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2016: O ano em que o Rio de Janeiro esteve no centro do mundo

2016: O ano em que o Rio de Janeiro esteve no centro do mundo
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2016 foi o ano em que o Rio de Janeiro acolheu a maior competição do desporto mundial e não faltaram problemas para resolver antes e até durante os Jogos…

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2016 foi o ano em que o Rio de Janeiro acolheu a maior competição do desporto mundial e não faltaram problemas para resolver antes e até durante os Jogos Olímpicos.

A começar pela oportunidade perdida para limpar a Baía de Guanabara. Afinal, tudo não aram de promessas e a qualidade da água esteve longe de ser a desejável durante a competição.

Um pormenor facilmente esquecido por um comité organizador à beira de um ataque de nervos, com o boicote de alguns desportistas causado pela ameaça do vírus zika e o país a atravessar uma crise socioeconómica que colocou em causa a própria democracia.

Na aldeia olímpica as condições não eram propriamente as ideais e a Austrália preferiu mesmo mudar-se para um hotel, mas a verdade é que mesmo com alguns problemas pelo meio, como a célebre piscina verde, tudo acabou por se desenrolar na normalidade.

Bom, a normalidade possível depois da publicação do relatório McLaren, que revelou a existência de um sistema de doping com apoio estatal na Rússia. O Kremlin negou mas cedo se rendeu às evidências e preferiu apontar baterias na direção das restantes potências desportivas, acusando-as de fazer o mesmo. A Federação Internacional de Atletismo foi a única a tomar uma posição firme, impedindo os atletas russos de participar no Rio de Janeiro. Pagaram os justos pelos pecadores, mas o tempo tem mostrado que os pecadores provavelmente até são em maior número.

Entre os justos, destacou-se uma vez mais Michael Phelps. O norte-americano de 31 anos regressou à competição apenas para participar nos Jogos Olímpicos e em boa hora o fez. Regressou a casa com mais cinco medalhas de ouro e uma de prata. O recorde já era seu antes dos Jogos mas agora está em números estratosféricos, Phelps tem um total de 28 medalhas olímpicas, 23 das quais de ouro.

Usain Bolt nunca chegará a essa marca mas tem um registo igualmente impressionante. Nunca foi derrotado nos Jogos Olímpicos e completou o triplo-triplo no Rio de Janeiro, isto é, tornou-se no primeiro velocista da história a vencer os 100m, 200m e 4×100m em três edições consecutivas dos Jogos.

Também Allyson Felix garantiu um lugar nos livros de história. A velocista ajudou os Estados Unidos a vencerem as estafetas de 4×100 e 4×400m e tornou-se na primeira atleta com seis ouros olímpicas no palmarés. Tem agora um total de nove medalhas, igualando a recordista Merlene Ottey.

Continuando na senda dos recordes, Simone Biles é um nome incontornável. Aos 19 anos de idade é já a ginasta norte-americana mais medalhada de sempre. No Rio conquistou o ouro na individual geral, no solo, no salto e ainda por equipas. Na trave ficou-se pelo bronze.

Com a Rússia bastante desfalcada, não surpreende que tenham sido os Estados Unidos a dominar o quadro de medalhas. Surpreende isso sim o segundo lugar da Grã-Bretanha. O investimento para os Jogos de Londres continua a dar resultados, que o diga Mo Farah, que repetiu a dobradinha nos cinco e nos dez mil metros.

O apoio dos adeptos brasileiros não se traduziu necessariamente em medalhas, 19 conquistadas e apenas sete de ouro, mas valeu aquela medalha que todos esperavam, a do futebol. Neymar e companhia deixaram o Maracanã em festa depois de derrotarem a Alemanha nos penáltis, conquistando finalmente o título que faltava ao futebol brasileiro.

Há quatro anos, Majlinda Kelmendi já tinha participado nos Jogos Olímpicos em representação da Albânia. Estreou-se agora com as cores do Kosovo e não fez a coisa por menos, A judoca de 25 anos conquistou o título olímpico nos -52 kg, coroando com a medalha de ouro a estreia do Kosovo no maior palco do desporto mundial.

Mais discreta, em termos competitivos, foi a participação da equipa de refugiados. No entanto para os dez desportistas que vestiram as cores olímpicas nas provas de atletismo, natação e judo, a sua presença no Rio de Janeiro já foi uma vitória. Serviu para lembrar o mundo que o desporto por vezes salva vidas.

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