Amnistia Internacional e Human Rights Watch dizem que forças israelitas usaram fósforo branco em ataques contra civis em Gaza e no sul do Líbano
A Amnistia Internacional e a Human Rights Watch acusam Israel de usar munições de fósforo branco contra civis em Gaza e no sul do Líbano.
Na localidade libanesa de Daraya, junto à fronteira de Israel, vive-se um clima de medo desde um ataque israelita no dia 16, no qual foi alegadamente usado este tipo de munição, que apenas é proibido pelas convenções internacionais no caso de um uso contra civis.
Ramzi Kaiss, Human Rights Watch:"O fósforo branco queima até aos ossos e não pára de arder a não ser que fique sem oxigénio. Ferimentos muito pequenos podem muitas vezes ser fatais porque entra na corrente sanguínea. Por isso, quando é utilizado como arma, pode causar danos graves aos civis."
Donatella Rovera, Amnistia Internacional: "Temos vídeos geolocalizados e verificados que mostram projécteis de artilharia a serem lançados sobre Gaza e sobre o Líbano com fósforo branco e falámos com médicos que trataram nove pessoas. As provas são incontestáveis e é por isso que apelamos a investigações independentes sobre todas estas violações do direito internacional humanitário."
Esta quinta-feira, foram encontrados no sul do Líbano os corpos de dois pastores libaneses que morreram vítimas de disparos junto ao rio que separa o país de Israel.
A agência noticiosa libanesa diz que foram mortos pelas tropas israelitas quando avam com um rebanho.
O sul do Líbano tem sido palco de bombardeamentos e de combates entre Israel e milícias palestinianas e do Hezbollah.
Com estas duas mortes, sobem para seis o número de baixas do lado libanês.