{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2022/02/05/criancas-a-venda-no-afeganistao" }, "headline": "Crian\u00e7as \u00e0 venda no Afeganist\u00e3o", "description": "O mercado da guerra arrasta para m\u00ednimos a cota\u00e7\u00e3o da dignidade humana: as menores s\u00e3o vendidas por umas centenas de euros", "articleBody": "Sentadas no ch\u00e3o ao lado dos pais e dos av\u00f3s, v\u00e1rias crian\u00e7as apresentam-se para a c\u00e2mara no que pode ser encarado como uma esp\u00e9cie de cat\u00e1logo da mis\u00e9ria.\u00a0Em Qadis , uma localidade no nordeste do Afeganist\u00e3o , beb\u00e9s e crian\u00e7as do sexo feminino s\u00e3o vendidas por poucas centenas de d\u00f3lares. Numa pobreza mais extremada desde que o governo taliban chegou ao poder, uma mulher justifica a decis\u00e3o dizendo que \u0022vende as filhas quando n\u00e3o tem nada para comer\u0022. Os compradores s\u00e3o normalmente homens adultos que procuram noivas.\u00a0 Hajira tem 5 anos e a perna partida travou a venda por cerca de 1300 euros. \u0022Ela foi vendida antes de ficar ferida. Depois aconteceu-lhe isto, agora n\u00e3o me rende nada e tenho 100.000 afganes (cerca de 900 euros) de d\u00edvidas para pagar,\u0022 diz\u00a0 Abdul Ghani, o pai de Hajira.\u00a0 O golpe que p\u00f4s no poder os rebeldes taliban em agosto ado fez secar a ajuda internacional. Um delegado do regime diz que as portas est\u00e3o abertas para quem quiser ajudar. \u0022Das pessoas que v\u00eam para o Afeganist\u00e3o para ajudar, desde que o emirado isl\u00e2mico tomou conta do pa\u00eds, ningu\u00e9m teve quaisquer problemas de seguran\u00e7a,\u0022 declara o comandante talib\u00e3. Mesmo com a pobreza a c\u00e9u aberto, o regime talib\u00e3 desmente a exist\u00eancia de uma crise humanit\u00e1ria, mas, j \u00e1 este ano, as Na\u00e7\u00f5es Unidas lan\u00e7aram a maior campanha para ajudar a popula\u00e7\u00e3o afeg\u00e3. Estima-se que cerca de 90% dos 38 milh\u00f5es de habitantes estejam dependentes da ajuda internacional. ", "dateCreated": "2022-02-05T01:52:22+01:00", "dateModified": "2022-02-05T17:39:36+01:00", "datePublished": "2022-02-05T17:39:33+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F45%2F21%2F38%2F1440x810_cmsv2_e5f64abf-69bd-53fc-9c45-3143033cf342-6452138.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "O mercado da guerra arrasta para m\u00ednimos a cota\u00e7\u00e3o da dignidade humana: as menores s\u00e3o vendidas por umas centenas de euros", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F45%2F21%2F38%2F432x243_cmsv2_e5f64abf-69bd-53fc-9c45-3143033cf342-6452138.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Bizarro", "givenName": "Teresa", "name": "Teresa Bizarro", "url": "/perfis/1364", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@tbizarro", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Crianças à venda no Afeganistão

Crianças à venda no Afeganistão
Direitos de autor Zubair Abassi/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor Zubair Abassi/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
De Teresa Bizarro
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O mercado da guerra arrasta para mínimos a cotação da dignidade humana: as menores são vendidas por umas centenas de euros

PUBLICIDADE

Sentadas no chão ao lado dos pais e dos avós, várias crianças apresentam-se para a câmara no que pode ser encarado como uma espécie de catálogo da miséria. Em Qadis, uma localidade no nordeste do Afeganistão, bebés e crianças do sexo feminino são vendidas por poucas centenas de dólares.

Numa pobreza mais extremada desde que o governo taliban chegou ao poder, uma mulher justifica a decisão dizendo que "vende as filhas quando não tem nada para comer".

Os compradores são normalmente homens adultos que procuram noivas. Hajira tem 5 anos e a perna partida travou a venda por cerca de 1300 euros.

"Ela foi vendida antes de ficar ferida. Depois aconteceu-lhe isto, agora não me rende nada e tenho 100.000 afganes (cerca de 900 euros) de dívidas para pagar," diz Abdul Ghani, o pai de Hajira. 

O golpe que pôs no poder os rebeldes taliban em agosto ado fez secar a ajuda internacional. Um delegado do regime diz que as portas estão abertas para quem quiser ajudar.

"Das pessoas que vêm para o Afeganistão para ajudar, desde que o emirado islâmico tomou conta do país, ninguém teve quaisquer problemas de segurança," declara o comandante talibã.

Mesmo com a pobreza a céu aberto, o regime talibã desmente a existência de uma crise humanitária, mas, já este ano, as Nações Unidas lançaram a maior campanha para ajudar a população afegã.

Estima-se que cerca de 90% dos 38 milhões de habitantes estejam dependentes da ajuda internacional.

Outras fontes • Sky News

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Série de explosões no Afeganistão

Milhares de afegãos regressam do Paquistão após prazo para o retorno voluntário

Casal britânico detido no Afeganistão será libertado "o mais rapidamente possível", dizem talibãs