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O primeiro-ministro de Israel j\u00e1 mostrou preferir a coloniza\u00e7\u00e3o \u00e0s negocia\u00e7\u00f5es. Ele optou por impor em vez de dar continuidade ao processo de paz. Por causa disso, o Governo de Israel tem toda a responsabilidade pela atual crise nas negocia\u00e7\u00f5es. euronewsQuais s\u00e3o os pontos essenciais da disc\u00f3rdia entre a Palestina e o lado israelita?Saeb Erekat, Respons\u00e1vel palestiniano pelas negocia\u00e7\u00f5es com IsraelN\u00e3o posso aprofundar muito os detalhes das negocia\u00e7\u00f5es, mas o que deve ser reconhecido sob a legitimidade do direito internacional \u00e9 claro e espec\u00edfico: Um estado palestiniano n\u00e3o tem qualquer significado se n\u00e3o tiver como capital Jerusal\u00e9m Oriental. E n\u00e3o haver\u00e1 Palestina sem a Faixa de Gaza inclu\u00edda. Gaza representa o Mediterr\u00e2neo e a corpora\u00e7\u00e3o total. Somos o mesmo povo. 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Est\u00e1 de acordo com esta proposta?Saeb Erekat, Respons\u00e1vel palestiniano pelas negocia\u00e7\u00f5es com IsraelFalou-se sobre troca de territ\u00f3rios de valor similar. Mas deixe-me dizer-lhe: A nossa posi\u00e7\u00e3o \u00e9 a de que podemos falar sobre isso, apenas e s\u00f3, se Israel nos reconhecer como um estado de acordo com as fronteiras definidas em 1967. Porque a troca de territ\u00f3rios \u00e9 poss\u00edvel entre pa\u00edses e \u00e9 uma quest\u00e3o soberana para cada um dos pa\u00edses.euronewsH\u00e1 medidas de seguran\u00e7a em curso, em particular nas fronteiras com a Jord\u00e2nia, e que tenham apoio norte-americano?Saeb Erekat, Respons\u00e1vel palestiniano pelas negocia\u00e7\u00f5es com IsraelEstas s\u00e3o fronteiras entre a Jord\u00e2nia e a Palestina desde que Israel terminou a retirada gradual. N\u00e3o vamos aceitar a presen\u00e7a israelita nas nossas fronteiras orientais ou ocidentais. Nem em qualquer porto, qualquer posto fronteiri\u00e7o terrestre, nas nossas \u00e1guas territoriais ou no espa\u00e7o a\u00e9reo palestiniano. Este \u00e9 o estado soberano e independente da Palestina.euronewsE a presen\u00e7a de tropas internacionais, aceitam?Saeb Erekat, Respons\u00e1vel palestiniano pelas negocia\u00e7\u00f5es com IsraelEstamos recetivos \u00e0s tropas internacionais. N\u00e3o rejeitamos a sua presen\u00e7a. Vemo-la em diferentes partes do Mundo e de forma pacificadora em muitos pa\u00edses.euronewsE quanto \u00e0 proposta de haver tropas internacionais em Jerusal\u00e9m?Saeb Erekat, Respons\u00e1vel palestiniano pelas negocia\u00e7\u00f5es com IsraelPorqu\u00ea? Porqu\u00ea em Jerusal\u00e9m? Jerusal\u00e9m \u00e9 um territ\u00f3rio totalmente ocupado. Tal como Rafah, Khan Yunis ou Jeric\u00f3. Se houver um problema espec\u00edfico com os locais sagrados, ent\u00e3o este ser\u00e1 uma quest\u00e3o soberana para o estado resolver. Mas Jerusal\u00e9m, de acordo com a lei internacional, n\u00e3o \u00e9 diferente de qualquer outro territ\u00f3rio ocupado depois de 1967 e merece o mesmo tratamento dado por exemplo aos tamb\u00e9m ocupados Montes Gol\u00e3 ou aos territ\u00f3rios libaneses ocupados. Discutir a privacidade aqui e ali e falar sobre os locais sagrados tem uma vez mais a ver com o estado soberano. Jerusal\u00e9m, de acordo com as fronteiras de 1967, tem seis quil\u00f3metros quadrados, que se somam aos quatro quil\u00f3metros quadrados ao redor da mesquita. Estes s\u00e3o territ\u00f3rios ocupados. 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Saeb Erekat: "Não vamos aceitar a presença israelita nas nossas fronteiras"

Saeb Erekat: "Não vamos aceitar a presença israelita nas nossas fronteiras"
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Depois de três anos sem progresso, as negociações entre a Palestina e Israel foram retomadas há poucos meses, na esperança de se chegar a uma resolução para o conflito e encontrar forma de levar os palestinianos a concretizar o sonho de estabelecerem o seu próprio estado independente ao lado do estado de Israel. Para nos explicar melhor os desafios que se colocam, quer à Palestina quer a Israel, falámos em exclusivo com o responsável palestiniano pelas negociações, Saeb Erakat.

Mohammed Shaikhibrahim, euronews
Cerca de quatro meses após o reinício das negociações, já foram ou não conseguidos avanços concretos?

Saeb Erekat, Responsável palestiniano pelas negociações com Israel
Não posso falar de avanços concretos por causa do comportamento israelita à margem da mesa de negociações desde que as conversas começaram a 29 de julho. Refiro-me ao comportamento que levou ao assassinato a sangue frio de 31 palestinianos para além das intenções iniciais israelitas de construir 5992 habitações – o equivalente ao triplo do crescimento normal da cidade de Nova Iorque. Mais do que isso, houve a destruição de 209 casas e outras construções palestinianas; e ataques à mesquita de Al Aqsa; e ainda o aumento de 41 por cento de ações terroristas pelos colonos e o aperto do cerco à Faixa de Gaza. Este tipo de comportamento significa uma coisa: o Governo de Israel está determinado em fazer ruir as negociações.

euronews
As últimas declarações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostram que ele não pretende parar a colonização nem por uma hora. Parece que a Palestina está a negociar apenas com Tzipi Livni (ministra da Justiça e responsável israelita pelas negociações com a Palestina) e não com o Governo de Israel. É assim?

Saeb Erekat, Responsável palestiniano pelas negociações com Israel
O Governo israelita tem responsabilidade pela colonização. O primeiro-ministro de Israel já mostrou preferir a colonização às negociações. Ele optou por impor em vez de dar continuidade ao processo de paz. Por causa disso, o Governo de Israel tem toda a responsabilidade pela atual crise nas negociações.

euronews
Quais são os pontos essenciais da discórdia entre a Palestina e o lado israelita?

Saeb Erekat, Responsável palestiniano pelas negociações com Israel
Não posso aprofundar muito os detalhes das negociações, mas o que deve ser reconhecido sob a legitimidade do direito internacional é claro e específico: Um estado palestiniano não tem qualquer significado se não tiver como capital Jerusalém Oriental. E não haverá Palestina sem a Faixa de Gaza incluída. Gaza representa o Mediterrâneo e a corporação total. Somos o mesmo povo. Não podemos pôr fim a esta luta sem encontrarmos uma solução para a questão dos refugiados e aqui refiro-me à Resolução 194 das Nações Unidas.

euronews
Que opções restam no caso de as negociações falharem?

Saeb Erekat, Responsável palestiniano pelas negociações com Israel
Hoje em dia, a Palestina está dentro dos critérios que lhe permitem integrar 63 organizações internacionais, incluindo as quatro convenções de Genebra, a de Viena e o Tribunal Penal Internacional. Todos os que temem os tribunais internacionais devem parar com os seus crimes. Nós estamos a construir uma relação forte com a União Europeia, de forma a pormos um travão nos colonatos, e também estamos a estreitar laços com a América Latina.
Estamos a fazer tudo para conseguirmos o reconhecimento como estado da Palestina por parte do maior número possível de países, em especial dentro da União Europeia. Mas tal como nós temos uma estratégia, Benjamin Netanyhau também tem a dele, que é baseada em três fundamentos: Ele precisa de uma Autoridade Palestiniana sem autoridade; de uma ocupação dos territórios sem custos para Israel; e ele está a tentar afastar a Faixa de Gaza da Palestina. Assim, para quebrarmos a estratégia dele, temos de reorientar os esforços palestinianos e temos de nos ajudar uns aos outros neste particular. Netanyahu tem de perceber que nós vamos pedir a adesão a todas as 63 organizações internacionais e também ao Tribunal Penal Internacional.

euronews
Quais são os principais motivos que vos levam a não reconhecer Israel como um estado judaico?

Saeb Erekat, Responsável palestiniano pelas negociações com Israel
Isso, basicamente, significaria que reconhecíamos esta como uma terra judaica e nós não podemos aceitar isso. Não vou mudar a minha religião, a minha história e a minha cultura. As circunstâncias políticas e a lei internacional dizem que, pelas fronteiras definidas em 1967, existem dois países . E nós aceitamos isso. Mas não podemos aceitar, de todo, Israel como um estado judaico.

euronews
Houve uma conversa sobre troca de territórios entre Israel e a Autoridade Palestiniana, sob condição de se manterem alguns colonatos na Cisjordânia. Está de acordo com esta proposta?

Saeb Erekat, Responsável palestiniano pelas negociações com Israel
Falou-se sobre troca de territórios de valor similar. Mas deixe-me dizer-lhe: A nossa posição é a de que podemos falar sobre isso, apenas e só, se Israel nos reconhecer como um estado de acordo com as fronteiras definidas em 1967. Porque a troca de territórios é possível entre países e é uma questão soberana para cada um dos países.

euronews
Há medidas de segurança em curso, em particular nas fronteiras com a Jordânia, e que tenham apoio norte-americano?

Saeb Erekat, Responsável palestiniano pelas negociações com Israel
Estas são fronteiras entre a Jordânia e a Palestina desde que Israel terminou a retirada gradual. Não vamos aceitar a presença israelita nas nossas fronteiras orientais ou ocidentais. Nem em qualquer porto, qualquer posto fronteiriço terrestre, nas nossas águas territoriais ou no espaço aéreo palestiniano. Este é o estado soberano e independente da Palestina.

euronews
E a presença de tropas internacionais, aceitam?

Saeb Erekat, Responsável palestiniano pelas negociações com Israel
Estamos recetivos às tropas internacionais. Não rejeitamos a sua presença. Vemo-la em diferentes partes do Mundo e de forma pacificadora em muitos países.

euronews
E quanto à proposta de haver tropas internacionais em Jerusalém?

Saeb Erekat, Responsável palestiniano pelas negociações com Israel
Porquê? Porquê em Jerusalém? Jerusalém é um território totalmente ocupado. Tal como Rafah, Khan Yunis ou Jericó. Se houver um problema específico com os locais sagrados, então este será uma questão soberana para o estado resolver. Mas Jerusalém, de acordo com a lei internacional, não é diferente de qualquer outro território ocupado depois de 1967 e merece o mesmo tratamento dado por exemplo aos também ocupados Montes Golã ou aos territórios libaneses ocupados. Discutir a privacidade aqui e ali e falar sobre os locais sagrados tem uma vez mais a ver com o estado soberano. Jerusalém, de acordo com as fronteiras de 1967, tem seis quilómetros quadrados, que se somam aos quatro quilómetros quadrados ao redor da mesquita. Estes são territórios ocupados. Não é legítimo ocupar territórios pela força.

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