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Suzana Grubje\u0161i\u0107 , antiga primeira-ministra adjunta da S\u00e9rvia, aponta para a intransig\u00eancia de Berlim:\u00a0 \u0022 A nova pol\u00edtica externa da Alemanha vai ao encontro da complicada quest\u00e3o de \u0022est\u00e3o connosco ou contra n\u00f3s?\u0022 Quem imp san\u00e7\u00f5es \u00e0 R\u00fassia est\u00e1 do seu lado, quem n\u00e3o o fizer estar contra .\u0022 Aleksandar Vu\u010di\u0107 j\u00e1 revelou que desde o in\u00edcio da guerra que a S\u00e9rvia estava sujeita a uma enorme press\u00e3o nesse sentido, tendo mesmo sido amea\u00e7ada com san\u00e7\u00f5es ou com a retirada dos investidores europeus. Um confronto com Bruxelas poderia ser fatal \u00e0 vontade s\u00e9rvia de se juntar \u00e0 fam\u00edlia europeia, mas n\u00e3o podemos esquecer que o pa\u00eds est\u00e1 dependente da energia russa e tem no Kremlin o principal aliado no n\u00e3o-reconhecimento da independ\u00eancia do Kosovo. 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Sérvia entre Bruxelas e Moscovo

Sérvia entre Bruxelas e Moscovo
Sérvia entre Bruxelas e Moscovo Direitos de autor Darko Vojinovic/The Associated Press
Direitos de autor Darko Vojinovic/The Associated Press
De Bruno Sousa
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Boas relações entre Sérvia e Rússia complicam entrada do país balcânico na família europeia

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A reeleição de Aleksandar Vučić como Presidente da Sérvia, no início do mês, até pode ter trazido alguma estabilidade interna mas o país continua perante uma encruzilhada. Se por um lado, é público e antigo o sonho de aderir à União Europeia - desde 2012 que a Sérvia tem estatuto de país candidato - por outro lado, são igualmente públicas e ainda mais antigas as boas relações entre Belgrado e Moscovo.

A Alemanha já veio avisar que tinham de clarificar a sua posição. Annalena Baerbock, ministra dos Negócios Estrangeiros não deixou margem para dúvidas no seu recado para a Sérvia: "se querem tornar-se membros da União Europeia, e é isso que a Sérvia quer, é fundamental apoiarem a política externa europeia e as sanções impostas".

Apesar de se ter posicionado contra a Rússia nas resoluções aprovadas na Assembleia Geral da ONU, a Sérvia não tem conseguido convencer a elite política europeia de que está do seu lado neste conflito. O principal motivo prende-se com a recusa da Sérvia em se alinhar com as sanções económicas impostas a Moscovo.

Suzana Grubješić, antiga primeira-ministra adjunta da Sérvia, aponta para a intransigência de Berlim: "A nova política externa da Alemanha vai ao encontro da complicada questão de "estão connosco ou contra nós?" Quem imp sanções à Rússia está do seu lado, quem não o fizer estar contra."

Aleksandar Vučić já revelou que desde o início da guerra que a Sérvia estava sujeita a uma enorme pressão nesse sentido, tendo mesmo sido ameaçada com sanções ou com a retirada dos investidores europeus.

Um confronto com Bruxelas poderia ser fatal à vontade sérvia de se juntar à família europeia, mas não podemos esquecer que o país está dependente da energia russa e tem no Kremlin o principal aliado no não-reconhecimento da independência do Kosovo.

Os analistas locais temem que Belgrado acabe por não ser capaz de resistir à pressão europeia. Nemanja Štiplija, é editor do European Western Balkans e afirma que "a União Europeia, sobretudo os Estados mais influentes, como a Alemanha ou a França, esperam que a Sérvia mude a sua política externa. Não tem de o fazer, sejamos realistas, esta é a vontade da Sérvia, mas acredito que essas pressões vão aumentar."

A entrada de Sérvia na União Europeia nunca foi consensual, com dúvidas em torno do Estado de Direito, da corrupção e uma dor de cabeça chamada Kosovo, mas nos dias que correm, tudo parece estar dependente das relações entre Belgrado e Moscovo.

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