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Rei Felipe VI dá posse do governo ao socialista Pedro Sanchez

Pedro Sanchez (PSOE) saudado pelo antecessor Mariano Rajoy (PP)
Pedro Sanchez (PSOE) saudado pelo antecessor Mariano Rajoy (PP) Direitos de autor Fernando Alvarado/Pool via REUTERS
Direitos de autor Fernando Alvarado/Pool via REUTERS
De Francisco Marques com Efe
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O líder do PSOE prestou juramento como primeiro-ministro espanhol e agora terá de formar um executivo já descrito pela oposição como "Frankenstein"

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O Rei Felipe VI de Espanha conclui este sábado de manhã o processo de sucessão da presidência do governo com o juramento de exercício do cargo por Pedro Sanchez.

O líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) foi a grande protagonista da primeira moção de censura a um governo espanhol em quase 40 anos de democracia, tornando-se no primeiro chefe de Governo não escrutinado nas urnas pelo eleitorado.

Após a destituição de Mariano Rajoy (Partido Popular), mediante uma abrangente coligação das esquerdas e o decisivo apoio basco na câmara baixa, Sanchez recebeu a confiança do Congresso dos Deputados e foi investido a formar governo.

Após a declaração de confirmação por Ana Pastor, a presidente da Assembleia, o Rei Felipe VI assinou o decreto de nomeação, publicado este sábado pelas 07:30 (menos uma hora em Lisboa) no Boletim Oficial de Estado, de acordo com o artigo 62 da Constituição espanhola.

Pelas 11:00, Pedro Sanchez jurou cumprir com as funções de chefe de Governo, numa cerimónia inédia sem bíblia nem crucifixo, uma novidade laica promovida por Felipe VI.

A Espanha vira assim à esquerda, de forma oficial, e Pedro Sanchez está já empossado como novo presidente do governo espanhol, beneficiando de uma coligação da esquerda, com apoio nacionalista catalão e basco para derrubar o antecessor.

Um triunfo de 180 votos contra 169, numa câmara onde os populares dominam os assentos com... 169 lugares.

O executivo espanhol a assim do centro-direita para o centro-esquerda, à imagem do que também aconteceu em Portugal com a famosa "geringonça", mas num modelo distinto, focado na destituição do executivo em funções e com a governação em aberto.

Tal como o Partido Socialista em São Bento, o PSOE, que apenas detém 84 deputados, precisa contudo de manter contentes os diversos aliados para conseguir governar, inclusive os nacionalistas, sabendo que para já o apoio recebido foi apenas para afastar Rajoy.

O objetivo imediato de Sanchez será ainda assim levar a Espanha de volta às urnas. O que deverá acontecer no espaço de um ano, com o líder do Ciudadanos, que também se posiciona no centro-esquerda, a reclamar o título de líder da oposição perante a incerteza do futuro de Rajoy no hemiciclo.

Depois de já ter perspetivado um futuro executivo socialista como "governo Frankenstein", por considera-lo um moribundo temporário, Albert Rivera acusou Sanchez esta sexta-feira de "querer ser presidente do governo a qualquer preço" e exige eleições o mais breve possível, revelando confiança num triunfo nas urnas perante o descrédito nos populares.

Rajoy acusou Rivera de deslealdade por ter permitido a proliferação de acusações ao governo do PP, que acabou por perder credibilidade e foi derrotado no hemiciclo.

Quanto ao Unidos Podemos, o líder Pablo Iglesias espera receber dos socialistas um convite para integrar o governo e com isso promete alargar o peso do novo governo para os 151 lugares (o UP detém 67).

Iglesias exige alterações ao Orçamento de Estado deste ano proposto pelo executivo de Rajoy e apela a Sanchez para apresentar um programa de Governo e não apenas de transição até às eleições. O líder do Podemos considera estas condições essenciais para manter o apoio do Partido Nacionalista Basco (PNV), fulcral no triunfo da moção com os respetivos cinco deputados.

Os próximos dias, quem sabe mesmo semanas, prometem ser intensos no seio da política espanhola.

Outras fontes • El País, El Mundo

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