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Revolta contra o golpe militar manchada de sangue

Manifestantes civis revoltaram-se contra o golpe militar no Sudão
Manifestantes civis revoltaram-se contra o golpe militar no Sudão Direitos de autor AP Photo/Ashraf Idris
Direitos de autor AP Photo/Ashraf Idris
De Francisco Marques
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Pelo menos três mortos e 80 feridos a tiro devido à repressão armada dos protestos contra a interrupção do processo democrático no Sudão

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Pelo menos três pessoas foram mortas e cerca de 80 feridas a tiro nos confrontos com forças militares na capital do Sudão, país com um golpe militar em curso.

A insurgência dos militares contra o governo interino misto sudanês levou milhares de pessoas a protestarem nas ruas contra o golpeem curso e a ameaça de interrupção do processo democrático no país, com receio do regresso a um regime repressivo similar ao do antigo presidente Omar al-Bashir.

Em causa está a tomada do poder pela força de uma junta liderada pelo general Abdel Fattah al-Burhan, que liderava o conselho de soberania de poder partilhado e justificou a dissolução do executivo de transição alegando que a tensão das últimas semanas entre os membros civis e os militares estaria a ameaçar a estabilidade do país.

Os militares começaram por deter o primeiro-ministro, o civil Abdalla Hamdok, e outros governantes que apelaram à resistência popular contra os militares, e depois declararam o estado de emergência em todo o país.

Indiferentes às imposições dos militares, milhares de pessoas responderam ao apelo dos governantes civis e mobilizaram-se nas ruas para resistir ao golpe, com bloqueios de estradas. Os militares tentaram reprimir os protestos através das armas e com o corte das redes de telefones e Internet.

A União Europeia foi das primeiras entidades internacionais a revelar preocupação.

Depois de um primeiro "tweet" de Josep Borrell, o chefe da diplomacia dos "27", a porta-voz da Comissão Europeia sublinhou que UE "está muito preocupada devido às forças militares do Sudão terem alegadamente colocado o primeiro ministro em prisão domiciliária e também pela detenção de outros membros da liderança civil".

"Pedimos a libertação rápida de todos. Vimos também os relatos do corte das redes de telefone e da interne. Exigimos linhas de comunicação sem restrições com os mais necessitados. A violência e o derramamento de sangue devem ser evitados a todo o custo", expressou Nabila Massrali.

O secretário-geral das Nações Unidas também se manifestou pelas redes sociais. António Guterres condenou o golpe e exigiu a libertação imediata do primeiro-ministro e dos outros governantes detidos pelos militares.

Nas últimas horas, um dos mediadores do processo político em curso no Sudão, os Estados Unidos, anunciaram a suspensão da ajuda financeiras de 700 milhões de dólares (€600 milhões) à transição democrática no país, um processo agora interrompido pelos militares.

Outras fontes • AP, AFP

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