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Europa acompanha sem alarmismo controvérsia dos vaporizadores nos EUA

O debate sobre os benefícios dos cigarros eletrónicos acentua-se nos EUA
O debate sobre os benefícios dos cigarros eletrónicos acentua-se nos EUA Direitos de autor REUTERS/Adnan Abidi/ArquivoColantoni, Luca
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Aumento de mortos e de casos de doenças pulmonares associados ao uso de cigarros eletrónicos nos Estados Unidos não tem paralelo na União Europeia, onde as regras de comercialização são diferentes

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Os benefícios ou os problemas provocados pelos cigarros eletrónicos vaporizadores são, neste momento, um dos temas do momento no setor da saúde.

Nos Estados Unidos, há pelo menos 26 mortos confirmados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla original) e cerca de 1300 casos de doenças pulmonares, todos associados ao uso de cigarros eletrónicos e/ou vaporizadores.

Na Europa, as regras são mais apertadas e substituir os tradicionais cigarros por estes dispositivos sem combustão mantém-se como uma prática corrente e é até defendida pelas autoridades de saúde, por exemplo, do Reino Unido e de França.

O diretor-geral da Agência sa de Segurança Sanitária de Alimentação, Ambiente e do Trabalho (ANSES), Roger Genet, sublinhou, em entrevista à Francinfo, a ocorrência de "74 mil mortes anuais pelo tabaco" para defender a ideia de que, "hoje em dia, os vaporizadores oferecem, claramente, uma alternativa mais segura que o tabaco, claramente".

Pelo menos em cinco estados americanos foi aberta guerra aos vaporizadores após o aumento de mortes e casos de doenças pulmonares associados ao uso destes cigarros alternativos.

No Michigan, no entanto, um juiz decidiu revogar a proibição de vaporizadores com sabores implementada há algumas semanas por considerar que a medida, destinada inicialmente a impedir os adolescentes de aderirem ao vício, poderia levar por outro lado os utilizadores destes dispositivos a voltar aos "mais perigosos" cigarros tradicionais.

A governadora Gretchen Whitmer promete recorrer da decisão judicial.

Ler:Declaração conjunta sobre dispositivos eletrónicos de fornecimento de nicotina
Na Europa, não há registos de um surto de problemas de saúde associados a vaporizadores similar ao norte-americano.

No Reino Unido, a primeira morte associada a vaporizadores foi noticiada em 2010, mas a relação não parece ter-se agravado. Em Portugal, França, Itália e Espanha, as autoridades de saúde não têm registos de casos, mas a evolução da situação nos Estados Unidos está a ser acompanhada, sem criar alarme desnecessário entre os utilizadores.

"Quanto mais dizemos que os cigarros eletrónicos são perigosos, mais prejudicamos o potencial deles na saúde. Se as pessoas acreditarem, erradamente, que estes dispositivos são tão perigosos quanto fumar não vão troca-los pelos cigarros e podem nem parar de fumar", defende Martin Dockrell, da Saúde Pública de Inglaterra.

O jornalista da Euronews Ryan Thompson adquiriu recargas de vaporizadores oriundas dos Estados Unidos e de França para nos demonstrar as diferenças entre os produtos de ambos os lados do Atlântico.

"Tem havido muitas explicações sobre o motivo das versões americanas destes dispositivos serem tão perigosas para os utilizadores. Para começar, a composição química não é a mesma. Os tanques comprados nos Estados unidos têm três vezes mais nicotina do que o comprado em França", sublinhou o nosso jornalista.

"Mas não é só isso", prossegue: "os vaporizadores americanos têm sido mal regulados. Alguns são vendidos para queimar canábis e outros aditivos. Substâncias que os médicos dizem ser de difícil assimilação pelo corpo humano."

Médico no Hospital Geral de Massachusetts, Jonathan Winickoff reconhece que "o uso do cigarro eletrónico por si só prejudica os pulmões e o sistema imunitário", e acrescenta que, "quando algo mais surge, como um produto mau, o corpo está indefeso."

Nas análises ao líquido dos vaporizadores, os laboratórios americanos encontraram glicol, metais pesados e carcinógenos. Pior ainda são os óleos aquecidos retidos pelos pulmões, como os derivados da vitamina E.

Os reguladores europeus decidiram proibir esses componentes vitamínicos e limitaram a quantidade de nicotina nos vaporizadores.

"A nossa política destina-se a proteger tanto quanto possível os consumidores e garantir que os fabricantes divulguem a segurança dos ingredientes", explicou Anca Pădurar, a porta-voz para a Saúde da Comissão Europeia.

Os "28" dizem estar a monitorizar com muito cuidado os avisos da agência de saúde, mas não têm planos para debater o tema antes da prevista divulgação, em 2021, de uma análise à segurança dos cigarros eletrónicos.

De acordo com uma estimativa da Organização Mundial de Saúde, referida pela revista especializada The Lancet, em 2025 existirão ainda mil milhões de fumadores em todo o mundo

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