Quem foi libertado das mãos do exército russo conta o que se ou durante o cerco à fábrica de Mariupol
Os sobreviventes da Azovstal relataram as semanas de tortura enquanto estavam nas mãos do exército russo. Desde violência psicológica, à violência física.
A fábrica Azovstal é um símbolo da resistência ucraniana nesta guerra. Durante semanas, centenas de soldados mantiveram-se na fábrica, em Mariupol, altamente cercada pelas forças russas. Muitos dos sobreviventes foram capturados pelo exército de Putin, outros foram libertados numa troca de prisioneiros.
Quem escapou, conta o que aconteceu. Denis Shipurok, conhecido como "Mango", conta que, "na parte exterior" do edifício, obrigaram os soldados "a tirar a roupa". Debaixo de um calor abrasador, diz que foram obrigados a agacharem-se, nus. "Se alguém levantasse a cabeça, eles começavam a espancar-nos.".
O soldado do Batalhão Azov relata também que durante os interrogatórios, lhe batiam. "Queriam que assinasse todos os tipos de declarações contra o meu comando", diz.
Vladislav Zhavoronok, também do batalhão Azov, denuncia episódios de violência psicológica.
"Como a Rússia não nos deixou ar nenhum familiar, nem nos deixava ter o ao mundo exterior, havia uma pressão psicológica baseada na narrativa de que ninguém queria saber da nossa existência.", itiu Vladislav Zhavoronok.
A Rússia declarou como terroristas muitos dos soldados do Batalhão Azov, que ainda estão nas mãos dos russos. Nas últimas semanas, saiu a público que Moscovo estará a preparar o julgamento destes prisioneiros de guerra em Mariupol. Zelenskyy avisou que se esse julgamento avançar, não haverá mais negociações entre os dois países.