{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2018/01/18/japao-fortalece-ligaces-comerciais-com-o-leste-da-europa" }, "headline": "Jap\u00e3o fortalece liga\u00e7\u00f5es comerciais com o leste da Europa", "description": "O que faz os empres\u00e1rios japoneses afluirem \u00e0 Europa de Leste?", "articleBody": "O primeiro-ministro japon\u00eas, Shinzo Abe, iniciou 2018 com uma visita hist\u00f3rica a seis na\u00e7\u00f5es da Europa de Leste com uma delega\u00e7\u00e3o de dezenas de empres\u00e1rios japoneses para promover as rela\u00e7\u00f5es econ\u00f3micas e diplom\u00e1ticas. Neste epis\u00f3dio de Spotlight, debru\u00e7amo-nos sobre algumas colabora\u00e7\u00f5es comerciais que j\u00e1 existem para perceber a raz\u00e3o que leva os empres\u00e1rios japoneses a olhar, cada vez mais, para o flanco oriental da Europa. 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Japão fortalece ligações comerciais com o leste da Europa

Japão fortalece ligações comerciais com o leste da Europa
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O que faz os empresários japoneses afluirem à Europa de Leste?

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O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, iniciou 2018 com uma visita histórica a seis nações da Europa de Leste com uma delegação de dezenas de empresários japoneses para promover as relações económicas e diplomáticas.

Neste episódio de Spotlight, debruçamo-nos sobre algumas colaborações comerciais que já existem para perceber a razão que leva os empresários japoneses a olhar, cada vez mais, para o flanco oriental da Europa.

As colaborações empresariais entre o Japão e o leste Europeu abrangem uma grande variedade de setores com cada país a oferecer um conjunto único de oportunidades para os investidores japoneses. Há, também, o potencial de exportar não só bens, mas também conhecimento para o Japão. Estamos na Estónia, que ganhou, recentemente, o título de ‘sociedade digital mais avançada do mundo’, para descobrir uma empresa que está preparada para revolucionar a forma como o setor privado japonês gere a informação.

Na Estónia, 99% dos serviços estatais estão em linha utilizando uma ferramenta chamada “E-Estónia”.

A espinha dorsal do serviço é uma plataforma de gestão de dados chamada X-Road. 52.000 organizações usam o serviço que trata, anualmente, cerca de 500 milhões de solicitações.

Outros países, incluindo a Finlândia, a Namíbia e o Azerbaijão, estão a seguir o exemplo da Estónia.

Inspirando-se no êxito da X Roads, uma “start-up” liderada por um empresário japonês, está, agora, a desenvolver a sua própria plataforma de gestão de dados para ser utilizada no setor privado.

“A Planetway é, basicamente, uma empresa híbrida entre a Estónia e o Japão e, também, entre negócios e investigação e desenvolvimento.

Isso é algo… A Estónia inventou isso e os japoneses adaptaram-no e utilizam-no, já, no Japão. Todos os países asiáticos dizem: ‘Uau, quero utilizar isso’.

A Estónia é o exemplo perfeito de uma sociedade digital total, provavelmente uma das melhores do mundo.

Eles perceberam que tinham as tecnologias, mas não tinham o dinheiro, não tinham as pessoas, não tinham os mercados.

O que é que eles deveriam fazer? Pensaram: ‘por que é que não teremos a melhor e a mais simples infraestrutura da sociedade?’

Agora, o mundo está a começar a perceber que tudo deve estar ligado e digitalizado. Tudo é informação e tudo está a ser digitalizado. Isso é a Estónia. É por isso que pensamos que a Estónia é o melhor país para colaborarmos”, afirma o presidente executivo da Planetway, Noriaki Hirao.

Raul Allikivi, o membro estónio da direção da PlanetWay levou-nos ao seu restaurante japonês favorito, em Tallinn, para explicar quais as principais implicações desta tecnologia: “Quando pensamos no futuro… em sensores e na Internet das Coisas… Eles saberão muito mais sobre nós do que qualquer Governo jamais saberia. Mas aqui, o que pensamos é que, basicamente, esses dados devem ser preservados apenas no banco de dados onde foram criados.”

Uma fonte de dados e múltiplas conexões seguras significam um menor custo e uma maior segurança.

“O que fazemos é: desejamos partilhar os mesmos dados e reutilizar a mesma informação e apenas nos certificarmos de que as ligações e o o são seguros”, sublinha Allikivi.

Para obtermos uma visão mais ampla do clima empresarial e de investimento entre o Japão e a Europa de Leste, entrevistámos Norio Maruyama, do Ministério nipónico dos Negócios Estrangeiros: “sabe, esta é a primeira visita de um primeiro-ministro japonês a esta parte do mundo.

Concluímos, agora, um acordo de parceria económica entre a União Europeia e o Japão. Esta é uma parceria verdadeiramente histórica pois vai envolver cerca de 640 milhões de pessoas, o que representa cerca de um terço do PIB mundial.

As empresas japonesas estão muito interessadas em vir para a Europa e, em especial, para esta parte da Europa, para promover o comércio e o investimento.

As empresas japonesas consideram a elevada qualidade da mão-de-obra dessas regiões muito importante. Isso é, também, um fator de atração.

“Os japoneses têm um profundo sentimento de amizade para com esses países, o que facilitará o comércio entre as duas regiões”.

Estamos na Bulgária, que está a tornar-se, rapidamente, num centro de produção para as empresas japonesas. Três empresas nipónicas estão prestes a começar a produção aqui, o que significa a criação de 8000 postos de trabalho para os búlgaros. Estamos na segunda cidade da Bulgária – Plovdiv – para visitarmos uma dessas empresas.”

O comércio entre a Bulgária e o Japão ascendeu, em 2017, aos 125 milhões de euros, o nível mais altos desde 2008. O investimento japonês na Bulgária está, também, em alta e com o Acordo de Livre Comércio entre a UE e o Japão, finalizado em dezembro, há previsão de novas colaborações comerciais.

A Federação Japonesa de Associações Cooperativas Agrícolas – Zen Noh – espera expandir o mercado de sushi congelado na Europa. Conhecemos o seu presidente, Soichi Momose: “O peixe vem da Noruega e da Escócia. Então, com arroz japonês e peixe europeu, produziremos o nosso sushi aqui na Bulgária. Trazemos o arroz cru, do Japão, tiramos-lhe a casca, para ficar branco. É desta forma que preservamos o sabor do arroz e impedimos que ele seque. O próximo o é ferver o arroz e, depois disso, metade do trabalho é feito pelas máquinas e a outra metade é feita à mão. Uma vez feito o sushi, congela-se. No Japão, também comemos sushi congelado e temos fábricas que produzem e preparam esse tipo de refeições, à base de arroz. Se a fábrica funcionar bem, podemos expandi-la e recrutar mais pessoas”.

Mais informações:

https://e-estonia.com/solutions/interoperability-services/x-road/

https://seenews.com/news/three-japanese-companies-launching-production-in-bulgaria-govt-agency-594437

https://www.washingtonpost.com/business/bulgaria-pledges-opportunities-for-japanese-firms-in-balkans/2018/01/14/f12c56d2-f967-11e7-9b5d-bbf0da31214d_story.html?utm_term=.4b47e4583897

http://abcnews.go.com/Technology/wireStory/japanese-pm-kicks-off-nation-european-tour-estonia-52305906

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