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Como é que a Rússia terá, alegadamente, branqueado capitais na União Europeia

Como é que a Rússia terá, alegadamente, branqueado capitais na União Europeia
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As acusações A Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP) revelou há três anos um alegado esquema financeiro que permitiu branquear pelo menos 19,3 mil milhões de euros com origem na…

As acusações

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A Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP) revelou há três anos um alegado esquema financeiro que permitiu branquear pelo menos 19,3 mil milhões de euros com origem na Rússia. De acordo com a ONG, o esquema permitiu retirar do país, via a Europa de Leste, dinheiro ganho de forma ilícita.

O alegado esquema

De acordo com a OCCRP o esquema envolveu empresas-fantasma que serviram de meio para a realização de transações apesar de não realizarem operações significativas ou de não possuírem ativos. As companhias referidas não são ilegais mas a identidade dos proprietários é geralmente desconhecida.

Alegadamente, uma empresa faz um falso empréstimo a outra companhia. A primeira acusa então a segunda de não reembolsar o crédito e lança uma ação num tribunal da Moldávia para “recuperar” o dinheiro. Em seguida as empresas russas transferem os montantes “em dívida” para a Moldávia de forma a pagar a dívida falsa.

Parte do dinheiro foi transferido para a Letónia, entrando assim na União Europeia. A partir do país báltico o dinheiro foi enviado para 96 países, tendo sido registadas cerca de 70 mil transferências bancárias, afirmaram fontes das autoridades da Letónia e da Moldávia ao jornal britânico The Guardian.

As novas revelações

As primeiras notícias sobre este esquema de branqueamento de capitais surgiram em 2014 mas a rede de jornalistas da OCCRP trabalhou a notícia e as investigações dos últimos anos permitiram descobrir o percurso do dinheiro.

O esquema batizado Global Laundromat (Lavandaria Global) fez ar perto de 685 milhões de euros pelos bancos britânicos, afirma o Guardian.

De acordo com o jornal inglês, meio milhar de pessoas estão envolvidas na operação de branqueamento de capitais (oligarcas, banqueiros russos e agentes com ligação ao FSB, os serviços secretos russos).

As autoridades britânicas prometeram investigar o caso. O diário avança que 505 milhões de euros circularam por balcões do HSBC, no Reino Unido e no estrangeiro. Um banco que está com uma pena suspensa de 5 anos depois do acordo com as autoridades americanas por falhas no sistema de controlo de branqueamento de capitais. O banco afirmou num comunicado que “está fortemente empenhado na luta contra o crime financeiro.”

Royal Bank of Scotland, Lloyds, Barclays e Coutts foram também referidas pelo The Guardian, mas afirmaram ao jornal terem implementado sistemas de controlo apertado contra a lavagem de dinheiro.

As investigações em curso

A justiça da Moldávia abriu processos penais contra 14 juízes, 10 gestores bancários de topo, diretores do banco central e oficiais de justiça, na sequência do inquérito a este esquema de branqueamento de capitais.

As autoridades da Moldávia tentaram obter ajuda da Rússia nos últimos seis anos para investigar o topo da pirâmide. Moscovo afirmou entretanto que não pode responder às perguntas dos jornalistas porque está a conduzir o seu próprio inquérito. Na semana ada, o governo moldavo fez seguir para Moscovo uma queixa, através do embaixador russo em Chisinau, pela forma como as autoridades russas tratam os pedidos de cooperação dos homólogo moldavos.

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