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Os avisos de Erdoğan a Chipre

Os avisos de Erdoğan a Chipre
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De António Oliveira e Silva e Marios Ioannou com Reuters
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Presidente turco disse que nenhuma decisão na ilha nem no Mar Egeu pode ser tomada sem que seja tida em conta a Turquia. Caso tal acontecesse, as consequências seriam nefastas.

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O presidente da Turquia deixou um aviso ao Governo de Chipre. Todas as decisões na ilha devem ter em conta Ancara ou as consequências poderiam ser duras. Um discurso contundente perante o parlamento, no dia em que Chipre celebrava os 58 da independência do Reino Unido.

"Em Chipre e no Mar Egeu não podem ser tomadas decisões sem a Turquia. Quem tentar ignorar-nos na região deveria saber bem que pode por em causa a própria existência," disse aos deputados Recep Tayyip Erdoğan.

"Em todos os temas relaciondos com a região preferimos uma situação em que todos ganhem. Quem liderar um conflito deverá ser responsável perante o própio povo," continuou.

Em 1974, o exército turco invadiu Chipre, como resposta a um golpe de Estado da parte da comunidade greco-cipriota, cujo objetivo era a a Enosis, a união da ilha com a Grécia. Depois de duros confrontos entre ambas as comunidades e de milhares de desaparecidos em ambos os lados, Chipre vive dividida.

A comunidade turco-cipriota constituiu, com o apoio de Ancara, a chamada República Turca do Chipre do Norte, cuja existência é rejeitada por Nicósia, Atenas e pelo conjunto da Comunidade Internacional.

Na parte sul da ilha existe a República de Chipre, a única entidade soberana reconhecida internacionalmente, membro da União Europeia e presente nas principais Organizações Internacionais.

Em busca da reunificação

Nicósia procura desde então uma resposta ao conflito, depois de anos de negociações que, até aos nossos dias, não conseguiram alcançar o objetivo final: a reunificação de Chipre e a possibilidade de que ambas comunidades vivam em paz.

Nesse sentido, o presidente cipriota, Nikos Anastasiades, respondeu às declarações do homólogo turco, num discurso transmitido pela televisão pública, a RIK, e disse que os greco-cipriotas queriam uma federação.

"É bem conhecido que o lado greco-cipriota aceitou uma situação de compromisso necessária, mas dolorosa, da evolução da República de Chipre para uma federação com duas zonas," defendeu Anastasiades.

"Uma situação que só pode acontecer com determinadas condições. É importante que os povos de Chipre, tanto o greco-cipriota como o turco-cipriota, possam viver com as mesmas liberdades e direitos fundamentais, tal como é previsto pela Constituição da República de Chipre."

Desde 1974, as tensões entre Ancara e Nicósia têm sido uma constante, na região do Mediterrâneo Oriental, seja pela questão da soberania e da fronteira na ilha, seja pelo espaço aéreo ou pela pla exploração de recursos naturais.

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