{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2016/03/18/bachar-al-jaafari-os-paises-mais-inteligentes-mantiveram-as-embaixada-em-damasco" }, "headline": "Bachar Al-Jaafari: \u0022Os pa\u00edses mais inteligentes mantiveram as embaixada em Damasco\u0022", "description": "Euronews: Nestas negocia\u00e7\u00f5es, a oposi\u00e7\u00e3o reclama um per\u00edodo transit\u00f3rio e a sa\u00edda do presidente Bachar al Assad. Acha que esta exig\u00eancia pode fazer", "articleBody": "Euronews: Nestas negocia\u00e7\u00f5es, a oposi\u00e7\u00e3o reclama um per\u00edodo transit\u00f3rio e a sa\u00edda do presidente Bachar al Assad. Acha que esta exig\u00eancia pode fazer fracassar as negocia\u00e7\u00f5es? Bachar Al-Jaafari: \u201cQuando se fala de uma oposi\u00e7\u00e3o \u00fanica, significa que ela representa todas as oposi\u00e7\u00f5es. Quando estas oposi\u00e7\u00f5es chegarem a um denominador comum poderemos considerar que a exig\u00eancia \u00e9 aceitavel. Ora, nem todas as oposi\u00e7\u00f5es fazem essa exig\u00eancia. Imp\u00f4r coisas desde o in\u00edcio \u00e9 pedir o imposs\u00edvel \u00e0 arte do di\u00e1logo e fazer com que as negocia\u00e7\u00f5es fracassem. Depois, os que exigem est\u00e3o a tentar imp\u00f4r uma agenda Ocidental, porque a sa\u00edda do senhor Bachar al Assad \u00e9 uma exig\u00eancia que vem do exterior\u201d. E: O senhor diz que as exig\u00eancias v\u00eam do exterior, pode precisar o que \u00e9 esse exterior? B.J: \u201cEsta p\u00e1tria \u00e9 para todos os s\u00edrios, nem eu nem ningu\u00e9m tem o direito de entregar uma parte da p\u00e1tria a um pa\u00eds terceiro. Exatamente como aqueles que tentam fazer o jogo dos turcos, criando uma zona de exclus\u00e3o no norte da S\u00edria. Todos os que pedem isso, fazem o jogo dos turcos. 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Porque os que est\u00e3o na base desta linha de pensamento tratam os outros como infi\u00e9is, e, por consequ\u00eancia, autorizam-se a decapit\u00e1-los. O pensamento do Daesh \u00e9 tamb\u00e9m o pensamento wahabita, porque cortar m\u00e3os, bra\u00e7os e cabe\u00e7as \u00e9 uma tradi\u00e7\u00e3o wahabita saudita. Esses grupos est\u00e3o na lista das organiza\u00e7\u00f5es terroristas e h\u00e1 estados que os financiam. Atualmente, j\u00e1 n\u00e3o \u00e9 segredo para ningu\u00e9m que a Turquia financia o Daesh e facilita a entrada dos seus membros na S\u00edria. Tamb\u00e9m n\u00e3o \u00e9 segredo para ningu\u00e9m que o Qatar e a Ar\u00e1bia Saudita financiam a Frente Al Nousra. Financiam, treinam e armam esses grupos. N\u00e3o somos n\u00f3s que o dizemos, isto foi confirmado pelo relat\u00f3rio do Conselho de Seguran\u00e7a da Na\u00e7\u00f5es Unidas\u201d. E: Como \u00e9 que o senhor v\u00ea o futuro da crise na S\u00edria? B.J: \u201cN\u00f3s temos orgulho na nossa identidade nacional independente e recusamos inger\u00eancia do exterior. O nosso \u00fanico inimigo \u00e9 Israel, e n\u00e3o \u00e9 por ser Israel, \u00e9 porque ocupa territ\u00f3rios \u00e1rabes e sobretudo um territ\u00f3rio da nossa querida p\u00e1tria, os Gol\u00e3s\u201d. E: De que forma \u00e9 que o acordo de n\u00e3o agress\u00e3o contribuiu para a distribui\u00e7\u00e3o da ajuda humanit\u00e1ria? B.J: O governo s\u00edrio contribui com 75% de toda a ajuda humanit\u00e1ria para o povo s\u00edrio. Todas as confer\u00eancias de que ouvimos falar, em Londres, em Roma, em Paris s\u00e3o, na realidade, fachadas e, por detr\u00e1s disso, financiam-se outras coisas e n\u00e3o se ajuda o povo s\u00edrio no interior nem os refugiados no exterior. E:Na sua opini\u00e3o, como \u00e9 que a Europa deveria tratar a crise s\u00edria? B.J: \u201cEm primeiro, \u00e9 preciso que p\u00e1re com a inger\u00eancia nos assuntos internos s\u00edrios. Depois \u00e9 preciso voltar a abrir as embaixadas em Damasco, para que testemunhem o que verdadeiramente se a e que n\u00e3o recolham apenas informa\u00e7\u00f5es de fontes da oposi\u00e7\u00e3o. A Europa cometeu muitos erros estrat\u00e9gicos. Alguns estrangeiros recusaram-se a entrar no jogo. A embaixada checa continua em Damasco, a embaixada b\u00falgara continua em Damasco, a embaixada da Su\u00e9cia continua em Damasco. N\u00e3o metemos todos os europeus no mesmo saco. 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Bachar Al-Jaafari: "Os países mais inteligentes mantiveram as embaixada em Damasco"

Bachar Al-Jaafari: "Os países mais inteligentes mantiveram as embaixada em Damasco"
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Euronews: Nestas negociações, a oposição reclama um período transitório e a saída do presidente Bachar al Assad. Acha que esta exigência pode fazer

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Euronews: Nestas negociações, a oposição reclama um período transitório e a saída do presidente Bachar al Assad. Acha que esta exigência pode fazer fracassar as negociações?

Bachar Al-Jaafari: “Quando se fala de uma oposição única, significa que ela representa todas as oposições. Quando estas oposições chegarem a um denominador comum poderemos considerar que a exigência é aceitavel. Ora, nem todas as oposições fazem essa exigência. Impôr coisas desde o início é pedir o impossível à arte do diálogo e fazer com que as negociações fracassem. Depois, os que exigem estão a tentar impôr uma agenda Ocidental, porque a saída do senhor Bachar al Assad é uma exigência que vem do exterior”.

E: O senhor diz que as exigências vêm do exterior, pode precisar o que é esse exterior?

B.J: “Esta pátria é para todos os sírios, nem eu nem ninguém tem o direito de entregar uma parte da pátria a um país terceiro. Exatamente como aqueles que tentam fazer o jogo dos turcos, criando uma zona de exclusão no norte da Síria. Todos os que pedem isso, fazem o jogo dos turcos. E a Irmandade Muçulmana faz a mesma coisa, ou seja, o jogo do Qatar. Nós temos dito isto e repetido muitas vezes desde o início da crise. Nós sempre dissemos que havia ingerência externa nos assuntos sírios. Os acontecimentos que se seguiram confirmaram isso a todos os que o negavam.. Hoje há relatórios do Conselho de Segurança da ONU que o dizem unanimemente, ou seja, o Reino Unido, a França, os Estados Unidos, e todos os que gravitam nessa órbita.
Há outros relatórios do Conselho de Segurança que confirmam que há tráfico de armas através das fronteiras jordana e turca. Há também tráfico de armas da Líbia, através do Líbano. Também há provas sobre as questões internas da Síria, que confirmam, sem sombra de dúvida, que há terrorismo que vem do exterior, financiado no exterior, com entrada facilitada na Síria.
Será que podemos considerar os milhares de chechenos, que combatem nos exércitos do Daesh e na frente Al Nousra como oposição patriótica e moderada? São estrangeiros! Mercenários estrangeiros! Comprados com o dinheiro sujo dos países do Golfo para destruirem a Síria! Há 80 mil mercenários estrangeiros integrados na forças do Daesh e Al Nousra”.

E: Quem é que está a encorajar a infiltração de terroristas na Síria?

B.J: “O pensamento “takfiri” está diretamente ligado ao pensamento wahabita dos sauditas. É simplesmente por isso que dizemos que os países do Golfo estão implicados na efusão do sangue na Síria. Porque os que estão na base desta linha de pensamento tratam os outros como infiéis, e, por consequência, autorizam-se a decapitá-los. O pensamento do Daesh é também o pensamento wahabita, porque cortar mãos, braços e cabeças é uma tradição wahabita saudita. Esses grupos estão na lista das organizações terroristas e há estados que os financiam. Atualmente, já não é segredo para ninguém que a Turquia financia o Daesh e facilita a entrada dos seus membros na Síria. Também não é segredo para ninguém que o Qatar e a Arábia Saudita financiam a Frente Al Nousra. Financiam, treinam e armam esses grupos. Não somos nós que o dizemos, isto foi confirmado pelo relatório do Conselho de Segurança da Nações Unidas”.

E: Como é que o senhor vê o futuro da crise na Síria?

B.J: “Nós temos orgulho na nossa identidade nacional independente e recusamos ingerência do exterior. O nosso único inimigo é Israel, e não é por ser Israel, é porque ocupa territórios árabes e sobretudo um território da nossa querida pátria, os Golãs”.

E: De que forma é que o acordo de não agressão contribuiu para a distribuição da ajuda humanitária?

B.J: O governo sírio contribui com 75% de toda a ajuda humanitária para o povo sírio. Todas as conferências de que ouvimos falar, em Londres, em Roma, em Paris são, na realidade, fachadas e, por detrás disso, financiam-se outras coisas e não se ajuda o povo sírio no interior nem os refugiados no exterior.

E:Na sua opinião, como é que a Europa deveria tratar a crise síria?

B.J: “Em primeiro, é preciso que páre com a ingerência nos assuntos internos sírios. Depois é preciso voltar a abrir as embaixadas em Damasco, para que testemunhem o que verdadeiramente se a e que não recolham apenas informações de fontes da oposição. A Europa cometeu muitos erros estratégicos. Alguns estrangeiros recusaram-se a entrar no jogo. A embaixada checa continua em Damasco, a embaixada búlgara continua em Damasco, a embaixada da Suécia continua em Damasco. Não metemos todos os europeus no mesmo saco. Os mais inteligentes mantiveram as embaixadas abertas”.

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