O primeiro ataque contra um local de culto judaico em Jerusalém e o mais mortífero desde 2008 faz temer uma violenta escalada no conflito israelo-palestiniano.
Dois palestinianos mataram cinco israelitas numa sinagoga da parte ocidental da cidade santa, durante a oração da manhã. O incidente ocorreu no bairro de Har Nof, bastião do partido ultra-ortodoxo Shass.
Os dois atacantes, membros de uma mesma família palestiniana de Jerusalém-Leste, foram abatidos pela polícia.
Três das suas vítimas tinham dupla nacionalidade israelita e norte-americana e uma quarta também tinha aporte britânico. A quinta vítima, um polícia, sucumbiu mais tarde dos ferimentos. Outras sete pessoas foram feridas durante o ataque, que põe ao rubro a já alta tensão que se vive em Jerusalém, nomeadamente em redor da Esplanada das Mesquitas.
Os dois principais movimentos islamitas palestinianos, o Hamas e a Jihad Islâmica, saudaram o ataque.
As autoridades israelitas revistaram as residências dos dois atacantes no bairro de Jabel Mukaber, detendo vários membros da família.
Durante a tarde, milhares de judeus – uma grande parte dos quais membros da comunidade ultra-ortodoxa – participaram nos funerais de três das pessoas que perderam a vida na sinagoga.