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Venezuela: Oposição não faz favores a Maduro

Venezuela: Oposição não faz favores a Maduro
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Os venezuelanos que se opõem ao sucessor de Chavez estão nas ruas de Caracas há três semanas. A manifestação pacífica do início rapidamente derrapou em confrontos com as forças da ordem e os defensores da política de Nicolas Maduro. O balanço oficial é de 15 mortos, dezenas de feridos e cerca de 1000 detidos.

A maioria das grandes cidades está afetada pelo movimento de contestação, mas os manifestantes não pretendem baixar os braços.

A contestação começou no início de fevereiro. Teve origem no Estado de Tachira, onde os estudantes criticaram a insegurança Rapidamente, o movimento incluiu outras reivindicações, nomeadamente, o alto custo de vida. No dia 12 de fevereiro, a mega manifestação de Caracas fez cair as primeiras vítimas.

Maduro, em vez de acalmar os ânimos, chamou os bolivarianos para a rua e ordenou o bloqueio nas redes sociais.

O Twitter, o Facebook e aplicativos de envio de mensagens estarão bloqueados ou a a ar por constantes falhas técnicas, graças ao provedor CANTV, o serviço oficial do governo.

Nu ano de governo de Maduro, a subida em flecha do preço dos produtos básicos levou à penúria de bens nas prateleiras dos supermercados.

A inflação atingiu o recorde de 56%. Há um duplo sistema de câmbio que está na origem desta crise.: uma taxa oficial muito baixa, de 6.3 bolívares por um dólar. Uma taxa flutuante, não oficial, de 11.3 bolívares. Este duplo câmbio encoraja o mercado negro, em que a taxa oficial acaba por ser multiplicada por 12.

Neste país com uma das reservas de petróleo maiores do mundo, chega a faltar papel higiénico. Os assaltos aos supermercados começaram e os portugueses accabam por atingidos, como foi o caso do “Super Líder”, propriedade de portugueses em El Limon, no estado de Arágua.

Maduro insiste na retórica e propõe um diálogo nacional em que alguns opositores não acreditam. Até os observadores internacionais ficaram céticos:

“Gostaria que Henrique Capriles viesse, mas ele queria falar durante uma hora para todo o país. É difícil, ele tinha de ter ganho a presidência para falar durante uma hora na televisão”.

O maior rival de Maduro nas presidenciais, Henrique Caprilles, recusou participar na reunião dos 23 governadores de estado do país, nomeadamente os da oposição.

Henrique Capriles usou mesmo uma imagem forte para recusar favores ao presidente em apuros:

“Não vou a uma reunião em que o conselho federal lhe vai salvar a face. Não vou fazer como a orquestra do Titanic. Não sou músico, o barco está a afundar e querem que seja eu a tocar? Nem pensar, Nicolas, não me vou deixar usar”.

O líder do partido opositor venezuelano Vontade Popular (VP), Leopoldo López, está preso, mas Maduro não deixou ar a oportunidade para reclamar à família o reconhecimento de que lhe salvou a vida ao detê-lo…

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