Na Hungria, o escândalo financeiro da empresa corretora Questor une os partidos da oposição para exigir a demissão do primeiro-ministro, Viktor Orbán
Na Hungria, o escândalo financeiro da empresa corretora Questor une os partidos da oposição para exigir a demissão do primeiro-ministro, Viktor Orbán
Em cima da mesa está a possibilidade de uma moção de censura no Parlamento, depois de o chefe do governo ter ordenado a ministérios e departamentos a retirada de fundos da empresa corretora Questor, poucos dias antes de ter ido à falência.
Orbán defendeu que foi somente após o rebentamento do escândalo que decidiu instruir os ministérios para retirar os fundos temendo um “efeito dominó” em outras corretoras na Hungria.
József Tobias, líder do Partido Socialista Húngaro (MSZP), contesta: “O chefe do governo salvou o seu dinheiro e o dos aliados e deixou o povo entregue a si próprio.Orbán deve demitir-se, não serve como primeiro-ministro da Hungria. Tem de renunciar.”
A Questor vendeu milhões de títulos fictícios já em situação de pré falência tendo lesado milhares de pessoas. Este representante da associação das vítimas conta:
“Até agora não vemos claramente quem são os responsáveis, há uma lista de nomes cada vez maior. Com a ajuda de especialistas jurídicos, estamos acompanhar de perto a situação e nos próximos dias, veremos quem iremos processar”.
Esta associação procura o responsável de abuso de informação privilegiada. O correspondente da euronews reporta:
“Enquanto o escândalo Questor atinge os mais altos níveis políticos, as vítimas ainda não têm todas as informações sobre o paradeiro do seu dinheiro, nem se vão um dia ter o aos seus ativos, ou se irão recuperar a totalidade do montante investido”