A reforma do sistema eleitoral vai permitir a Pequim ter uma maior controlo sobre o Comité Eleitoral e o Conselho Legislativo de Hong Kong. O número de assentos no parlamento aumenta, mas os deputados eleitos diretamente baixam de 35 para 20.
Menos democracia em Hong Kong. Pequim deu início a uma reforma eleitoral na região semiautonoma que vai impedir a oposição de chegar ao poder. O presidente chinês Xi Jinping promulgou a reforma do sistema eleitoral de Hong Kong, adotado por unanimidade pelo comité permanente do parlamento chinês. A Assembleia da região não teve qualquer palavra sobre as alterações à sua lei fundamental.
Tam Yiu-chung, delegado do comité permanente do parlamento chinês, explica que "quando o sistema for melhorado, seremos capazes de impedir aqueles que são contra a China e que querem desestabilizar a região de participar no comité eleitoral e no conselho legislativo. Ficarão também impedidos de sabotar ou instigar. Vamos poder introduzir patriotas na governação de Hong Kong".
Depois de dois anos turbulentos, com a oposição nas ruas a denunciar o que chamou de enforcamento da democracia na antiga colónia britânica, o parlamento vai ar de 70 para 90 assentos, mas o número de deputados eleitos diretamente vai ser reduzido de 35 para 20.
O comité eleitoral, que também elege o chefe do executivo, vai selecionar os candidatos para 40 assentos. Os restantes trinta deputados serão escolhidos por grupos socioprofissionais, historicamente leais a Pequim.