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Um milhão e meio de crianças correm risco de vida na República Centro Africana

Um milhão e meio de crianças correm risco de vida na República Centro Africana
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Dois terços das crianças encontram-se desnutridas após seis anos de guerra civil entre os rebeldes muçulmanos e as milícias cristãs, na República Centro Africana.

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Na República Centro Africana, um milhão e meio de crianças correm risco de vida.

Dois terços das crianças encontram-se desnutridas após seis anos de guerra civil entre os rebeldes muçulmanos e as milícias cristãs.

"É o sítio mais perigoso do mundo para as crianças. Há vários fatores que se conjugam. O conflito e a violência impedem a chegada dos mantimentos. Há um nível alarmante de desnutrição. Duas em cada três crianças precisam de ajuda humanitária neste momento", sublinhou Caryl Stern, presidente da Unicef nos Estados Unidos.

Mas na República Centro Africana, a ajuda humanitária é uma atividade perigosa.

"Já não basta acenar o chapéu azul para estar protegido. As pessoas arriscam a vida para salvar crianças e ao mesmo tempo estão a ser atacadas", sublinhou a responsável.

A Unicef está na linha da frente da ajuda humanitária na República Centro Africana. Há apenas um hospital pediátrico no país que trata as crianças desnutridas e que encontram entre a vida e a morte.

Fora da capital, a situação é considerada ainda mais grave. 80% do país é controlado por 14 grupos armados. Mais de um milhão de pessoas foram obrigadas a abandonar as casas.

O papel da Rússia e da China

Até agora, os Estados Unidos eram o maior financiador da ajuda humanitária.

No ano ado, deram ao país 120 milhões de dólares. Mas as organizações humanitárias temem que a política de Donald Trump leve a um corte dos fundos.

"É um país fraco num sítio importante, o que nos leva a manter uma aliança e uma presença estratégica, na República Centro Africana, devido à localização e aos recursos do país", explicou David Brownstein, representante dos Estados Unidos na República Centro Africana.

O país é rico em diamantes, ouro e urânio, o que suscita o interesse da China e da Rússia. O conselheiro de segurança da República Centro Africana é russo. As forças da ordem do país estão a ser treinadas com o apoio russo.

A ameaça dos extremistas islâmicos

Além dos interesses das grandes potências, o país pode ser alvo de ameaça da parte dos extremistas islâmicos.

"A organização Estado Islâmico pode aproveitar o vazio atual ao nível do governo e da segurança para entrar no país. Temos de preencher esse vazio se quisermos ter paz no Leste de África e neste país", acrescentou David Brownstein.

A paz tarda em chegar apesar de um acordo assinado há poucas semanas. Quem está no terreno tenta fazer milagres todos os dias. A Unicef distribui uma pasta alimentar que fornece às crianças os nutrientes necessários para um dia.

"Não é preciso frigorífico nem preparação. As mães abrem a embalagem e os bebés comem. Como podem ver, eles apreciam este alimento", disse a responsável da Unicef.

No ano ado, a Unicef só conseguiu angariar metade dos fundos necessários para ajudar as vítimas da guerra e da fome na República Centro Africana. Caso não consigam angariar mais fundos, muitas crianças poderão perder a vida.

"As crianças vão morrer, se não houver ajuda. A Unicef vai fazer tudo o que pode, em cada recanto o país, mas, só podemos trabalhar se tivermos fundos", concluiu a responsável.

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