A Ryanair está a ser alvo de críticas e acusações de racismo por obrigar os sul-africanos que viajam para o Reino Unido a fazerem testes de africânder
A decisão da Ryanair de submeter os cidadãos sul-africanos que viajam para o Reino Unido a testes de língua africânder está a gerar fortes críticas.
No Twitter chovem as acusações de práticas discriminatórias.
A companhia aérea irlandesa confirma os testes e explica, num comunicado enviado à AFP: "Devido à elevada prevalência de aportes sul-africanos fraudulentos, é pedido aos ageiros que viajam para o Reino Unido que preencham um formulário simples em africânder. Se não conseguirem completá-lo, a viagem será recusada e reembolsada".
As autoridades britânicas já esclareceram que não se trata de uma exigência do Reino Unido.
A África do Sul tem 11 línguas oficiais. O africânder, a língua deixada pelos colonos holandeses, é a terceira mais falada e está associada ao regime de apartheid, que terminou em 1994.
A Ryanair não tem voos para a África do Sul.
Entre os comentários no Twitter, há quem publique que o teste inclui perguntas como "quem é o presidente da África do Sul" e "qual é a maior cidade da África do Sul".
Há também quem mostre indignação, salientando que o africânder era a língua dos colonos brancos, num país com uma população predominantemente negra e acusando a Ryanair de "racismo".