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Polícia sérvia detém 38 pessoas após protestos contra resultados eleitorais

 Srdjan Milivojevic, um dos líderes da coligação Sérvia Contra a Violência, a dirigir-se aos manifestantes durante um protesto em Belgrado na segunda-feira à noite
Srdjan Milivojevic, um dos líderes da coligação Sérvia Contra a Violência, a dirigir-se aos manifestantes durante um protesto em Belgrado na segunda-feira à noite Direitos de autor ANDREJ ISAKOVIC/AFP
Direitos de autor ANDREJ ISAKOVIC/AFP
De Euronews com Lusa
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A polícia sérvia deteve pelo menos 38 pessoas que participaram num protesto contra as alegadas irregularidades generalizadas durante as recentes eleições, que deram a vitória aos populistas no poder.

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Milhares reuniram-se em frente a uma esquadra da polícia de Belgrado na noite de segunda-feira após as detenções durante protestos contra as alegadas irregularidades generalizadas durante as recentes eleições na Sérvia.

Segundo as autoridades do país, foram detidas pelo menos 38 pessoas que participaram num protesto no domingo à noite. Manifestantes tentaram entrar na Câmara Municipal de Belgrado, partindo janelas, antes de a polícia de choque os fazer recuar com gás lacrimogéneo, gás pimenta e bastões.

A oposição afirmou que a polícia usou força excessiva e agrediu alguns dos seus apoiantes.

Os protestos de segunda-feira, ao contrário das manifestações de domingo, foram pacíficos, apesar de terem começado com bloqueios nas ruas da capital e mais tarde uma concentração em frente ao edifício da comissão eleitoral. 

O grupo de oposição “Sérvia Contra a Violência” tem vindo a organizar protestos desde as eleições de 17 de dezembro, afirmando que houve fraude eleitoral, especialmente na capital, Belgrado. Alguns políticos iniciaram uma greve de fome.

Os manifestantes, principalmente jovens universitários, exigem a anulação das eleições. Representantes da coligação“Sérvia Contra a Violência” aplaudiram os estudantes nesta luta. 

"Vocês são o orgulho e o futuro da Sérvia, são vocês que devem escolher em que país querem viver. Obrigado por lutarem pela vossa cidade e pela Sérvia nestas ruas", afirmou Miroslav Aleksic perante os jovens.

Várias centenas de estudantes universitários e outros cidadãos bloquearam hoje o trânsito numa rua importante de Belgrado, onde se situa a sede do governo, desafiando um aviso da polícia contra os bloqueios de estradas e pontes na capital. 

O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, descreveu os protestos de domingo como uma tentativa de derrubar o governo e denunciou que há evidências de que o episódio de violência foi planeado com antecedência.

Moscovo também acusou o Ocidente de interferir, sugerindo que há países terceiros a tentar agitar a situação.

"Há processos e tentativas de terceiros, em particular, tentativas de provocar tal agitação em Belgrado... Não temos dúvidas de que a liderança da República garantirá o estado de Direito no país", afirmou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.

A Sérvia está formalmente a tentar aderir à União Europeia, mas tem mantido laços estreitos com Moscovo e recusou-se a aderir às sanções ocidentais impostas à Rússia devido à invasão da Ucrânia.

O Partido Progressista Sérvio, no poder, negou ter manipulado a votação e descreveu as eleições como justas, apesar das críticas dos observadores internacionais e dos observadores eleitorais locais.

O partido de Aleksandar Vučić obteve a vitória nas eleições parlamentares e nas eleições municipais de Belgrado. A “Sérvia Contra a Violência”, o principal concorrente do partido do governo, afirmou que lhe foi roubada a vitória, especialmente em Belgrado.

Representantes de várias organizações internacionais de defesa dos direitos humanos que observaram as eleições referiram múltiplas irregularidades durante a votação, incluindo casos de compra de votos e de enchimento de urnas.

Também assinalaram condições injustas para os candidatos da oposição devido à parcialidade dos meios de comunicação social, ao abuso de recursos públicos por parte do partido no poder e ao facto de o Presidente dominar a campanha do partido no poder e o tempo de comunicação social atribuído aos candidatos, apesar de não ter participado nas eleições.

A “Sérvia Contra a Violência” disse na quinta-feira, numa carta enviada às instituições, funcionários e países membros da UE, que não reconheceria o resultado das eleições. A aliança apelou à UE para que fizesse o mesmo e iniciasse uma investigação sobre os resultados.

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