Poluição ameaça turvar relações entre Hungria e Eslováquia
A poluição do rio Sajó ameaça as relações entre Hungria e Eslováquia com deputados húngaros a exigir que Budapeste acione a convenção europeia relativa à proteção e utilização dos cursos de água transfronteiriços.
Bratislava lançou um concurso público que pretende desviar as águas de uma antiga mina de ferro-siderite, encerrada em 2008, cujos poços com mais de 10 andares de profundidade estão cheios de água e a transbordar.
"Todos os dias, um milhão e 500 mil litros de água da mina fluem para o rio. Isto significa que mais de quatro toneladas de ferro, mais de 34 toneladas de sulfato, 1700 quilos de zinco e cerca de cinco quilos de arsénico são descarregados todos os dias no rio", refere Örs Orosz. Este político da região de Nitra foi um dos s de uma petição elaborada para salvar o rio, mas durante meses nada foi feito. O rio vai morrendo lentamente.
"Quando retiro uma pedra da água límpida, vê-se o pequeno lagostim... Está cheio de vida, tal como era este rio no ado... E quando retiro uma pedra da parte poluída, não encontro vestígios de vida, o rio está morto", conclui, tristemente, Orosz.
Para resolver o problema, é preciso cortar o abastecimento de água da mina e colocar um filtro. A obra tem um custo estimado de quatro milhões de euros. No entanto, só há pouco tempo foi possível apurar responsabilidades no seio do Executivo eslovaco.
Devido a uma divergência de competências entre os Ministérios da Economia e do Ambiente, nada aconteceu durante meses para travar a poluição do rio. Só recentemente a Companhia Estatal Eslovaca de Minas de Ferro lançou um concurso público para iniciar o processo, mas já não se encontra vida durante dezenas de quilómetros a jusante da mina.