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Ucranianos armadilham praias do Mar Negro

Anelise Borges em Zatoka, no sul da Ucrânia.
Anelise Borges em Zatoka, no sul da Ucrânia. Direitos de autor Euronews
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Em Odessa, as praias do Mar Negro foram armadilhadas para evitar avanços russos.

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As praias do Mar Negro, em Odessa, estão interditas para os residentes, que observam de longe a areia branca, que esconde armadilhas mortais para os soldados russos. Em entrevista à Euronews, uma criança ucraniana apontou para o local onde estão as minas. No início da guerra, os militares ucranianos colocaram aqui minas para impedir os desembarques russos, mas muitos esperam poder usufruir da costa quando o verão chegar.

Um jovem ucraniano referiu acreditar que os habitantes de Odessa voltarão à praia este ano porque são muito ligados ao mar. Para além disso, defendeu que mais pessoas irão começar a voltar no próximo ano e que, nessa altura, poderão começar a "relaxar".

A invasão da Rússia é susceptível de ter um impacto duradouro na indústria turística do país, particularmente devido às infraestruturas danificadas - incluindo dezenas de hotéis destruídos como testemunhou a enviada da Euronews Anelise Borges.

O hotel Jules Verne, em Zatoka, a sul de Odessa, costumava ser classificado como "muito bom" nos serviços de reservas online, mas agora está completamente destruído, após ter sido atingido, no início do mês, por um míssil russo, disparado do Mar Negro. O roquete caiu ao lado da piscina.

Os trabalhadores do hotel disseram que, pelo menos quatro pessoas, foram gravemente feridas pelo ataque. "Deus" - dizem eles - "salvou o resto das pessoas".

O setor do turismo da Ucrânia era uma indústria em expansão. Cerca de 30 milhões de pessoas viajaram para lá em 2008. Estes números baixaram quando a guerra começou no leste da Ucrânia, em 2014, e estão agora no nível mais baixo de sempre, com menos de três milhões de turistas a irem para lá no ano ado.

Na porta ao lado do hotel, uma cidadã ucraniana proprietária de um alojamento local, disse que este era o seu sustento. Ela está agora sem emprego e sem esperança. Em entrevista à Euronews referiu ter três filhos para alimentar, mas constatou também que em casa ninguém tem trabalho. Instantes depois, recordou que a praia está minada. 

Apesar da destruição, um grande número de ucranianos dizem que as perdas materiais não são nada em comparação com o sentimento de traição de uma nação, em que muitos aqui são considerados parte da "família". A referida ucraniana explicou  que tem muito medo e que está em choque com esta guerra. Questionada pela jornalista se imaginava que isto poderia acontecer na Ucrânia, a resposta foi não. Esta cidadã salientou que o irmão mais velho vive na Rússia e que lhe disse que os ucranianos são "nazis". O familiar garantiu-lhe ainda que os russos não estavam a disparar naquela zona, "apesar de isso não ser verdade", garantia. A entrevistada referiu ainda nunca ter imaginado ver-se nesta situação, uma vez que a Rússia e a Ucrânia sempre foram como "duas nações irmãs".

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia no ado dia 24 de fevereiro e, desde então, já morreram milhares de pessoas e existem milhões de refugiados.

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