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Ucrânia procura rotas alternativas para exportação de cereais

Ucrânia procura rotas alternativas para exportação de cereais
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De Hans von der Brelie
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A Euronews foi descobrir se as rotas alternativas de exportação de cereais funcionam e o que é que poderia ser feito para acelerar o processo.

A invasão russa da Ucrânia, que começou no final de fevereiro, provocou várias consequências a nível mundial. Uma das mais temidas é a fome devido ao bloqueio de cereais no Mar Negro.

A Euronews visitou Reni, uma pequena cidade ucraniana, localizada perto da fronteira com a Roménia. Neste local, existe um dos poucos portos ucranianos ainda em funcionamento, que desempenha um papel central, quando se trata dos esforços conjuntos da Ucrânia e da União Europeia (UE) para encontrar uma saída logística para os cereais ucranianos presos em silos um pouco por todo o país.

O bloqueio russo contra os portos ucranianos do Mar Negro deu origem a um caos logístico. Os países africanos receiam a fome, os mercados jogam à roleta-russa e os agricultores ucranianos não sabem onde colocar a colheita deste ano porque os silos ainda estão cheios de cereais do ano ado.

A Ucrânia e a UE tentam colocar em prática aquilo que os diplomatas chamam de "rotas alternativas". A Euronews foi descobrir no terreno se isto funciona e o que é que poderia ser feito para acelerar a exportação de cereais.

Ao conduzir para Reni, ámos por sacos de areia empilhados e pontos de controlo. Há receios de que esta pequena cidade se possa tornar um alvo para os mísseis russos. É um engarrafamento logístico. Cairá em breve na mira do Kremlin?

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Porto em Reni.Euronews

Mas o problema atual tem a ver com a logística: os métodos utilizados em Reni para transportar cereais dos comboio para os barcos são bastante "incomuns" e quando se trata de recarregar cereais de camiões para navios, as gruas e maquinaria estão claramente em sobrecarga: o pequeno porto não consegue lidar com a quantidade de carga.

Entretanto, cerca de 2000 camionistas ucranianos estão presos perto de Reni. Conversei com um deles, chamado Bohdan.

“A Rússia é o agressor, eles são os culpados", disse. O pai, Vitalii, que partilha a mesma profissão, acrescentou: "O descarregamento deveria ser melhor organizado. Poderíamos lidar com três dias de espera - mas duas semanas? Está tanto calor! Há falta de água e de casas de banho onde nós estamos".

Roman, outro camionista, que transporta sementes de girassol da região de Mykolaiv, critica a lentidão do transbordo: "O problema são os atrasos causados pelos barcos".

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Vitalii e Bohdan, camionistas ucranianos.Euronews

A seguir, a Euronews viajou para Galati, na Roménia. Encontrámos trabalhadores que estavam a reparar linhas ferroviárias. 

Esta é uma ligação preciosa, pois em nenhum outro lugar se pode encontrar uma linha de longo alcance semelhante, que permita a agem de mercadorias da Ucrânia e da Moldávia para a União Europeia.

"Através desta linha, poderiam ser exportados milhões de toneladas de cereais", defendeu Viorica Grecu, gerente dos caminhos-de-ferro da Roménia.

O porto romeno de Constanta, no Mar Negro, é também parte da solução. Tive uma conversa com Dan Dolghin, um gestor de operações de cereais.

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Roménia tenta ajudar a Ucrânia em matéria de exportação de cereais.Euronews

“Precisamos de aumentar a velocidade de agem dos cereais na fronteira e a velocidade de descarga dos barcos e comboios no porto de Constanta. Para duplicar a capacidade, precisamos de maquinaria, gruas e de outros materiais. Estamos a falar de cerca de 20 milhões de euros. Mas precisamos de pelo menos dois ou três meses para o conseguir. Nos próximos dois, três meses teremos um estrangulamento no que diz respeito às mercadorias ucranianas", disse, em jeito de conclusão.

Na Ucrânia, cerca de 22 milhões de toneladas de cereais permanecem bloqueados. Cerca de 30% é destinado à Europa e 30% ao norte de África.

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