Presidente de Cuba foi convidado na festa de independência do México e recebeu de prenda o apoio ao fim do embargo americano. Da União Europeia, teve uma má notícia
Cuba recebeu um forte apoio do México perante o embargo dos Estados Unidos, que mantém a ilha caribenha numa pesada crise económica, agravada desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca e ainda mais com a pandemia de Covid-19.
Agora com o mais moderado Joe Biden na Casa Branca, o presidente mexicano apelou ao democrata pelo fim das sanções americanas contra Cuba.
Confessando iração pela resistência cubana perante os Estados Unidos ao longo de 62 anos, Andrés Manuel López Obrador pediu "respeitosamente ao governo dos Estados Unidos para levantar o embargo a Cuba". "Nenhum Estado se deve sobrepor a outro povo, a outro país", acrescentou.
A manifestação de apoio aconteceu durante a celebração, esta quinta-feira, da independência mexicana, para a qual foi convidado o presidente cubano.
Miguel Díaz-Canel agradeceu a "solidariedade" mexicana perante "um embargo criminoso" que se prolongou durante a pandemia.
"Ao longo dos anos, jamais se quebrou o que a história uniu de forma indissolúvel. Os nossos países têm honrado as suas políticas soberanas à margem das sintonias ou das dissonâncias entre os dois governos", afirmou Díaz-Canel sobre o México, citado pelo jornal "El Financeiro".
Falta agora saber qual a reação do presidente dos Estados Unidos a esta manifestação do homólogo do país vizinho, com quem têm de manter uma boa relação para gerir a crise de migrantes na fronteira dos dois países.
Por outro lado, Cuba foi acusada esta quinta-feira pelo Parlamento Europeu pela repressão dos protestos em julho deste ano.
Os eurodeputados aprovaram a execução de mais sanções contra os cubanos responsáveis pelas alegadas violações dos direitos humanos.