Chanceler alemão disponível para novas conversações com o Presidente russo, enquanto a diplomacia da guerra continua a ser jogada em tabuleiros diferentes.
O Chanceler alemão, Olaf Scholz, diz que está disponível para falar novamente com o Presidente russo, Vlir Putin, na devida altura.
Quando a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia começou, em Fevereiro de 2022, muitos líderes desenvolveram conversações diretas com o Presidente russo, num esforço para negociar o fim das hostilidades.
Mas à medida que a guerra se intensificou, tornou-se claro que as discussões não eram possíveis, uma vez que o que Putin parece querer não é possível:
"O seu objetivo tem sido destruir a soberania, a independência e a integridade territorial da Ucrânia e, na verdade, destruir a própria Ucrânia. Veja-se o que as milícias e o exército fizeram à cultura, às infraestruturas, à energia, às escolas, aos hospitais, aos edifícios, às infraestruturas civis. Chama-se a isso destruição," explica a editora-chefe da Carnegie Europe, Judy Dempsey.
Mas para outros especialistas, a aparente vontade da Alemanha de reiniciar as conversações faz sentido:
"É ótimo que Scholz tente. Penso que a sua lógica é que, nesta fase, Putin deve ter compreendido que não está a chegar a lado nenhum nesta guerra, que está preso. É claro que isso é verdade. Mas Putin provavelmente não vê as coisas dessa forma, por isso não creio que seja frutífero, mas também não creio que seja prejudicial," considera a Analista Sénior do Conselho Europeu de Relações Exteriores, Kadri Liik.
É incerto se as conversações diretas entre a Rússia e as nações ocidentais poderão ser retomadas nos próximos meses. Mas essa não é a única forma de diplomacia em curso.
"A agência da ONU para a energia atómica tem sido crucial para manter a Europa segura e evitar qualquer tipo de catástrofe nuclear. Nesse sentido, trata-se de uma espécie de diplomacia. E, claro, há a diplomacia que trabalha para que os cereais ucranianos continuem a ser exportados, não só para a Europa mas também para os países do Médio Oriente e outros países," esclarece a editora-chefe da Carnegie Europe, Judy Dempsey.