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Juízes afegãos reconstroem a vida no Brasil

Juíza afegã vive refugiada no Brasil, após fugir do Afeganistão, controlado pelos talibãs
Juíza afegã vive refugiada no Brasil, após fugir do Afeganistão, controlado pelos talibãs Direitos de autor Raul Spinasse/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor Raul Spinasse/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
De Euronews com AP
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Jair Bolsonaro mostrou-se disponível para o seu país acolher refugiados afegãos, desde que cristãos. Um grupo de juízes chegou ao Brasil no final de outubro, onde vive exilado, mas ainda teme pela sua segurança.

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Quando os talibãs assumiram o poder no Afeganistão, a família de uma juíza afegã, que por razões de segurança não quer ser identificada, estava longe de imaginar que seria uma decisão anunciada a milhares de quilómetros a mudar-lhe a vida.

A 21 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro afirmava durante o discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas que o Brasil estava a aberto a receber refugiados afegãos, desde que "cristãos, mulheres, crianças e juízes". 

Apesar do critério de exclusão religioso, o anúncio da concessão de vistos humanitários feito pelo chefe de Estado brasileiro levou já juízes afegãos a percorrer a distância geográfica e cultural de se mudarem para o outro lado do mundo.

Discurso, na íntegra, do presidente do Brasil Jair Bolsonaro, aquando da abertura da 76.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, a 21 de setembro de 2021, em Nova Iorque.

A fuga das represálias

A todos os refugiados move a urgência de viver em segurança. O objetivo, conforme explica a juíza, é ainda assim difícil de alcançar. "[Os talibãs] libertaram da prisão criminosos que condenámos à prisão e dos quais já recebemos ameaças", revela.

É a primeira vez que fala à imprensa internacional. É também a única, pois, como revela à agência de notícias The Associated Press (AP), todos os seus pares têm medo de represálias dos talibãs.

A juíza chegou com a família ao Brasil, no final de outubro, para viver no exílio, após ter sido levada de Cabul, onde vivia, para Mazar-i-Sharif, de autocarro, e daí, de avião para a Grécia. Ao seu lado, seis colegas, todas elas mulheres.

O sonho, confessa, é regressar ao país de origem e reencontrar toda a família, agora dispersa. Até lá, a vida prossegue no Brasil, a que aprendem a chamar casa.

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