{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/03/08/ha-mulheres-em-todos-os-parlamentos-do-mundo-pela-primeira-vez" }, "headline": "H\u00e1 mulheres em todos os parlamentos do mundo pela primeira vez", "description": "As mulheres fazem hist\u00f3ria na representa\u00e7\u00e3o parlamentar. No entanto, na Europa, a evolu\u00e7\u00e3o em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 paridade de g\u00e9nero estagnou", "articleBody": "As mulheres fazem hist\u00f3ria na representa\u00e7\u00e3o parlamentar. Pela primeira vez, n\u00e3o existe um \u00fanico parlamento no planeta que n\u00e3o tenha pelo menos uma mulher, de acordo com a Uni\u00e3o Interparlamentar (UIP). No ano ado persistiu a tend\u00eancia de redu\u00e7\u00e3o do dom\u00ednio masculino na representa\u00e7\u00e3o pol\u00edtica dos cidad\u00e3os pelo mundo fora. J\u00e1 em 2020 tamb\u00e9m se atingiram n\u00fameros recorde nesta mat\u00e9ria. As conclus\u00f5es s\u00e3o do mais recente relat\u00f3rio da UIP, baseado nos dados de 47 pa\u00edses que realizaram elei\u00e7\u00f5es em 2022. Nos Estados Unidos da Am\u00e9rica 263 mulheres afro-americanas candidataram-se \u00e0s elei\u00e7\u00f5es intercalares do ano ado, mais do que em 2018. No entanto, o n\u00famero de mulheres nomeadas para o Congresso diminuiu face ao pico registado em 2020. Na Austr\u00e1lia o Senado foi a \u00fanica c\u00e2mara legislativa no mundo com mais de 50% dos assentos ocupados por mulheres (56,6%) em 2022. Em Fran\u00e7a os eleitores est\u00e3o gradualmente a consolidar a diversidade na c\u00e2mara baixa do Parlamento, a Assembleia Nacional. No ano ado os ses elegeram 32 candidatos (5,8%) de origem minorit\u00e1ria, um recorde para o pa\u00eds. Na Col\u00f4mbia a representa\u00e7\u00e3o LGBTQ+ triplicou no Congresso desde 2018, subindo de dois para seis membros. Nos 47 pa\u00edses que realizaram elei\u00e7\u00f5es em 2022 as mulheres ocuparam uma m\u00e9dia de 25,8% dos assentos parlamentares dispon\u00edveis, mais 2,3% do que da \u00faltima vez que decorreram elei\u00e7\u00f5es. A UIP acredita que o estabelecimento de quotas que exigem um m\u00ednimo de candidatas femininas foi um factor decisivo no aumento da representa\u00e7\u00e3o parlamentar feminina a n\u00edvel global. Nos pa\u00edses com quotas (obrigat\u00f3rias por lei e/ou volunt\u00e1rias) 30,9% dos eleitos eram mulheres, contra 21,2% nos pa\u00edses que n\u00e3o tinham quaisquer quotas. A representa\u00e7\u00e3o das mulheres est\u00e1 a estagnar na Europa V\u00e1rios pa\u00edses registaram progressos significativos na representa\u00e7\u00e3o pol\u00edtica das mulheres. O mesmo n\u00e3o se pode dizer da Europa, onde a evolu\u00e7\u00e3o estagnou. Nos 15 pa\u00edses europeus que realizaram elei\u00e7\u00f5es parlamentares no ano ado, n\u00e3o houve grande mudan\u00e7a na representa\u00e7\u00e3o das mulheres, que se manteve nos 31%. Esta \u201aralisa\u00e7\u00e3o\u201d n\u00e3o \u00e9 de agora. Desde 2017 que a percentagem anda entre 30 e 33%, apontam os dados do Instituto Europeu para a Igualdade de G\u00e9nero . De acordo com a ag\u00eancia, a express\u00e3o feminina nos parlamentos dos 27 Estados-membros da Uni\u00e3o Europeia era de, em m\u00e9dia, 32,6% no final de 2022, abaixo dos 33% registados no in\u00edcio do ano. Ao ritmo atual, pode levar 80 anos para o mundo chegar \u00e0 paridade, prev\u00ea o Secret\u00e1rio-Geral da UIP, Martin Chungong. \u0022Atualmente, um dos principais obst\u00e1culos \u00e9 o clima de sexismo, ass\u00e9dio e viol\u00eancia contra as mulheres, a que estamos a assistir por todo o planeta\u0022, disse \u00e0s Na\u00e7\u00f5es Unidas. \u0022\u00c9 um fen\u00f3meno que n\u00e3o \u00e9 exclusivo de nenhuma regi\u00e3o em particular. E podemos calcular que isto est\u00e1 a ter impacto na participa\u00e7\u00e3o das mulheres na vida pol\u00edtica\u0022, acredita Chungong. ", "dateCreated": "2023-03-06T15:53:14+01:00", "dateModified": "2023-03-08T18:45:42+01:00", "datePublished": "2023-03-08T18:40:24+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F44%2F60%2F50%2F1440x810_cmsv2_9a8141a4-b663-5373-b781-4f4a8f68d200-7446050.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "\u00c9 a primeira vez que n\u00e3o h\u00e1 um \u00fanico parlamento no mundo s\u00f3 com homens.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F44%2F60%2F50%2F432x243_cmsv2_9a8141a4-b663-5373-b781-4f4a8f68d200-7446050.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Romano", "givenName": "Ver\u00f3nica", "name": "Ver\u00f3nica Romano", "url": "/perfis/2664", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Há mulheres em todos os parlamentos do mundo pela primeira vez

É a primeira vez que não há um único parlamento no mundo só com homens.
É a primeira vez que não há um único parlamento no mundo só com homens. Direitos de autor AP Photo/Jean-Francois Badias
Direitos de autor AP Photo/Jean-Francois Badias
De Verónica Romano
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

As mulheres fazem história na representação parlamentar. No entanto, na Europa, a evolução em direção à paridade de género estagnou

PUBLICIDADE

As mulheres fazem história na representação parlamentar. Pela primeira vez, não existe um único parlamento no planeta que não tenha pelo menos uma mulher, de acordo com a União Interparlamentar (UIP).

No ano ado persistiu a tendência de redução do domínio masculino na representação política dos cidadãos pelo mundo fora. Já em 2020 também se atingiram números recorde nesta matéria.

As conclusões são do mais recente relatório da UIP, baseado nos dados de 47 países que realizaram eleições em 2022.

Nos Estados Unidos da América 263 mulheres afro-americanas candidataram-se às eleições intercalares do ano ado, mais do que em 2018. No entanto, o número de mulheres nomeadas para o Congresso diminuiu face ao pico registado em 2020.

Na Austrália o Senado foi a única câmara legislativa no mundo com mais de 50% dos assentos ocupados por mulheres (56,6%) em 2022.

Em França os eleitores estão gradualmente a consolidar a diversidade na câmara baixa do Parlamento, a Assembleia Nacional. No ano ado os ses elegeram 32 candidatos (5,8%) de origem minoritária, um recorde para o país.

Na Colômbia a representação LGBTQ+ triplicou no Congresso desde 2018, subindo de dois para seis membros.

Nos 47 países que realizaram eleições em 2022 as mulheres ocuparam uma média de 25,8% dos assentos parlamentares disponíveis, mais 2,3% do que da última vez que decorreram eleições.

A UIP acredita que o estabelecimento de quotas que exigem um mínimo de candidatas femininas foi um factor decisivo no aumento da representação parlamentar feminina a nível global. Nos países com quotas (obrigatórias por lei e/ou voluntárias) 30,9% dos eleitos eram mulheres, contra 21,2% nos países que não tinham quaisquer quotas.

A representação das mulheres está a estagnar na Europa

Vários países registaram progressos significativos na representação política das mulheres. O mesmo não se pode dizer da Europa, onde a evolução estagnou.

Nos 15 países europeus que realizaram eleições parlamentares no ano ado, não houve grande mudança na representação das mulheres, que se manteve nos 31%.

Esta “paralisação” não é de agora. Desde 2017 que a percentagem anda entre 30 e 33%, apontam os dados do Instituto Europeu para a Igualdade de Género. De acordo com a agência, a expressão feminina nos parlamentos dos 27 Estados-membros da União Europeia era de, em média, 32,6% no final de 2022, abaixo dos 33% registados no início do ano.

Ao ritmo atual, pode levar 80 anos para o mundo chegar à paridade, prevê o Secretário-Geral da UIP, Martin Chungong. "Atualmente, um dos principais obstáculos é o clima de sexismo, assédio e violência contra as mulheres, a que estamos a assistir por todo o planeta", disse às Nações Unidas. "É um fenómeno que não é exclusivo de nenhuma região em particular. E podemos calcular que isto está a ter impacto na participação das mulheres na vida política", acredita Chungong.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

UE sanciona autores de crimes contras as mulheres pela primeira vez

António Guterres: "Igualdade entre homens e mulheres está cada vez mais distante"

Apoiantes manifestam-se com haka enquanto deputados Māori enfrentam sanções