O principal líder da oposição e nove dos principais colaboradores foram incluídos na lista negra da agência russa de combate aos crimes financeiros
Rússia põe Alexei Navalny na lista de "terroristas e extremistas". O registo foi feito pelo Rosfinmonitoring, uma agência de supervisão financeira criada pelo presidente Vladimir Putin para investigar crimes económicos.
A lista integra também nove dos mais próximos colaboradores do principal líder da oposição, quase todos no exílio. É o caso do antigo"número dois" de Navalny, Liubov Sobol, e a antiga chefe do seu gabinete na cidade de Ufa, Lilia Chanysheva.
Navalny está preso desde janeiro do ano ado. Cumpre uma pena de dois anos e meio de prisão por violação da liberdade condicional, quando esteve na Alemanha a ser tratado por envenenamento.
O movimento de Navalny foi indexado como terrorista pelo mesmo Serviço russo em abril do ano ado, ainda antes de ser delarado ilegal pelo Tribunal. Nessa altura, as contas bancárias foram imediatamente congeladas.
Bruxelas condena decisão
A Comissão Europeia condenou na terça-feira a inclusão do líder da oposição russa Alexei Navalni e vários dos seus associados na lista de indivíduos e organizações envolvidos em actividades "terroristas e extremistas", dizendo que fazia parte da tentativa de Moscovo de silenciar todas as vozes críticas.
"Estamos conscientes de que a Rússia continua infelizmente a sua repressão da sociedade civil e das vozes críticas", disse o porta-voz do Serviço Europeu para a Acção Externa em conferência de imprensa.
Para Peter Stano, Moscovo aplica leis para "silenciar todas as críticas" e tornar a vida da oposição "ainda mais difícil".