{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2019/11/01/croacia-e-o-espaco-schengen-como-e-que-o-pais-vai-proteger-a-fronteira" }, "headline": "Cro\u00e1cia e o Espa\u00e7o Schengen: Como \u00e9 que o pa\u00eds vai proteger a fronteira", "description": "O Global Conversation desta semana conversou com o Primeiro-Ministro da Cro\u00e1cia, Andrej Plenkovic, para discutir os objetivos do pa\u00eds, os pr\u00f3ximos desafios, mas tamb\u00e9m os da regi\u00e3o em geral", "articleBody": "\u00c9 o mais recente membro da Uni\u00e3o Europeia e deu um grande o para se juntar ao Espa\u00e7o Schengen. Numa altura em que o resto dos Balc\u00e3s Ocidentais parecem estar distantes, a Cr\u00f3acia \u00e9 considerada a hist\u00f3ria de sucesso na regi\u00e3o. A Euronews falou com o primeiro-ministro da Cro\u00e1cia, Andrej Plenkovic, para falar sobre aquilo que o pa\u00eds alcan\u00e7ou e quais os pr\u00f3ximos desafios do pa\u00eds e, tamb\u00e9m, da regi\u00e3o em geral. Euronews: Recebeu recentemente um sinal verde da Comiss\u00e3o Europeia para a Zona Schengen. A decis\u00e3o foi uma surpresa para muitos, porque ultimamente a Europa parece estar a fechar mais portas do que a abrir. Tem medo de n\u00e3o ver o fim desta estrada? Andrej Plenkovic: \u00a0\u0022Antes de mais, a decis\u00e3o dos comiss\u00e1rios da Comiss\u00e3o de Jean-Claude Juncker, em Estrasburgo, na semana ada, \u00e9, na verdade, fruto de quatro anos de trabalho \u00e1rduo da Cro\u00e1cia, cumprindo os crit\u00e9rios que est\u00e3o estruturados em oito cap\u00edtulos diferentes do chamado acervo de Schengen. Em todos esses cap\u00edtulos, conseguimos elevar a disponibilidade da Cro\u00e1cia para fazer parte do Espa\u00e7o Schengen. 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Para n\u00f3s \u00e9 o golfo de Savudrija, para eles \u00e9 o Golfo de Piran. No fim, podemos encontrar uma solu\u00e7\u00e3o.\u0022 Ent\u00e3o n\u00e3o est\u00e1 preocupado... Andrej Plenkovic: \u0022Estou confiante de que podemos encontrar uma solu\u00e7\u00e3o. O que estamos a dizer aos nossos vizinhos eslovenos \u00e9 que temos uma quest\u00e3o em aberto, existem maneiras de resolv\u00ea-la, maneiras pac\u00edficas, boas rela\u00e7\u00f5es de vizinhan\u00e7a e uma solu\u00e7\u00e3o que pode ser aceit\u00e1vel para ambos os lados, que nada tenha a ver com as nossas ambi\u00e7\u00f5es de fazer parte do Espa\u00e7o Schengen.\u0022 Na Cro\u00e1cia, t\u00eam uma costa mar\u00edtima grande. Aqui na Gr\u00e9cia sabemos que \u00e9 dif\u00edcil controlar barcos com imigrantes no mar. Al\u00e9m disso, voc\u00eas t\u00eam 1300 quil\u00f3metros de fronteira com pa\u00edses n\u00e3o pertencentes ao bloco europeu. J\u00e1 considerou alguma medida especial para proteger as fronteiras? Andrej Plenkovic: \u0022N\u00e3o apenas consideramos como j\u00e1 aplicamos no terreno. A Cro\u00e1cia investiu muito nas capacidades da for\u00e7a policial. Temos 6.500 pol\u00edcias totalmente formados e equipados para proteger a fronteira externa da UE, que \u00e9 a fronteira do Espa\u00e7o de Schengen. N\u00e3o optamos nem por muros, nem por barricadas, ao contr\u00e1rio de outros pa\u00edses, porque sentimos, antes de tudo, que com o relacionamento que temos com a B\u00f3snia-Herzegovina em particular, essa n\u00e3o seria a maneira adequada para proteger a fronteira. Por isso, cooperamos entre os servi\u00e7os policiais da Cro\u00e1cia, da B\u00f3snia-Herzegovina, da S\u00e9rvia e tamb\u00e9m de Montenegro.\u0022 Algumas ONGs dizem que est\u00e1 a levar este refor\u00e7o demasiado a s\u00e9rio. Houve acusa\u00e7\u00f5es de viol\u00eancia policial contra imigrantes. J\u00e1 investigou essas alega\u00e7\u00f5es? Existiram efetivamente? Andrej Plenkovic: \u0022Claro. Sempre respeitamos a lei croata, respeitamos os mais altos padr\u00f5es, mas tamb\u00e9m estamos a proteger a nossa fronteira. Qualquer alega\u00e7\u00e3o que ouvimos foi investigada. At\u00e9 agora, no que diz respeito ao comportamento dos nossos pol\u00edcias, podemos apenas elogiar o que t\u00eam feito, n\u00e3o apenas pela fronteira croata, mas tamb\u00e9m por protegerem a fronteira de todos os outros estados membros da UE que nos apoiam.\u0022 Portanto, a imigra\u00e7\u00e3o em massa \u00e9 uma grande preocupa\u00e7\u00e3o na Europa. \u00c9 esta a verdadeira raz\u00e3o pela qual a Maced\u00f3nia do Norte e a Alb\u00e2nia n\u00e3o conseguiram datas para as negocia\u00e7\u00f5es de ades\u00e3o? Andrej Plenkovic: \u0022Consideramos que os dois pa\u00edses fizeram muito em termos de crit\u00e9rios exigidos. E \u00e9 por isso que a Comiss\u00e3o Europeia, novamente, assim como no nosso caso para o Espa\u00e7o Schengen, declarou \u0022agora \u00e9 o momento certo para abrir estas negocia\u00e7\u00f5es de ades\u00e3o\u0022. O que correu mal ent\u00e3o? Andrej Plenkovic: \u0022Acho que houve muitas raz\u00f5es. Algumas delas am pela an\u00e1lise de alguns Estados membros: A avalia\u00e7\u00e3o, se tudo estava pronto...E a outra foi uma considera\u00e7\u00e3o mais geral em rela\u00e7\u00e3o ao processo de alargamento e tamb\u00e9m em rela\u00e7\u00e3o ao melhor funcionamento da UE tal como \u00e9 hoje, a UE dos 28.\u0022 N\u00e3o foi apenas a Fran\u00e7a que se op\u00f4s? Andrej Plenkovic: \u0022Infelizmente, havia outros pa\u00edses. Muito poucos, diria...\u0022 N\u00e3o dever\u00edamos saber? Andrej Plenkovic: \u0022Temos uma regra n\u00e3o escrita que diz que n\u00e3o divulgamos as delibera\u00e7\u00f5es do Conselho Europeu. N\u00e3o vou mudar essa pr\u00e1tica. Penso que os meios de comunica\u00e7\u00e3o identificaram mais ou menos quais os pa\u00edses com algumas reservas, mas a nossa ambi\u00e7\u00e3o \u00e9 conversar com aqueles que n\u00e3o est\u00e3o convencidos e dizer que \u00e9 melhor para a estabilidade da regi\u00e3o, \u00e9 melhor para o futuro europeu da nossa vizinhan\u00e7a. Ent\u00e3o, o meu argumento foi \u0022vamos dar uma hip\u00f3tese\u0022 e come\u00e7ar o processo. E ningu\u00e9m pode, hoje, com o alto n\u00edvel de incerteza, prever a dura\u00e7\u00e3o do processo.\u0022 Teme que, no caso da Alb\u00e2nia e da Maced\u00f3nia do Norte, possamos ver uma repeti\u00e7\u00e3o do que aconteceu com a Turquia e com a UE? A Turquia agora parece muito distante da UE e o caso da ofensiva na S\u00edria mostrou que existem outras grandes pot\u00eancias como a R\u00fassia que influenciam a pol\u00edtica daquele pa\u00eds... Andrej Plenkovic: N\u00e3o creio que possamos comparar a Maced\u00f3nia do Norte e a Alb\u00e2nia com a Turquia. A Turquia teve um caminho europeu muito espec\u00edfico. Acho que o que precisamos de fazer com a UE \u00e9 organizar a nossa rela\u00e7\u00e3o com a Turquia, especialmente levando em conta as poss\u00edveis ramifica\u00e7\u00f5es da crise que aconteceu no M\u00e9dio Oriente, ou em qualquer outro lugar, as quais, por sua vez, se podem tornar em crises de refugiados ou, mais tarde, numa crise migrat\u00f3ria.\u0022 Acha que isso \u00e9 poss\u00edvel? Andrej Plenkovic: \u0022Acho que pode ser.\u0022 Ter\u00e1 a presid\u00eancia do Conselho da UE no pr\u00f3ximo semestre. Portanto, vai acompanhar o Brexit. Est\u00e1 esperan\u00e7oso de que ser\u00e1 uma transi\u00e7\u00e3o suave? Com o Brexit, nada foi tranquilo nos \u00faltimos tr\u00eas anos e quatro meses. Se eles resolverem os procedimentos internamente, podemos executar o procedimento necess\u00e1rio no momento a n\u00edvel do Conselho e a n\u00edvel do Parlamento Europeu, assim, o Brexit pode ser flex\u00edvel. Mas n\u00f3s, como presid\u00eancia, vamos tomar conta do tema no momento em que acontecer, se acontecer. 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Croácia e o Espaço Schengen: Como é que o país vai proteger a fronteira

Croácia e o Espaço Schengen: Como é que o país vai proteger a fronteira
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De Symela Touchtidou
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O Global Conversation desta semana conversou com o Primeiro-Ministro da Croácia, Andrej Plenkovic, para discutir os objetivos do país, os próximos desafios, mas também os da região em geral

É o mais recente membro da União Europeia e deu um grande o para se juntar ao Espaço Schengen. Numa altura em que o resto dos Balcãs Ocidentais parecem estar distantes, a Cróacia é considerada a história de sucesso na região.

A Euronews falou com o primeiro-ministro da Croácia, Andrej Plenkovic, para falar sobre aquilo que o país alcançou e quais os próximos desafios do país e, também, da região em geral.

Euronews: Recebeu recentemente um sinal verde da Comissão Europeia para a Zona Schengen. A decisão foi uma surpresa para muitos, porque ultimamente a Europa parece estar a fechar mais portas do que a abrir. Tem medo de não ver o fim desta estrada?

Andrej Plenkovic: "Antes de mais, a decisão dos comissários da Comissão de Jean-Claude Juncker, em Estrasburgo, na semana ada, é, na verdade, fruto de quatro anos de trabalho árduo da Croácia, cumprindo os critérios que estão estruturados em oito capítulos diferentes do chamado acervo de Schengen. Em todos esses capítulos, conseguimos elevar a disponibilidade da Croácia para fazer parte do Espaço Schengen. Então, isto foi uma avaliação técnica muito minuciosa por parte dos serviços da Comissão."

A pergunta é específica: O conflito com a Eslovénia sobre o Golfo de Piran. O lado esloveno alertou que pode vetar o caminho para o espaço Schengen se não houver solução. Vê alguma num futuro próximo?

Andrej Plenkovic: "Antes de mais, o problema da fronteira entre a Croácia e a Eslovénia é uma questão em aberto que está na agenda dos últimos 30 anos. Se essa fosse uma condição para qualquer um dos dois países aderir à UE ou ao Espaço Schengen, a Eslovénia também não teria entrado em nenhum dos dois ciclos internos. A nossa firme convicção é que a adesão da Croácia ao Espaço Schengen deve estar completamente separada de uma questão de fronteira bilateral entre dois países. Para nós é o golfo de Savudrija, para eles é o Golfo de Piran. No fim, podemos encontrar uma solução."

Então não está preocupado...

Andrej Plenkovic: "Estou confiante de que podemos encontrar uma solução. O que estamos a dizer aos nossos vizinhos eslovenos é que temos uma questão em aberto, existem maneiras de resolvê-la, maneiras pacíficas, boas relações de vizinhança e uma solução que pode ser aceitável para ambos os lados, que nada tenha a ver com as nossas ambições de fazer parte do Espaço Schengen."

Na Croácia, têm uma costa marítima grande. Aqui na Grécia sabemos que é difícil controlar barcos com imigrantes no mar. Além disso, vocês têm 1300 quilómetros de fronteira com países não pertencentes ao bloco europeu. Já considerou alguma medida especial para proteger as fronteiras?

Andrej Plenkovic: "Não apenas consideramos como já aplicamos no terreno. A Croácia investiu muito nas capacidades da força policial. Temos 6.500 polícias totalmente formados e equipados para proteger a fronteira externa da UE, que é a fronteira do Espaço de Schengen. Não optamos nem por muros, nem por barricadas, ao contrário de outros países, porque sentimos, antes de tudo, que com o relacionamento que temos com a Bósnia-Herzegovina em particular, essa não seria a maneira adequada para proteger a fronteira. Por isso, cooperamos entre os serviços policiais da Croácia, da Bósnia-Herzegovina, da Sérvia e também de Montenegro."

Algumas ONGs dizem que está a levar este reforço demasiado a sério. Houve acusações de violência policial contra imigrantes. Já investigou essas alegações? Existiram efetivamente?

Andrej Plenkovic: "Claro. Sempre respeitamos a lei croata, respeitamos os mais altos padrões, mas também estamos a proteger a nossa fronteira. Qualquer alegação que ouvimos foi investigada. Até agora, no que diz respeito ao comportamento dos nossos polícias, podemos apenas elogiar o que têm feito, não apenas pela fronteira croata, mas também por protegerem a fronteira de todos os outros estados membros da UE que nos apoiam."

Portanto, a imigração em massa é uma grande preocupação na Europa. É esta a verdadeira razão pela qual a Macedónia do Norte e a Albânia não conseguiram datas para as negociações de adesão?

Andrej Plenkovic: "Consideramos que os dois países fizeram muito em termos de critérios exigidos. E é por isso que a Comissão Europeia, novamente, assim como no nosso caso para o Espaço Schengen, declarou "agora é o momento certo para abrir estas negociações de adesão".

O que correu mal então?

Andrej Plenkovic: "Acho que houve muitas razões. Algumas delas am pela análise de alguns Estados membros: A avaliação, se tudo estava pronto...E a outra foi uma consideração mais geral em relação ao processo de alargamento e também em relação ao melhor funcionamento da UE tal como é hoje, a UE dos 28."

Não foi apenas a França que se opôs?

Andrej Plenkovic: "Infelizmente, havia outros países. Muito poucos, diria..."

Não deveríamos saber?

Andrej Plenkovic: "Temos uma regra não escrita que diz que não divulgamos as deliberações do Conselho Europeu. Não vou mudar essa prática. Penso que os meios de comunicação identificaram mais ou menos quais os países com algumas reservas, mas a nossa ambição é conversar com aqueles que não estão convencidos e dizer que é melhor para a estabilidade da região, é melhor para o futuro europeu da nossa vizinhança. Então, o meu argumento foi "vamos dar uma hipótese" e começar o processo. E ninguém pode, hoje, com o alto nível de incerteza, prever a duração do processo."

Teme que, no caso da Albânia e da Macedónia do Norte, possamos ver uma repetição do que aconteceu com a Turquia e com a UE? A Turquia agora parece muito distante da UE e o caso da ofensiva na Síria mostrou que existem outras grandes potências como a Rússia que influenciam a política daquele país...

Andrej Plenkovic: Não creio que possamos comparar a Macedónia do Norte e a Albânia com a Turquia. A Turquia teve um caminho europeu muito específico. Acho que o que precisamos de fazer com a UE é organizar a nossa relação com a Turquia, especialmente levando em conta as possíveis ramificações da crise que aconteceu no Médio Oriente, ou em qualquer outro lugar, as quais, por sua vez, se podem tornar em crises de refugiados ou, mais tarde, numa crise migratória."

Acha que isso é possível?

Andrej Plenkovic: "Acho que pode ser."

Terá a presidência do Conselho da UE no próximo semestre. Portanto, vai acompanhar o Brexit. Está esperançoso de que será uma transição suave?

Com o Brexit, nada foi tranquilo nos últimos três anos e quatro meses. Se eles resolverem os procedimentos internamente, podemos executar o procedimento necessário no momento a nível do Conselho e a nível do Parlamento Europeu, assim, o Brexit pode ser flexível. Mas nós, como presidência, vamos tomar conta do tema no momento em que acontecer, se acontecer. Agora, com todas as coisas que testemunhámos, não quero prever algo que poucas pessoas conseguiram prever de forma eficaz.".

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