Dados publicados pela agência de estatísticas europeia, Eurostat, mostram que as mulheres no bloco europeu ganharam em média menos 16 % em relação aos homens em 2016.
Trabalhar de borla. É o que muitas mulheres estão a fazer parte do ano. Neste caso, o grito de revolta surge do Reino Unido, por causa da diferença salarial entre mulheres e homens.
De acordo com o Congresso para a União dos Sindicatos britânico, as mulheres tem 67 dias de trabalho não pago. Apenas agora, março, começam a ganhar.
O dia internacional da mulher, esta quinta-feira, é ainda um dia amargo.
"É um grande desapontamento, porque já lá vão 100 anos desde que algumas mulheres ganharam o direito a votar, não todas. Mesmo assim, são 100 anos. Muitas gerações aram desde então e vimos muitas mulheres a saírem às ruas para exigir igualdade, uma voz.
Com uma primeira-ministra mulher, gostaríamos de a ver sem papas na língua ao referir-se à diferença nas remunerações que é tão grande no Reino Unido", diz Ines Lage, do Congresso para a União dos Sindicatos.
Dados publicados pela agência de estatísticas da Comissão europeia, Eurostat, mostram que as mulheres no bloco europeu g ganharam em média menos 16 por cento em relação aos homens em 2016.
O Reino Unido tem a quarta maior diferença salarial, logo a seguir da Alemanha, da República Checa e da Estónia.
A dar o exemplo, estão países como a Roménia, a Itália e o Luxemburgo. Entre os 28, Portugal num pouco honroso 22o lugar.
As mulheres conseguiram em grande parte conquistar um lugar ao sol no Reino Unido e também na Europa, mas como estes números demonstram, têm ainda um longo caminho a percorrer.