivemos tão perto, mesmo que temporariamente, do limite inferior de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris sobre as alterações climáticas", disse Celeste Saulo, secretária-geral da OMM. "A comunidade da OMM está a fazer soar o alarme para todo o mundo".

"As alterações climáticas não são apenas uma questão de temperaturas. O que vimos em 2023, incluindo o aquecimento sem precedentes dos oceanos e o recuo dos glaciares na Antártida, é particularmente preocupante", acrescentou.

O recuo dos glaciares na Antártida, é particularmente preocupante
Celeste Saulo
Secretária-geral da OMM

De acordo com os dados preliminares, todos os glaciares de referência sofreram a perda de gelo mais significativa de que há registo (desde 1950), devido ao degelo extremo na parte ocidental da América do Norte e da Europa.

A extensão do gelo marinho antártico foi de longe a mais baixa jamais registada, com a extensão máxima no final do inverno 1 milhão de quilómetros quadrados abaixo do ano recorde anterior, o que equivale à dimensão da França e da Alemanha juntas.

Em 2023, o nível médio global do mar atingiu um máximo histórico registado por satélites (desde 1993), refletindo o aquecimento contínuo dos oceanos (expansão térmica) e a fusão dos glaciares e das calotes polares.

A taxa de subida média global do nível do mar nos últimos dez anos (2014-2023) é mais do dobro da registada na primeira década do século XX.

Gases com efeito de estufa na atmosfera: aumento da temperatura a longo prazo

O aumento a longo prazo da temperatura global deve-se ao aumento das concentrações de gases com efeito de estufa na atmosfera. A transição das condições de La Niña para El Niño em meados de 2023 também contribuiu para o rápido aumento da temperatura no ano ado.

As concentrações observadas dos três principais gases com efeito de estufa, dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, atingiram níveis recorde em 2022. Os dados em tempo real de locais específicos mostram um aumento em 2023.

Os níveis de CO2 são 50% mais elevados do que na era pré-industrial e retêm o calor na atmosfera. Os longos períodos de eliminação do CO2 indicam que as temperaturas continuarão a aumentar durante muitos anos.

Insegurança alimentar duplicou

O número de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda a nível mundial mais do que duplicou, ando de 149 milhões de pessoas antes da pandemia de COVID-19 para 333 milhões de pessoas em 2023 em 78 países abrangidos pelo Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.

De acordo com o relatório, os fenómenos meteorológicos e climáticos extremos podem não ser a causa principal, mas são factores agravantes. De facto, os riscos climáticos causaram deslocações em 2023, demonstrando como os choques climáticos minam a resiliência e criam novos riscos entre as populações mais vulneráveis.

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