{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2013/07/02/buzz-aldrin-defende-colonizacao-de-marte" }, "headline": "Buzz Aldrin defende coloniza\u00e7\u00e3o de Marte", "description": "Buzz Aldrin defende coloniza\u00e7\u00e3o de Marte", "articleBody": "Buzz Aldrin entrou na Hist\u00f3ria como o segundo homem a pisar a Lua, depois de Neil Armstrong. Aldrin foi o piloto do m\u00f3dulo lunar da miss\u00e3o Apollo 11, que alunou em julho de 1969. Um momento acompanhado por milh\u00f5es de pessoas na televis\u00e3o e que marcou para sempre a vida do astronauta. Aos 83 anos, Buzz Aldrin mant\u00e9m o mesmo entusiasmo pela explora\u00e7\u00e3o espacial. No \u00faltimo livro, \u201cMiss\u00e3o a Marte\u201d, Aldrin defende a coloniza\u00e7\u00e3o do \u201laneta vermelho\u201d.euronews: \u201or que raz\u00e3o defende que se deve enviar homens para Marte, tendo em conta que \u00e9 caro, perigoso e que h\u00e1 miss\u00f5es de rob\u00f4s que l\u00e1 foram (como o Curiosity que est\u00e1 l\u00e1 neste momento e a fazer um bom trabalho) ou que ir\u00e3o (como a miss\u00e3o europeia ExoMars que vai ser enviada para verificar se h\u00e1 vida em Marte)? Para qu\u00ea incomodarmo-nos a enviar humanos?Buzz Aldrin: N\u00e3o tenho d\u00favidas que os humanos ir\u00e3o a Marte. Os Estados Unidos lideraram tantas coisas no Espa\u00e7o, investiram tanto e t\u00eam tanto para ganhar, que poderiam e deveriam ser a na\u00e7\u00e3o a liderar a coloniza\u00e7\u00e3o em Marte. E n\u00e3o me refiro apenas a ir l\u00e1, visitar e regressar: a n\u00e3o ser que sejamos capazes de garantir uma presen\u00e7a cont\u00ednua, n\u00e3o me parece que ir e voltar, simplesmente, valha a pena. Os custos relacionados com o regresso seriam como se as pessoas que deixaram a Europa para ir para a Am\u00e9rica voltassem atr\u00e1s e regressassem \u00e0 Europa, n\u00e3o faz sentido nenhum. N\u00e3o havia navios a fazer isso e, provavelmente, n\u00e3o haver\u00e1 naves de regresso de Marte porque \u00e9 preciso toda uma log\u00edstica para isso.euronews: Imaginemos que eu era um empres\u00e1rio milion\u00e1rio e que lhe comprava o bilhete. O senhor ia?Buzz Aldrin: N\u00e3o porque n\u00e3o tenho a juventude que me permita adaptar e comprometer com isso. A minha mais-valia \u00e9 mais virada para a planifica\u00e7\u00e3o do que para a execu\u00e7\u00e3o.euronews: Agrada-lhe a ideia da privatiza\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria espacial (de empresas como a Space X, por exemplo?) Pensa que \u00e9 o bom caminho? Buzz Aldrin: N\u00e3o necessariamente. Podemos fiar-nos nas empresas que existem h\u00e1 bastante tempo e fazer um balan\u00e7o. N\u00e3o posso afirmar que uma coisa seja melhor que a outra, haver\u00e1 uma competi\u00e7\u00e3o para decidir qual a melhor. Se eu soubesse a resposta, esse seria o meu projeto, mas n\u00e3o sei.euronews: Quando falamos de humanos no Espa\u00e7o, sabemos que n\u00e3o somos feitos para l\u00e1 ficarmos muito tempo. Come\u00e7amos a perder massa \u00f3ssea, os m\u00fasculos come\u00e7am a definhar-se, n\u00e3o \u00e9 muito saud\u00e1vel para n\u00f3s, assim como o ambiente de radia\u00e7\u00f5es\u2026Buzz Aldrin: H\u00e1 imensas raz\u00f5es para n\u00e3o se fazer muita coisa. Se a Humanidade se lembrasse de todas as raz\u00f5es para n\u00e3o se fazer muita coisa, n\u00e3o nos ter\u00edamos espalhado pela Terra da forma como o fizemos. H\u00e1 a curiosidade. Eu diria que \u00e9 essa curiosidade que vai colocar os homens no solo de Marte. A minha opini\u00e3o \u00e9 que se colocarmos l\u00e1 gente deve ser de forma permanente. Penso que a Hist\u00f3ria, dentro de 100, 200, 500 ou mil anos, vai lembrar o momento em que os homens deixaram o planeta Terra para ocupar para sempre outro planeta. Quando? Penso que a altura \u00e9 agora e pode s\u00ea-lo. euronews: Falemos sobre a ida \u00e0 Lua e a sua experi\u00eancia. Tantas d\u00e9cadas depois, quais s\u00e3o as mem\u00f3rias mais fortes que ret\u00e9m dessa experi\u00eancia no solo lunar?Buzz Aldrin: Est\u00e1 a colocar-me uma quest\u00e3o muito pessoal e vou-lhe dar uma resposta muito pessoal. \u00c9 um grande orgulho e uma grande sorte ter tido uma carreira e ter feito parte de uma equipa cujos esfor\u00e7os tiveram resultados. Em sete vezes, pous\u00e1mos seis com sucesso. Quis fazer parte do projeto e fiz. O meu sentimento \u00e9 de uma grande gratid\u00e3o por ter tido a oportunidade de ter estado na primeira alunagem. \u00c9 uma experi\u00eancia maravilhosa para um mi\u00fado que cresceu em Nova Jersey. Estou muito grato e pedi ao mundo inteiro para dar gra\u00e7as quando pous\u00e1mos com sucesso.", "dateCreated": "2013-07-02T14:49:27+02:00", "dateModified": "2013-07-02T14:49:27+02:00", "datePublished": "2013-07-02T14:49:27+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F230528%2F1440x810_230528.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Buzz Aldrin defende coloniza\u00e7\u00e3o de Marte", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F230528%2F432x243_230528.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Buzz Aldrin defende colonização de Marte

Buzz Aldrin defende colonização de Marte
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

Buzz Aldrin entrou na História como o segundo homem a pisar a Lua, depois de Neil Armstrong. Aldrin foi o piloto do módulo lunar da missão Apollo 11, que alunou em julho de 1969. Um momento acompanhado por milhões de pessoas na televisão e que marcou para sempre a vida do astronauta. Aos 83 anos, Buzz Aldrin mantém o mesmo entusiasmo pela exploração espacial. No último livro, “Missão a Marte”, Aldrin defende a colonização do “planeta vermelho”.

euronews: “Por que razão defende que se deve enviar homens para Marte, tendo em conta que é caro, perigoso e que há missões de robôs que lá foram (como o Curiosity que está lá neste momento e a fazer um bom trabalho) ou que irão (como a missão europeia ExoMars que vai ser enviada para verificar se há vida em Marte)? Para quê incomodarmo-nos a enviar humanos?

Buzz Aldrin: Não tenho dúvidas que os humanos irão a Marte. Os Estados Unidos lideraram tantas coisas no Espaço, investiram tanto e têm tanto para ganhar, que poderiam e deveriam ser a nação a liderar a colonização em Marte. E não me refiro apenas a ir lá, visitar e regressar: a não ser que sejamos capazes de garantir uma presença contínua, não me parece que ir e voltar, simplesmente, valha a pena. Os custos relacionados com o regresso seriam como se as pessoas que deixaram a Europa para ir para a América voltassem atrás e regressassem à Europa, não faz sentido nenhum. Não havia navios a fazer isso e, provavelmente, não haverá naves de regresso de Marte porque é preciso toda uma logística para isso.

euronews: Imaginemos que eu era um empresário milionário e que lhe comprava o bilhete. O senhor ia?

Buzz Aldrin: Não porque não tenho a juventude que me permita adaptar e comprometer com isso. A minha mais-valia é mais virada para a planificação do que para a execução.

euronews: Agrada-lhe a ideia da privatização da indústria espacial (de empresas como a Space X, por exemplo?) Pensa que é o bom caminho?

Buzz Aldrin: Não necessariamente. Podemos fiar-nos nas empresas que existem há bastante tempo e fazer um balanço. Não posso afirmar que uma coisa seja melhor que a outra, haverá uma competição para decidir qual a melhor. Se eu soubesse a resposta, esse seria o meu projeto, mas não sei.

euronews: Quando falamos de humanos no Espaço, sabemos que não somos feitos para lá ficarmos muito tempo. Começamos a perder massa óssea, os músculos começam a definhar-se, não é muito saudável para nós, assim como o ambiente de radiações…

Buzz Aldrin: Há imensas razões para não se fazer muita coisa. Se a Humanidade se lembrasse de todas as razões para não se fazer muita coisa, não nos teríamos espalhado pela Terra da forma como o fizemos. Há a curiosidade. Eu diria que é essa curiosidade que vai colocar os homens no solo de Marte. A minha opinião é que se colocarmos lá gente deve ser de forma permanente. Penso que a História, dentro de 100, 200, 500 ou mil anos, vai lembrar o momento em que os homens deixaram o planeta Terra para ocupar para sempre outro planeta. Quando? Penso que a altura é agora e pode sê-lo.

euronews: Falemos sobre a ida à Lua e a sua experiência. Tantas décadas depois, quais são as memórias mais fortes que retém dessa experiência no solo lunar?

Buzz Aldrin: Está a colocar-me uma questão muito pessoal e vou-lhe dar uma resposta muito pessoal. É um grande orgulho e uma grande sorte ter tido uma carreira e ter feito parte de uma equipa cujos esforços tiveram resultados. Em sete vezes, pousámos seis com sucesso. Quis fazer parte do projeto e fiz. O meu sentimento é de uma grande gratidão por ter tido a oportunidade de ter estado na primeira alunagem. É uma experiência maravilhosa para um miúdo que cresceu em Nova Jersey. Estou muito grato e pedi ao mundo inteiro para dar graças quando pousámos com sucesso.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Tripulação totalmente civil orbita a Terra em missão da SpaceX

Astronautas da NASA, Wilmore e Williams, aterram após nove meses no espaço

Lançada missão para render astronautas retidos há nove meses na ISS