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Agricultura, fome e migração em África

Carência alimentar agravou-se nos últimos meses no continente
Carência alimentar agravou-se nos últimos meses no continente Direitos de autor ANTÓNIO SILVA/ 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Direitos de autor ANTÓNIO SILVA/ 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
De Miguel Roque Dias
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Especialistas afirmam que África poderá ser, no futuro, solução para a crise alimentar que se vive no mundo e que foi agravada pela guerra na Ucrânia. Milhões rumam à Europa fugindo à fome

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Com a crise alimentar mundial a agravar-se, devido à guerra na Ucrânia, os olhos do mundo voltam-se para África em busca de soluções. No entanto, os especialistas consideram que é ainda cedo pois o continente não está preparado.

"É bem sabido que a produtividade, em particular entre os agricultores, é muito baixa. A revolução verde que mudou drasticamente a produtividade e a produção, particularmente na Ásia e também na América Latina, não teve realmente esse impacto em África. Penso que uma das preocupações é que os mercados não estão a funcionar particularmente bem em África", afirma o professor da Universidade de Estocolmo Jakob Svensson.

As alterações climáticas são, também um fator importante. O Corno de África, por exemplo, enfrenta a pior seca das últimas décadas. As Nações Unidas dizem que dezenas de milhões de pessoas, no continente, am fome.

Muitos fogem em busca de uma vida melhor. Alguns rumam à Europa.

Entre janeiro e maio deste ano, a FRONTEX registou a chegada de cerca de 86.000 migrantes ilegais.

Durante a pandemia da Covid-19 registou-se uma ligeira diminuição da chegada de migrantes ilegais à Europa, mas foi temporária.

Para a professora e investigadora da Nova SBE e da NOVAFRICA,Cátia Batista“neste momento, estamos a assistir a uma situação muito mais desesperada. Assistimos a famílias inteiras a saírem de África ocidental e o que estamos a ver é que há novas rotas. Tipicamente, a rota que tinha mais mortes era a rota do Mediterrâneo Central em que as pessoas chegam da África Ocidental, atravessavam o deserto do Sara, e tinham muitos problemas na Líbia… Neste caminho do deserto e na Líbia morriam muitas pessoas sobre as quais não sabemos quase nada. Nós falamos sempre do Mediterrâneo, mas a maior parte das pessoas que tenta via morre no deserto, morre na Líbia ou está em situações de trabalho forçado. O que assistimos agora é um aumento, portanto, desde o ano ado, 2021, os números já chegaram aos números de pré-pandemia. Os números estão a aumentar agora em 2022, as mortes estão a aumentar. Para além disso, há novas rotas. Assistimos, agora, a muitas famílias a tentarem chegar às ilhas Canárias… Esta rota não existia antes da pandemia.”

A crise alimentar, as migrações, as reformas económicas e políticas em África, são alguns dos temas discutidos, durante dois dias, na Conferência NOVAFRICA.

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