Foi confirmada esta terça-feira , na Coreia do Sul, a sétima morte provocada pelo surto no país do novo coronavírus ou Síndrome Respiratória do Médio
Foi confirmada esta terça-feira , na Coreia do Sul, a sétima morte provocada pelo surto no país do novo coronavírus ou Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS). A sétima vítima foi uma mulher de 68 anos, que tinha estado em o com um doente no hospital de Seul há cerca de duas semanas.
(3rd LD) S. Korea reports seventh MERS death, 8 new cases http://t.co/NLim7ZMEHa
— Yonhap News Agency (@YonhapNews) 9 junho 2015
O numero de casos registado também aumentou. Há mais oito e, no total, são já 95 os casos identificados, o que levou as autoridades a isolar até à manhã desta terça-feira, como medida de prevenção, 3892 pessoas. Entre os isolados estão familiares de pacientes já diagnosticados com o MERS. Pelo menos duas pessoas diagnosticadas com o vírus já receberam alta após recuperação completa O pânico está a propagar-se e levou a uma corrida dos coreanos às máscaras de proteção. “O surto de MERS foi muito repentino. Os fabricantes e distribuidores locais de máscaras, e até importadores como a 3M, não têm ‘stocks’ suficientes. Nós só conseguimos vender cerca de 600 máscaras por dia apesar de termos pedidos para 1000”, lamentou Lee Jong-min, funcionária da farmácia Samwon.
O Ministério da Saúde da Coreia fez saber, entretanto, que vai assumir os gastos de diagnóstico e tratamento de todos os que contraírem a doença, assim como daqueles que foram colocados em quarentena.
Após uma reunião de emergência, a Presidente da Coreia Park Geun-hye apelou aos coreanos para não se alarmarem e garantiu: “Estamos numa situação em que claramente vamos conseguir ter o MERS sob controlo.”
Park asks people not to overreact to MERS virus http://t.co/D8Bf77VyEo
— Yonhap News Agency (@YonhapNews) 9 junho 2015
A chefe de Estado pediu ainda a colaboração dos coreanos para não deixarem que este problema sanitário afete a normal atividade comercial do país. As declarações de Park Geun-hye surgiram depois de crescentes receios de que as exportações coreanas, já afetadas pela queda de valor do Yen japonês, pudessem ser reduzidas também pelos receios de propagação do vírus — em maio, as exportações coreanas sofreram uma queda de 10,9 por cento face ao mesmo período do ano ado. “Os ministérios afetados devem tomar
todas as medidas preventivas necessárias para minimizar o impacto económico causado pelo surto de MERS”, alertou a Presidente coreana.
A população, no entanto, não arrisca e está a evitar os espaços públicos. A assistência nos jogos de basebol e as idas ao cinema, por exemplo, reduziram-se cerca de um terço.
Com os 95 casos já identificados, a Coreia do Sul tornou-se no segundo país com mais pessoas diagnosticadas com o vírus depois da Arábia Saudita, que já soma mais de 1000 casos desde o primeiro paciente registado em 2012 — pelo menos 412 pessoas morreram.
O primeiro caso de MERS na Coreia do Sul foi reportado no ado dia 20 de maio: foi um homem de 68 anos que tinha viajado para o Médio Oriente.
KSA MOH reports one new #MERS case in Hufof. http://t.co/Juy2xhyUYspic.twitter.com/NWbMDb8t8n
— MERS_CoV (@MERS_inSAUDI) 8 junho 2015
O MERS é considerado um “primo”, mais mortal, mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo. Tal como aquele vírus, o MERS provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias. Mais de 20 países foram já afetados por este novo coronavírus, para o qual não existe vacina ou tratamento.
Since 2012 to date, 25 countries have reported #MERS cases http://t.co/3BvWBc8P28pic.twitter.com/mwSYlSJMMu
— WHO (@WHO) 3 junho 2015