{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/10/18/guerra-israel-hamas-suspende-futebolista-do-nice-e-gera-revoltas-no-mundo-arabe" }, "headline": "Guerra Israel-Hamas suspende futebolista do Nice e provoca revoltas no mundo \u00e1rabe", "description": "Youcef Atal fez publica\u00e7\u00e3o considerada apelo \u00e0 viol\u00eancia antissemita e Nice n\u00e3o perdoou. Em diversas capitais \u00e1rabes, fez-se sentir a \u0022raiva\u0022 pelo bombardeamento de um hospital", "articleBody": "O clube de futebol Nice anunciou a suspens\u00e3o do internacional argelino Youcef Atal devido a uma publica\u00e7\u00e3o nas redes sociais de \u0022apologia do terrorismo\u0022 no \u00e2mbito da guerra entre Israel e o Hamas. O futebolista at\u00e9 apagou rapidamente a publica\u00e7\u00e3o e pediu desculpa, mas o clube do sul de Fran\u00e7a decidiu tornar a san\u00e7\u00e3o \u0022imediata\u0022 de forma a antecipar-se \u00e0s que poderiam vir a ser aplicadas pelas inst\u00e2ncias desportivas e judiciais \u0022dada a natureza da publica\u00e7\u00e3o e a sua gravidade\u0022. \u0022A reputa\u00e7\u00e3o e a uni\u00e3o do OGC Nice resultam do comportamento de todos os seus colaboradores, que deve de estar em conformidade com os valores defendidos pela institui\u00e7\u00e3o\u0022, argumentou o clube. Youcef Atal partilhou no Instagram o v\u00eddeo de um pregador que manifesta preocupa\u00e7\u00e3o pelos civis de Gaza, parece tecer coment\u00e1rios antissemitas, apelos \u00e0 viol\u00eancia, na forma de \u0022um dia negro para os judeus\u0022. Na segunda-feira, o procurador de Nice, a pedido dos presidentes da regi\u00e3o dos Alpes Mar\u00edtimos e da c\u00e2mara daquele munic\u00edpio, abriu um inqu\u00e9rito por \u0022apologia do terrorismo\u0022 e \u0022incitamento ao \u00f3dio ou \u00e0 viol\u00eancia com base numa religi\u00e3o em particular\u0022. \u0022Quando se \u00e9 um jogador famoso com tr\u00eas milh\u00f5es de seguidores nas redes sociais, n\u00e3o s\u00f3 n\u00e3o se est\u00e1 acima da lei, como tamb\u00e9m se tem o dever moral de dar o exemplo\u0022, afirmou o autarca regional Hughes Moutouh ao jornal \u0022Nice Matin\u0022, esta quarta-feira, acrescentando: \u0022A difus\u00e3o de v\u00eddeos que incitam ao \u00f3dio n\u00e3o \u00e9 aceit\u00e1vel\u0022. A outro n\u00edvel, o ministro do Interior de Fran\u00e7a criticou o internacional franc\u00eas de origem argelina Karim Benzema devido a uma publica\u00e7\u00e3o do agora jogador dos sauditas do Al-Ittihad em que este oferecia \u0022todas as ora\u00e7\u00f5es pelos habitantes de Gaza, v\u00edtimas mais uma vez destes bombardeamentos injustos que n\u00e3o poupam nem mulheres nem crian\u00e7as\u0022. \u0022Todos sabemos que Karim Benzema tem liga\u00e7\u00f5es not\u00f3rias com a Irmandade Mu\u00e7ulmana\u0022, afirmou G\u00e9rald Dermain, em declara\u00e7\u00f5es ao canal \u0022CNews\u0022. A Arg\u00e9lia, entretanto, decidiu suspender todos os eventos de futebol \u0022at\u00e9 nova ordem\u0022, em solidariedade com o povo palestiniano. \u0022Expressando a sua solidariedade para com o povo irm\u00e3o da resist\u00eancia palestiniana e respeitando a mem\u00f3ria dos vener\u00e1veis e gloriosos m\u00e1rtires que foram v\u00edtimas da agress\u00e3o sionista, (...) a FAF decidiu suspender todas as competi\u00e7\u00f5es e jogos de futebol at\u00e9 nova ordem\u0022, l\u00ea-se num comunicado da federa\u00e7\u00e3o argelina . Mundo \u00e1rabe revoltado Milhares de pessoas do mundo \u00e1rabe manifestaram a revolta em diversos pa\u00edses contra o bombardeamento de um hospital de Gaza, esta ter\u00e7a-feira, em que ter\u00e3o morrido cerca de 500 pessoas. A Autoridades Palestiniana e o Hamas acusam Israel pelo tr\u00e1gico bombardeamento, descartando a alega\u00e7\u00e3o de Telavive de que teria sido um disparo falhado da Jiad Isl\u00e2mica Palestiniana, outro grupo armado sediado na Faixa de Gaza e tamb\u00e9m considerado terrorista pela Uni\u00e3o Europeia . O Hamas apelou mesmo a \u0022um dia de c\u00f3lera\u0022 no mundo \u00e1rabe e nas capitais da Jord\u00e2nia, da Tun\u00edsia, da S\u00edria e do L\u00edbano, entre outras, muitos mu\u00e7ulmanos responderam \u00e0 chamada. Em Am\u00e3, cerca de cinco mil pessoas juntaram-se diante da Embaixada de Israel para pedir a expuls\u00e3o da miss\u00e3o diplom\u00e1tica judaica devido ao alegado ataque contra o hospital de Gaza. As for\u00e7as de seguran\u00e7a jordanas tiveram de bloquear as ruas em torno da embaixada perante as amea\u00e7as de tentativa de invas\u00e3o pelos manifestantes revoltados. Em Tunes, o alvo dos protestos foi a embaixada de Fran\u00e7a, onde condenaram o apoio da Uni\u00e3o Europeia a Israel, mas tamb\u00e9m a zona em redor da representa\u00e7\u00e3o dos Estados Unidos foi palco de protestos. Os organizadores indicaram haver manifesta\u00e7\u00f5es noutras cidades tunisinas onde as bandeiras palestinianas tamb\u00e9m marcavam a revolta contra Israel. No L\u00edbano, pa\u00edse que se pode ver arrastado para uma guerra com Israel pelo Hezbollah, centenas de pessoas responderam ao apelo do grupo xiita paramilitar tamb\u00e9m considerado terrorista pela Uni\u00e3o Europeia, e aliado do Hamas e do Ir\u00e3o. \u0022O que est\u00e1 a contecer em Gaza n\u00e3o \u00e9 um conflito nem uma guerra. Est\u00e3o a ser cometidos massacres em s\u00e9rie\u0022, acusou Hashem Safieddine, um alto respons\u00e1vel do Hezbollah, citado pela Press. Safieddine avisou ainda que \u0022os israelitas v\u00e3o tentar atingir, sem pestanejar, mais hospitais, param\u00e9dicos, socorristas e habitantes de Gaza para os tentar expulsar. Em Damasco, centenas de pessoas empunharam bandeiras palestinianas e camisolas com a fotografia do Presidnete Bashar al-Assad numa concentra\u00e7\u00e3o junto ao parlamento s\u00edrio. Tamb\u00e9m no Egito, v\u00e1rias cidades foram palco de manifesta\u00e7oes que o governo liderado pelo general Al-Sissi n\u00e3o costuma autorizar. ", "dateCreated": "2023-10-18T14:13:21+02:00", "dateModified": "2023-10-18T20:23:33+02:00", "datePublished": "2023-10-18T18:01:55+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F97%2F67%2F94%2F1440x810_cmsv2_148925e1-5cdd-55b9-b035-25d29910a892-7976794.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Youcef Atal, num jogo do Nice, e os protestos anti-Israel na capital do Egito", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F97%2F67%2F94%2F432x243_cmsv2_148925e1-5cdd-55b9-b035-25d29910a892-7976794.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Marques", "givenName": "Francisco", "name": "Francisco Marques", "url": "/perfis/562", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@frmarques4655", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Guerra Israel-Hamas suspende futebolista do Nice e provoca revoltas no mundo árabe

Youcef Atal, num jogo do Nice, e os protestos anti-Israel na capital do Egito
Youcef Atal, num jogo do Nice, e os protestos anti-Israel na capital do Egito Direitos de autor AP Photo/Daniel Cole, Arquivo//Amr Nabil
Direitos de autor AP Photo/Daniel Cole, Arquivo//Amr Nabil
De Francisco Marques
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Youcef Atal fez publicação considerada apelo à violência antissemita e Nice não perdoou. Em diversas capitais árabes, fez-se sentir a "raiva" pelo bombardeamento de um hospital

PUBLICIDADE

O clube de futebol Nice anunciou a suspensão do internacional argelino Youcef Atal devido a uma publicação nas redes sociais de "apologia do terrorismo" no âmbito da guerra entre Israel e o Hamas.

O futebolista até apagou rapidamente a publicação e pediu desculpa, mas o clube do sul de França decidiu tornar a sanção "imediata" de forma a antecipar-se às que poderiam vir a ser aplicadas pelas instâncias desportivas e judiciais "dada a natureza da publicação e a sua gravidade".

"A reputação e a união do OGC Nice resultam do comportamento de todos os seus colaboradores, que deve de estar em conformidade com os valores defendidos pela instituição", argumentou o clube.

Youcef Atal partilhou no Instagram o vídeo de um pregador que manifesta preocupação pelos civis de Gaza, parece tecer comentários antissemitas, apelos à violência, na forma de "um dia negro para os judeus".

Na segunda-feira, o procurador de Nice, a pedido dos presidentes da região dos Alpes Marítimos e da câmara daquele município, abriu um inquérito por "apologia do terrorismo" e "incitamento ao ódio ou à violência com base numa religião em particular".

"Quando se é um jogador famoso com três milhões de seguidores nas redes sociais, não só não se está acima da lei, como também se tem o dever moral de dar o exemplo", afirmou o autarca regional Hughes Moutouh ao jornal "Nice Matin", esta quarta-feira, acrescentando: "A difusão de vídeos que incitam ao ódio não é aceitável".

A outro nível, o ministro do Interior de França criticou o internacional francês de origem argelina Karim Benzema devido a uma publicação do agora jogador dos sauditas do Al-Ittihad em que este oferecia "todas as orações pelos habitantes de Gaza, vítimas mais uma vez destes bombardeamentos injustos que não poupam nem mulheres nem crianças".

"Todos sabemos que Karim Benzema tem ligações notórias com a Irmandade Muçulmana", afirmou Gérald Dermain, em declarações ao canal "CNews".

A Argélia, entretanto, decidiu suspender todos os eventos de futebol "até nova ordem", em solidariedade com o povo palestiniano.

"Expressando a sua solidariedade para com o povo irmão da resistência palestiniana e respeitando a memória dos veneráveis e gloriosos mártires que foram vítimas da agressão sionista, (...) a FAF decidiu suspender todas as competições e jogos de futebol até nova ordem", lê-se num comunicado da federação argelina.

Mundo árabe revoltado

Milhares de pessoas do mundo árabe manifestaram a revolta em diversos países contra o bombardeamento de um hospital de Gaza, esta terça-feira, em que terão morrido cerca de 500 pessoas.

A Autoridades Palestiniana e o Hamas acusam Israel pelo trágico bombardeamento, descartando a alegação de Telavive de que teria sido um disparo falhado da Jiad Islâmica Palestiniana, outro grupo armado sediado na Faixa de Gaza e também considerado terrorista pela União Europeia.

O Hamas apelou mesmo a "um dia de cólera" no mundo árabe e nas capitais da Jordânia, da Tunísia, da Síria e do Líbano, entre outras, muitos muçulmanos responderam à chamada.

Em Amã, cerca de cinco mil pessoas juntaram-se diante da Embaixada de Israel para pedir a expulsão da missão diplomática judaica devido ao alegado ataque contra o hospital de Gaza.

As forças de segurança jordanas tiveram de bloquear as ruas em torno da embaixada perante as ameaças de tentativa de invasão pelos manifestantes revoltados.

Em Tunes, o alvo dos protestos foi a embaixada de França, onde condenaram o apoio da União Europeia a Israel, mas também a zona em redor da representação dos Estados Unidos foi palco de protestos.

Os organizadores indicaram haver manifestações noutras cidades tunisinas onde as bandeiras palestinianas também marcavam a revolta contra Israel.

No Líbano, paíse que se pode ver arrastado para uma guerra com Israel pelo Hezbollah, centenas de pessoas responderam ao apelo do grupo xiita paramilitar também considerado terrorista pela União Europeia, e aliado do Hamas e do Irão.

"O que está a contecer em Gaza não é um conflito nem uma guerra. Estão a ser cometidos massacres em série", acusou Hashem Safieddine, um alto responsável do Hezbollah, citado pela Press.

Safieddine avisou ainda que "os israelitas vão tentar atingir, sem pestanejar, mais hospitais, paramédicos, socorristas e habitantes de Gaza para os tentar expulsar.

Em Damasco, centenas de pessoas empunharam bandeiras palestinianas e camisolas com a fotografia do Presidnete Bashar al-Assad numa concentração junto ao parlamento sírio.

Também no Egito, várias cidades foram palco de manifestaçoes que o governo liderado pelo general Al-Sissi não costuma autorizar.

Outras fontes • AFP

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Adeptos israelitas vão a Budapeste assistir a jogo da Liga das Nações e apelam à paz

Europa dividida entre manifestações de apoio a Israel e à Palestina

Israel diz que Jihad Islâmica é responsável por explosão no hospital