A Suécia e a Noruega estão em alerta após o documentário que levanta suspeitas de espeionagem por parte de navios russos no Mar do Norte
A Suécia, candidata à adesão à NATO e a Noruega, membro da Aliança Atlântica, estão em alerta sobre os alegados barcos espiões da Rússia no Mar do Norte.
O Kremlin nega acusações de espionagem e exige prioridade na investigação das explosões do Nordstream
Um documentário transmitido pelos canais públicos de televisão nórdicos acusa a Rússia de recorrer à recolha de dados e de preparar atos de sabotagem na região.
À espera de aderir à NATO, a Suécia está inquieta-se. O primeiro-ministro, Ulf Kristersson, afirma:
"Isto confirma o que sabemos há muito tempo: que a Rússia não é apenas agora uma ameaça aguda à segurança, paz e liberdade da Ucrânia, mas é também uma ameaça latente para outros países da nossa vizinhança, incluindo nós próprios. E como eu disse, isto não é novidade para nós, mas é para isto que escalamos as forças de defesa suecas. E, por vezes, existem acontecimentos que nos obrigam a reagir. Mas não vou falar disso agora".
A Rússia nega as acusações de espionagem. O porta-voz do presidente Vladimir Putin pede, em vez disso, mais atenção para a investigação da sabotagem nos gasodutos "Nord Stream".
Num registo em áudio, como lhe é característico, Dmitry Peskov, diz: "Estes meios de comunicação social dos países mencionados estão errados nas suas investigações e, mais uma vez, preferem acusar a Rússia sem razão. Preferíamos vê-los prestar mais atenção ao ataque terrorista aos oleodutos do Nord Stream e à necessidade de uma investigação internacional transparente, urgente e ampla sobre estes atos de terrorismo e sabotagem sem precedentes".
Em setembro do ano ado foram noticiadas explosões no gasoduto "Nord Stream" que transporta gás natural russo para a Europa.
Os responsáveis da alegada sabotagem ainda não foram identificados. A Rússia foi deixada de fora da investigação pelos países nórdicos e agora talvez ainda mais, dadas as suspeitas de espionagem.