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Água, o novo "petróleo azul" que é preciso proteger com resiliência

8.° Fórum Mundial da Água pede compromisso internacional
8.° Fórum Mundial da Água pede compromisso internacional Direitos de autor REUTERS/ Ueslei Marcelino/ Arquivo
Direitos de autor REUTERS/ Ueslei Marcelino/ Arquivo
De Francisco Marques com Agência Brasil
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Comissário de Portugal no 8.° Fórum Mundial da Água alerta para o desperdício de um recurso essencial à vida num momento em que o planeta está sob forte pressão

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"Podemos viver sem ouro e sem petróleo, mas não podemos viver sem água", avisa o Comissário de Portugal no 8.° Fórum Mundial da Água, a decorrer até sexta-feira, em Brasília, no Brasil.

Em entrevista à euronews, via Skype, Jaime Melo Baptista sublinha o papel "muito importante" da água em "algumas áreas de África e Ásia", onde as "populações não podem subsistir" sem este recurso natural, também essencial para "a economia, na criação de emprego e na defesa do ambiente."

"É por isso que a água se tornou não só numa das prioridades das Nações Unidas, como também, desde há alguns anos, num direito humano. E esta é também uma mensagem forte para que os governos em todo o mundo desenvolvam políticas públicas que garantam no curto prazo mudar a forma como utilizamos a água e evitar o desperdício que temos cometido", sublinha o responsável pela delegação portuguesa em Brasília.

Jaime Melo Baptista concorda que a água "pode vir a ser o novo 'petróleo azul' que temos de proteger" para que continue ível a todos no futuro. Mas para isso é preciso "desenvolver uma melhor resiliência para garantir que os serviços de água estão melhor preparados para responder aos maiores desafios do futuro."

O objetivo do Fórum Mundial deste ano, nas palavras do Comissário português, a por envolver os responsáveis políticos pelo ambiente em todo o mundo na batalha contra os efeitos das alzterações climáticas e na promoção da sustentabilidade da água.

"Primeiro, precisamos de um claro e efetivo compromisso a nível político nos diferentes países. O segundo ponto é que este compromisso tem de basear-se em políticas públicas concretas implementadas em cada país. E, para mim, o terceiro ponto importante a pela necessidade de haver uma equipa habilitada a pôr em prática essas políticas públicas", detalhou.

O extremar do clima, avançado pelo novo relatório da UNESCO sobre a gestão da água mundial, com tempestades mais severas nas regiões mais húmidas do planeta e seca mais severa nas mais quentes ameaça agravar as inundações, os incêndios e a degradação da água.

Jaime Melo Baptista sublinha uma das estratégias em cima da mesa e para a qual é preciso convencer os diferentes governos.

"Precisamos de acelerar o que chamamos infraestruturas verdes. Isto significa ambientes mais ecológicos. Não é destruindo ecossistemas, mas usando os ecossistemas como parte dos serviços da água", explicou-nos o líder português no Fórum Mundial em Brasília, referindo-se a um regresso a métodos da própria Natureza no controlo e preservação dos diversos ecossistemas.

Questionamos o Comissário de Portugal com a possibilidade de aproveitar o anunciado extremar climático, por exemplo, na Europa com um sistema de partilha de recursos hídricos entre países onde a chuva deverá abundar, como no norte do continente, com outros onde a água vai faltar, como Portugal, mas isso não seria viável.

"O transporte de água entre países é possível, mas é muito mais caro do que transportar, por exemplo, energia ou outros recursos. Por isso devemos procurar outras soluções a um nível mais regional que continental", defendeu o responsável português.

Este segundo dia do 8.° Fórum Mundial da água tinha também prevista a leitura da já apelidada Declaração de Brasília, um compromisso que se espera ratificado até sexta-feira pelos mais de 100 países representados neste evento e que tem por objetivo uma melhor gestão da água do planeta.

"Resolver o problema da água não cabe apenas aos nossos técnicos e aos nossos políticos, mas a toda a sociedade e esperamos uma declaração de todos eles com o compromisso concreto para resolver esta questão", concretizou o responsável pela delegação portuguesa em Brasília.

Editor de vídeo • Francisco Marques

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