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Nobel da Paz atribuído a jornalistas da Rússia e das Filipinas

Jornalistas Dmitry Muratov (Novaya Gazeta, Rússia) e Maria Ressa (Rappler) distinguidos
Jornalistas Dmitry Muratov (Novaya Gazeta, Rússia) e Maria Ressa (Rappler) distinguidos Direitos de autor AP Photo/Mikhail Metzel and Aaron Favila, Arquivo
Direitos de autor AP Photo/Mikhail Metzel and Aaron Favila, Arquivo
De Francisco Marques
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Maria Ressa (Filipinas) e Dmitry Muratov (Rússia) são os laureados deste ano, pelo esforço na salvaguarda da liberdade de expressão

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Maria Ressa (Filipinas) e Dmitry Muratov(Rússia) são os laureados deste ano com o Prémio Nobel da Paz, uma distinção do Comité Nobel da Noruega, pelos esforços de ambos na "salvaguarda da liberdade de expressão", que os promotores do prémio definem como "pré-condição para a democracia e paz duradoura".

Ressa, de 58 anos, trabalhou como chefe da redação filipina da CNN, escreveu para o Wall Street Journal e, atualmente, é diretora do portal filipino "Rappler", que fundou em 2012. Crítica da gestão do Presidente Rodrigo Duterte, foi acusada de "ciberdifamação" através de uma controversa lei filipina de combate aos cibercrimes.

A jornalista filipina faz parte da elite da Comissão para a Informação e Democracia da organização Repórteres Sem Fronteiras. Foi nomeada para o prémio pelo primeiro-ministro eleito da Noruega, Jonas Gahr Støre.

"Não penso que isto seja para mim, mas sim para o 'Rappler'. Nós temos dito sempre desde 2016 que estamos a lutar pelos factos. Quando vivemos num mundo em que os factos são discutíveis, quando o maior distribuidor mundial de notícias dá prioridade à propagação de vidas interligadas à raiva e ao ódio, e espalha-as mais depressa e mais longe do que os factos, então o jornalismo torna-se ativismo", afirmou Ressa, numa entrevista ao próprio portal após ter sido notificada do Nobel.

Muratov é o chefe de redação do jornal "Novaia Gazeta", descrito pelo Comité de Proteção dos Jornalistas, sediado em Nova Iorque, como "o único jornal verdadeiramente crítico hoje na Rússia". A mesma entidade já havia distinguido Dmitry Murattov, em 2007, com o Prémio Internacional de Liberdade de Imprensa.

"Não posso receber o crédito por isto. Isto é da 'Novaia Gazeta'. É daqueles que morreram na defesa do direito do povo à liberdade de expressão. Agora que esses já não estão connosco, provavelmente decidiram que deveria ser eu a dizer isto a toda a gente", afirmou Muratov à agência de notícias TASS.

O chefe de redação citou alguns nomes de jornalistas assassinados na Rússia devido ao trabalho que realizavam, incluindo a antiga colega Anna Stepanovna Politovskaya, cujo assassinato cumpriu 15 anos, esta quinta-feira, data coincidente com o 69.° aniversário do Presidente russo Vladimir Putin.

O crime de homicídio da jornalista prescreveu também esta quinta-feira, um dia que fica marcado por manifestações em Paris e Moscovo por justiça pela morte de Politovskaya, mas também pela promessa da "Novaia Gazeta" de continuar a investigar o assassínio para tentar revelar o nome da mandante da execução.

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