{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2019/02/15/o-drama-dos-venezuelanos-obrigados-a-emigrar" }, "headline": "O drama dos venezuelanos obrigados a emigrar", "description": "Todos os dias, 25.000 venezuelanos atravessam a fronteira com a Col\u00f4mbia. A maioria regressa depois de comprar aquilo que n\u00e3o consegue encontrar na Venezuela, mas cerca de tr\u00eas mil saem diariamente sem regresso", "articleBody": "Todos os dias, 25.000 venezuelanos atravessam a fronteira com a Col\u00f4mbia. A maioria regressa depois de comprar aquilo que n\u00e3o consegue encontrar na Venezuela, mas cerca de tr\u00eas mil saem diariamente sem regresso. Anise Rivera \u00e9 um desses emigrantes, que decidiu fugir \u00e0 viol\u00eancia e \u00e0 crise nos servi\u00e7os de Sa\u00fade. Anise Rivera: \u0022\u00c9 tudo muito dif\u00edcil. H\u00e1 grandes necessidades. Toda a minha fam\u00edlia est\u00e1 aqui. Eu era a \u00faltima ainda na Venezuela, mas n\u00e3o posso continuar. As minhas crian\u00e7as est\u00e3o a ficar doentes e tive de emigrar. \u00c9 doloroso ir embora, mas espero que a Venezuela mude em breve.\u0022 Jos\u00e9 Mart\u00ednez e os amigos querem ir para o Equador, mas n\u00e3o t\u00eam dinheiro para os bilhetes de autocarro e, portanto, v\u00e3o caminhar os 1500 quil\u00f3metros at\u00e9 ao destino. Jos\u00e9 Mart\u00ednez: \u0022Vamos a p\u00e9, caminhando e lutando de aqui at\u00e9 l\u00e1, dormindo entre cart\u00f5es e pedindo boleia. Temos de chegar l\u00e1 de qualquer forma.\u0022 Para ele, tamb\u00e9m \u00e9 duro deixar a Venezuela. Jos\u00e9 Mart\u00ednez: \u0022Afeta-nos, porque deixamos a fam\u00edlia, as m\u00e3es, crian\u00e7as e av\u00f3s. Mas temos de avan\u00e7ar e lutar duro para satisfazer as nossas necessidades. Para sermos capazes de obter o que queremos, uma casa, enviar dinheiro para a Venezuela, para que possam comer. Ou pelo menos tentar, porque n\u00e3o vamos enviar para l\u00e1 uma fortuna.\u0022 Junto \u00e0 fronteira, uma multid\u00e3o converge numa cantina social. A maioria das pessoas n\u00e3o s\u00e3o migrantes, mas venezuelanos que atravessam todos os dias a fronteira para receber comida. Os respons\u00e1veis da cantina na cidade fronteiri\u00e7a colombiana de C\u00facuta falam numa \u0022crise humanit\u00e1ria\u0022. Jos\u00e9 Ca\u00f1as P\u00e9rez, padre e respons\u00e1vel da Casa Divina Providencia: \u0022Veja o que est\u00e1 a acontecer aqui. Cada dia, 5000 irm\u00e3os venezuelanos v\u00eam aqui comer. Se n\u00e3o h\u00e1 crise, por que raz\u00e3o v\u00eam aqui? Os factos falam por si.\u0022 Segundo a ONU, mais de 2,3 milh\u00f5es de venezuelanos deixaram o pa\u00eds desde 2015. H\u00e9ctor Estepa, euronews: \u0022Esta \u00e9 a ponte Tienditas, na fronteira entre a Col\u00f4mbia e a Venezuela, que n\u00e3o foi inaugurada. O governo de Nicol\u00e1s Maduro colocou dois contentores e um cami\u00e3o cisterna a bloquear o lado venezuelano da fronteira e n\u00e3o autoriza a entrada no pa\u00eds das ajudas humanit\u00e1rias enviadas por pa\u00edses que reconhecem Juan Guaid\u00f3 como presidente interino da Venezuela. Maduro acredita que a entrada dessas ajudas poderia facilitar uma interven\u00e7\u00e3o militar no pa\u00eds.\u0022 ", "dateCreated": "2019-02-15T16:18:21+01:00", "dateModified": "2019-02-15T18:33:30+01:00", "datePublished": "2019-02-15T18:33:28+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F67%2F22%2F32%2F1440x810_cmsv2_236500a4-5eaf-543f-beb3-24cf243ade3c-3672232.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Todos os dias, 25.000 venezuelanos atravessam a fronteira com a Col\u00f4mbia. A maioria regressa depois de comprar aquilo que n\u00e3o consegue encontrar na Venezuela, mas cerca de tr\u00eas mil saem diariamente sem regresso", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F67%2F22%2F32%2F432x243_cmsv2_236500a4-5eaf-543f-beb3-24cf243ade3c-3672232.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

O drama dos venezuelanos obrigados a emigrar

O drama dos venezuelanos obrigados a emigrar
Direitos de autor REUTERS/Edgard Garrido
Direitos de autor REUTERS/Edgard Garrido
De Héctor Estepa
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Todos os dias, 25.000 venezuelanos atravessam a fronteira com a Colômbia. A maioria regressa depois de comprar aquilo que não consegue encontrar na Venezuela, mas cerca de três mil saem diariamente sem regresso

PUBLICIDADE

Todos os dias, 25.000 venezuelanos atravessam a fronteira com a Colômbia. A maioria regressa depois de comprar aquilo que não consegue encontrar na Venezuela, mas cerca de três mil saem diariamente sem regresso.

Anise Rivera é um desses emigrantes, que decidiu fugir à violência e à crise nos serviços de Saúde.

Anise Rivera: "É tudo muito difícil. Há grandes necessidades. Toda a minha família está aqui. Eu era a última ainda na Venezuela, mas não posso continuar. As minhas crianças estão a ficar doentes e tive de emigrar. É doloroso ir embora, mas espero que a Venezuela mude em breve."

José Martínez e os amigos querem ir para o Equador, mas não têm dinheiro para os bilhetes de autocarro e, portanto, vão caminhar os 1500 quilómetros até ao destino.

José Martínez: "Vamos a pé, caminhando e lutando de aqui até lá, dormindo entre cartões e pedindo boleia. Temos de chegar lá de qualquer forma."

Para ele, também é duro deixar a Venezuela.

José Martínez: "Afeta-nos, porque deixamos a família, as mães, crianças e avós. Mas temos de avançar e lutar duro para satisfazer as nossas necessidades. Para sermos capazes de obter o que queremos, uma casa, enviar dinheiro para a Venezuela, para que possam comer. Ou pelo menos tentar, porque não vamos enviar para lá uma fortuna."

Junto à fronteira, uma multidão converge numa cantina social. A maioria das pessoas não são migrantes, mas venezuelanos que atravessam todos os dias a fronteira para receber comida. Os responsáveis da cantina na cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta falam numa "crise humanitária".

José Cañas Pérez, padre e responsável da Casa Divina Providencia: "Veja o que está a acontecer aqui. Cada dia, 5000 irmãos venezuelanos vêm aqui comer. Se não há crise, por que razão vêm aqui? Os factos falam por si."

Segundo a ONU, mais de 2,3 milhões de venezuelanos deixaram o país desde 2015.

Héctor Estepa, euronews: "Esta é a ponte Tienditas, na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, que não foi inaugurada. O governo de Nicolás Maduro colocou dois contentores e um camião cisterna a bloquear o lado venezuelano da fronteira e não autoriza a entrada no país das ajudas humanitárias enviadas por países que reconhecem Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Maduro acredita que a entrada dessas ajudas poderia facilitar uma intervenção militar no país."

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"Elas vão morrer": cortes na ajuda externa atingem com mais força mulheres e raparigas

Fome aumenta em Gaza e famílias fazem fila para comer

Greta Thunberg e 11 ativistas iniciam missão rumo a Gaza