Anthony Blinken reafirma a doutrina da istração Biden em relação ao Afeganistão.
Na noite de Cabul, ouviram-se tiros: Desta vez, não de combates, mas tiros de celebração pelo fim do processo de retirada das tropas norte-americanas, pondo fim a vinte anos de intervenção no Afeganistão. Foi a guerra mais longa dos Estados Unidos, que começou com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Embora Joe Biden diga que o objetivo de desalojar a Al-Qaida está cumprido, a verdade é que os talibãs estão de regresso ao poder e todos temem um regresso ao terror dos anos dos anos 90 do século ado. A retoma do controlo de todo o país por parte dos talibãs deu-se de forma galopante, assim que as potências estrangeiras começaram a retirar as tropas.
O último C17 norte-americano a deixar o Afeganistão levou a bordo o embaixador norte-americano e vários diplomatas. Os aviões conseguiram ainda retirar 123 mil civis. Mas nem todos conseguiram deixar o país.
A istração Biden está a ser alvo de críticas pela forma como a retirada das tropas precipitou o regresso dos talibãs ao poder: "Esta operação foi um esforço global em todos os sentidos. Muitos países deram contribuições robustas a esta operação, ao trabalharem ao nosso lado no aeroporto. Agradecemos muito este apoio. Os voos militares norte-americanos no Afeganistão terminaram. Abriu-se um novo capítulo no nosso compromisso com o Afeganistão, que vamos liderar através da diplomacia. Terminou a missão militar, começou uma missão diplomática", disse o secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken.
Com este discurso, Blinken reafirma aquela que tem sido a doutrina da istração Biden de limitar ao mínimo a presença militar norte-americana no estrangeiro. Quanto à frente diplomática, os Estados Unidos fecharam a embaixada no Afeganistão. Os assuntos com este país vão, a partir de agora, ser tratados através da embaixada no Catar.