{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2019/05/20/protestos-contra-a-mais-restritiva-lei-antiaborto-dos-eua" }, "headline": "Protestos contra a mais restritiva lei antiaborto dos EUA", "description": "Donald Trump distanciou-se da nova medida do Alabama e at\u00e9 no Festival de Cinema de Cannes houve manifesta\u00e7\u00f5es pelo direito \u00e0 interrup\u00e7\u00e3o assistida da gravidez", "articleBody": "Centenas de pessoas, incluindo mulheres e crian\u00e7as, desfilaram este domingo rumo ao capit\u00f3lio do Alabama, nos Estados Unidos, em protesto contra a nova lei antiaborto aprovada na semana ada neste estado e da qual at\u00e9 o presidente dos Estados Unidos se distanciou. No Alabama, com votos de 25-6 no senado estatal dominado pelos Republicanos, o aborto ou a ser crime praticamente em todos os casos exceto quando a m\u00e3e corre perigo de vida ou quando o feto apresenta uma confirmada anomalia fatal. A viola\u00e7\u00e3o e o incesto aram a ser tolerados na aprecia\u00e7\u00e3o dos motivos para se proceder \u00e0 interrup\u00e7\u00e3o volunt\u00e1ria e assistida da gravidez. Os senadores democratas tentaram incluir a viola\u00e7\u00e3o e o incesto como exce\u00e7\u00f5es no texto da lei, mas essa mo\u00e7\u00e3o foi rejeitada por 11-21 votos. Pelo Twiter, no s\u00e1bado \u00e0 noite (j\u00e1 manh\u00e3 de domingo, em Lisboa) Donald Trump voltou a sublinhar ser contra o aborto, mas, sem se referir diretamente ao Alabama, sublinhou tr\u00eas exce\u00e7\u00f5es, incluindo os casos de viola\u00e7\u00e3o e incesto, algo que no Alabama est\u00e1 agora ausente das exce\u00e7\u00f5es para permitir a interrup\u00e7\u00e3o volunt\u00e1ria da gravidez. A nova lei, definida pelo c\u00f3digo HB314 e tamb\u00e9m denominada como Ato de Prote\u00e7\u00e3o da Vida Humana do Alabama , tem por base a Constitui\u00e7\u00e3o estatal de 1901, na qual n\u00e3o est\u00e1 previsto o direito ao aborto nem ao requerimento de fundos p\u00fablicos para uma interrup\u00e7\u00e3o assistida de gravidez. O texto da lei compara a realiza\u00e7\u00e3o de um aborto ao genoc\u00eddio de judeus pelos nazis, \u00e0s execu\u00e7\u00f5es nos \u0022gulags\u0022 sovi\u00e9ticos ou ao massacre de milh\u00f5es de pessoas no Camboja pelos khmer vermelhos. A puni\u00e7\u00e3o prevista vai at\u00e9 99 anos ou perp\u00e9tua para quem ajudar a fazer um aborto, nomeadamente o pessoal m\u00e9dico, n\u00e3o estando prevista puni\u00e7\u00e3o para quem a mulher que aborta. Ap\u00f3s a aprova\u00e7\u00e3o, a Governador republicana Kay Ivey ratificou na ter\u00e7a-feira a nova legisla\u00e7\u00e3o, cuja implementa\u00e7\u00e3o demorar\u00e1 pelo menos seis meses at\u00e9 se tornar lei. O agravamento das medidas punitivas para quem fizer ou ajudar a fazer um aborto levou centenas de mulheres a reclamar este domingo o direito sobre o pr\u00f3prio corpo. As manifestantes empunhavam cartazes onde se podia ler, por exemplo, \u0022o meu corpo, a minha escolha\u0022, \u0022parem a guerra contra as mulheres\u0022 ou \u0022mantenham a vossa ideologia fora da minha biologia.\u0022 A medida restritiva da interrup\u00e7\u00e3o volunt\u00e1ria da gravidez no Alabama teve ecos tamb\u00e9m na Europa. O tema motiva o debate de forma quase universal e no s\u00e1bado chegou tamb\u00e9m \u00e0 adeira vermelha do Festival de Cinema de Cannes. Na estreia de um filme chin\u00eas, dezenas de mulheres aproveitaram os holofotes para se manifestarem pelo direito ao aborto. O protesto aconteceu depois de o festival ter exibido o document\u00e1rio argentino \u0022Que sea Ley\u0022 sobre as mulheres em luta pelo direito ao aborto na Argentina. ", "dateCreated": "2019-05-20T07:28:54+02:00", "dateModified": "2019-05-20T12:54:22+02:00", "datePublished": "2019-05-20T12:54:18+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F90%2F20%2F68%2F1440x810_cmsv2_4e9fb903-33c2-5c95-9d10-5260555b1c0e-3902068.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Kelli Thompson canta durante a Marcha pela Liberdade Reprodutiva", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F90%2F20%2F68%2F432x243_cmsv2_4e9fb903-33c2-5c95-9d10-5260555b1c0e-3902068.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Marques", "givenName": "Francisco", "name": "Francisco Marques", "url": "/perfis/562", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@frmarques4655", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Protestos contra a mais restritiva lei antiaborto dos EUA

Kelli Thompson canta durante a Marcha pela Liberdade Reprodutiva
Kelli Thompson canta durante a Marcha pela Liberdade Reprodutiva Direitos de autor REUTERS/Michael Spooneybarger
Direitos de autor REUTERS/Michael Spooneybarger
De Francisco Marques com Associated Press
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Donald Trump distanciou-se da nova medida do Alabama e até no Festival de Cinema de Cannes houve manifestações pelo direito à interrupção assistida da gravidez

PUBLICIDADE

Centenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, desfilaram este domingo rumo ao capitólio do Alabama, nos Estados Unidos, em protesto contra a nova lei antiaborto aprovada na semana ada neste estado e da qual até o presidente dos Estados Unidos se distanciou.

No Alabama, com votos de 25-6 no senado estatal dominado pelos Republicanos, o aborto ou a ser crime praticamente em todos os casos exceto quando a mãe corre perigo de vida ou quando o feto apresenta uma confirmada anomalia fatal. A violação e o incesto aram a ser tolerados na apreciação dos motivos para se proceder à interrupção voluntária e assistida da gravidez.

Os senadores democratas tentaram incluir a violação e o incesto como exceções no texto da lei, mas essa moção foi rejeitada por 11-21 votos.

Pelo Twiter, no sábado à noite (já manhã de domingo, em Lisboa) Donald Trump voltou a sublinhar ser contra o aborto, mas, sem se referir diretamente ao Alabama, sublinhou três exceções, incluindo os casos de violação e incesto, algo que no Alabama está agora ausente das exceções para permitir a interrupção voluntária da gravidez.

A nova lei, definida pelo código HB314 e também denominada como Ato de Proteção da Vida Humana do Alabama, tem por base a Constituição estatal de 1901, na qual não está previsto o direito ao aborto nem ao requerimento de fundos públicos para uma interrupção assistida de gravidez.

O texto da lei compara a realização de um aborto ao genocídio de judeus pelos nazis, às execuções nos "gulags" soviéticos ou ao massacre de milhões de pessoas no Camboja pelos khmer vermelhos.

A punição prevista vai até 99 anos ou perpétua para quem ajudar a fazer um aborto, nomeadamente o pessoal médico, não estando prevista punição para quem a mulher que aborta.

Após a aprovação, a Governador republicana Kay Ivey ratificou na terça-feira a nova legislação, cuja implementação demorará pelo menos seis meses até se tornar lei.

O agravamento das medidas punitivas para quem fizer ou ajudar a fazer um aborto levou centenas de mulheres a reclamar este domingo o direito sobre o próprio corpo.

As manifestantes empunhavam cartazes onde se podia ler, por exemplo, "o meu corpo, a minha escolha", "parem a guerra contra as mulheres" ou "mantenham a vossa ideologia fora da minha biologia."

A medida restritiva da interrupção voluntária da gravidez no Alabama teve ecos também na Europa. O tema motiva o debate de forma quase universal e no sábado chegou também à adeira vermelha do Festival de Cinema de Cannes.

Na estreia de um filme chinês, dezenas de mulheres aproveitaram os holofotes para se manifestarem pelo direito ao aborto.

O protesto aconteceu depois de o festival ter exibido o documentário argentino "Que sea Ley" sobre as mulheres em luta pelo direito ao aborto na Argentina.

Editor de vídeo • Francisco Marques

Outras fontes • NBC

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Protesto virtual contra debate para restringir aborto na Polónia

Noruega revê lei do aborto

Elon Musk deixa o DOGE mas "continua a aconselhar Trump"