{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2013/05/14/a-georgia-vai-entrar-rapidamente-para-a-nato" }, "headline": "\u0022A Ge\u00f3rgia vai entrar rapidamente para a NATO\u0022", "description": "\u0022A Ge\u00f3rgia vai entrar rapidamente para a NATO\u0022", "articleBody": "H\u00e1 seis meses em fun\u00e7\u00f5es, o primeiro-ministro da Ge\u00f3rgia, Bidzina Ivanishvili, assume-se, de forma vincada, como o contraponto ao presidente do pa\u00eds, Mikhail Saakashvili, e leva a cabo uma pol\u00edtica abrangente de aproxima\u00e7\u00e3o \u00e0 R\u00fassia, por um lado, e \u00e0 NATO, por outro. euronews: Deslocou-se a Estrasburgo para participar na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. Pela primeira vez desde o conflito de 2008, houve encontros entre as delega\u00e7\u00f5es russa e georgiana. Quer isto dizer que h\u00e1 uma melhoria nas rela\u00e7\u00f5es, que as coisas podem recome\u00e7ar do zero?Bidzina Ivanishvili: \u00c9 o caminho que eu pretendo seguir e estou a fazer todos os poss\u00edveis para melhorar as rela\u00e7\u00f5es com o grande pa\u00eds vizinho que \u00e9 a R\u00fassia. Nenhum outro pa\u00eds est\u00e1 a trabalhar nesse sentido t\u00e3o intensamente quanto n\u00f3s. A Ge\u00f3rgia perdeu 20% do seu territ\u00f3rio. Vamos fazer tudo ao nosso alcance para restabelecer esse territ\u00f3rio. O contexto atual tamb\u00e9m n\u00e3o favorece a R\u00fassia. Gostaria de salientar que tudo o que fizermos ser\u00e1 atrav\u00e9s de meios pac\u00edficos, atrav\u00e9s de negocia\u00e7\u00f5es. N\u00e3o aceitaremos nenhuma forma de viol\u00eancia, nenhum uso de for\u00e7a: apenas m\u00e9todos pac\u00edficos e a via negocial. Esperamos que a comunidade internacional manifeste o seu apoio para nos ajudar neste objetivo.euronews: A S\u00e9rvia e o Kosovo tamb\u00e9m falam da normaliza\u00e7\u00e3o de rela\u00e7\u00f5es e encetaram um acordo em Bruxelas. \u00c9 um exemplo que inspira Tbilissi a fazer o mesmo com a Abec\u00e1sia e a Oss\u00e9tia do Sul? BI: Deram-nos um grande exemplo. \u00c9 algo que nos d\u00e1 um sentimento de esperan\u00e7a num mundo que est\u00e1 a mudar, entre pessoas que, antes, n\u00e3o se conseguiam entender, n\u00e3o tinham uma linguagem comum, e agora t\u00eam, conseguem estabelecer acordos. Temos de fazer o m\u00e1ximo poss\u00edvel para alcan\u00e7ar e consolidar rela\u00e7\u00f5es com os nossos irm\u00e3os da Oss\u00e9tia, da Abec\u00e1sia e, claro, da R\u00fassia.euronews: Recentemente, foi lan\u00e7ada uma investiga\u00e7\u00e3o sobre o conflito de 2008. Mikhail Saakashvili considera que \u00e9 a vers\u00e3o russa que se imp\u00f5e. Como \u00e9 que olha para este inqu\u00e9rito?BI: \u00c9 esse o m\u00e9todo de Saakashvili, atribuir \u00e0 R\u00fassia tudo aquilo que considera negativo. Ao longo dos \u00faltimos 9 anos, essa tem sido a sua pol\u00edtica. E foi isso que nos levou a este ime. \u00c9 normal que haja uma investiga\u00e7\u00e3o a decorrer. As pessoas querem e v\u00e3o saber o que aconteceu.euronews: Defende a aproxima\u00e7\u00e3o de Tbilissi \u00e0 NATO, algo que o seu advers\u00e1rio, Mikhail Saakashvili, tamb\u00e9m defende. No entanto, tamb\u00e9m pretende manter boas rela\u00e7\u00f5es com a R\u00fassia, ao contr\u00e1rio de Saakashvili. O que \u00e9 que o leva a acreditar que isto \u00e9 tudo poss\u00edvel?BI: H\u00e1 muitos exemplos entre os pa\u00edses europeus. Muitos deles conseguiram faz\u00ea-lo, mesmo se as rela\u00e7\u00f5es com a R\u00fassia se deterioraram um pouco. No entanto, escolheram o caminho da abertura a Ocidente e depois aprofundaram as rela\u00e7\u00f5es com a R\u00fassia. A Eslov\u00e1quia \u00e9, talvez, o melhor exemplo: acedeu \u00e0 NATO e preservou os la\u00e7os com os russos. Saakashvili empolou esta quest\u00e3o. \u00c9 poss\u00edvel ter boas rela\u00e7\u00f5es com a R\u00fassia e com a NATO. A R\u00fassia perturba Saakashvili.euronews: A Ge\u00f3rgia pode tornar-se membro da NATO na pr\u00f3xima d\u00e9cada?BI: Essa \u00e9 uma janela de tempo demasiado grande. N\u00e3o v\u00e3o ser precisos 10 anos. Vamos consegui-lo muito mais rapidamente. Temos de ter em conta a din\u00e2mica, a dial\u00e9tica de um mundo em mudan\u00e7a. Tudo o que conhecemos est\u00e1 a mudar. Dentro de um ano ou dois, at\u00e9 a R\u00fassia pode mudar e desenvolver melhores rela\u00e7\u00f5es com a NATO.euronews: E uma candidatura \u00e0 Uni\u00e3o Europeia?BI: Na cimeira que vai decorrer em Vilnius no pr\u00f3ximo m\u00eas de novembro, pretendemos deixar bem clara a nossa perspetiva europeia, a vis\u00e3o que a Ge\u00f3rgia tem da Europa. Devo dizer que a Ge\u00f3rgia est\u00e1 a desenvolver-se nesse sentido, a um ritmo mais acelerado do que anteriormente. Os nossos advers\u00e1rios n\u00e3o concordam, mas h\u00e1 in\u00fameras mudan\u00e7as a suceder-se rapidamente. Nos pr\u00f3ximos dois anos, vamos aproximar-nos muito da Europa. euronews: Os atletas georgianos v\u00e3o participar nos Jogos Ol\u00edmpicos de Sochi?BI: Certamente que sim, v\u00e3o participar. J\u00e1 o afirm\u00e1mos. Os Jogos Ol\u00edmpicos, e o desporto em geral, promovem a cultura do m\u00e9todo, promovem as ferramentas para ultraar as dificuldades. Se recuarmos at\u00e9 \u00e0 Gr\u00e9cia Antiga, as guerras eram interrompidas por causa dos Jogos Ol\u00edmpicos. \u00c9 todo um esp\u00edrito que nos inspira a melhorar o contexto presente. E n\u00f3s j\u00e1 nos temos adiantado, temos aprofundado rela\u00e7\u00f5es, comerciamente, por exemplo. Por isso, sim, pode ajudar-nos de v\u00e1rias formas.", "dateCreated": "2013-05-14T20:18:46+02:00", "dateModified": "2013-05-14T20:18:46+02:00", "datePublished": "2013-05-14T20:18:46+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F224468%2F1440x810_224468.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "\u0022A Ge\u00f3rgia vai entrar rapidamente para a NATO\u0022", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F224468%2F432x243_224468.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

"A Geórgia vai entrar rapidamente para a NATO"

"A Geórgia vai entrar rapidamente para a NATO"
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

Há seis meses em funções, o primeiro-ministro da Geórgia, Bidzina Ivanishvili, assume-se, de forma vincada, como o contraponto ao presidente do país, Mikhail Saakashvili, e leva a cabo uma política abrangente de aproximação à Rússia, por um lado, e à NATO, por outro.

euronews: Deslocou-se a Estrasburgo para participar na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. Pela primeira vez desde o conflito de 2008, houve encontros entre as delegações russa e georgiana. Quer isto dizer que há uma melhoria nas relações, que as coisas podem recomeçar do zero?

Bidzina Ivanishvili: É o caminho que eu pretendo seguir e estou a fazer todos os possíveis para melhorar as relações com o grande país vizinho que é a Rússia. Nenhum outro país está a trabalhar nesse sentido tão intensamente quanto nós. A Geórgia perdeu 20% do seu território. Vamos fazer tudo ao nosso alcance para restabelecer esse território. O contexto atual também não favorece a Rússia. Gostaria de salientar que tudo o que fizermos será através de meios pacíficos, através de negociações. Não aceitaremos nenhuma forma de violência, nenhum uso de força: apenas métodos pacíficos e a via negocial. Esperamos que a comunidade internacional manifeste o seu apoio para nos ajudar neste objetivo.

euronews: A Sérvia e o Kosovo também falam da normalização de relações e encetaram um acordo em Bruxelas. É um exemplo que inspira Tbilissi a fazer o mesmo com a Abecásia e a Ossétia do Sul?

BI: Deram-nos um grande exemplo. É algo que nos dá um sentimento de esperança num mundo que está a mudar, entre pessoas que, antes, não se conseguiam entender, não tinham uma linguagem comum, e agora têm, conseguem estabelecer acordos. Temos de fazer o máximo possível para alcançar e consolidar relações com os nossos irmãos da Ossétia, da Abecásia e, claro, da Rússia.

euronews: Recentemente, foi lançada uma investigação sobre o conflito de 2008. Mikhail Saakashvili considera que é a versão russa que se impõe. Como é que olha para este inquérito?

BI: É esse o método de Saakashvili, atribuir à Rússia tudo aquilo que considera negativo. Ao longo dos últimos 9 anos, essa tem sido a sua política. E foi isso que nos levou a este ime. É normal que haja uma investigação a decorrer. As pessoas querem e vão saber o que aconteceu.

euronews: Defende a aproximação de Tbilissi à NATO, algo que o seu adversário, Mikhail Saakashvili, também defende. No entanto, também pretende manter boas relações com a Rússia, ao contrário de Saakashvili. O que é que o leva a acreditar que isto é tudo possível?

BI: Há muitos exemplos entre os países europeus. Muitos deles conseguiram fazê-lo, mesmo se as relações com a Rússia se deterioraram um pouco. No entanto, escolheram o caminho da abertura a Ocidente e depois aprofundaram as relações com a Rússia. A Eslováquia é, talvez, o melhor exemplo: acedeu à NATO e preservou os laços com os russos. Saakashvili empolou esta questão. É possível ter boas relações com a Rússia e com a NATO. A Rússia perturba Saakashvili.

euronews: A Geórgia pode tornar-se membro da NATO na próxima década?

BI: Essa é uma janela de tempo demasiado grande. Não vão ser precisos 10 anos. Vamos consegui-lo muito mais rapidamente. Temos de ter em conta a dinâmica, a dialética de um mundo em mudança. Tudo o que conhecemos está a mudar. Dentro de um ano ou dois, até a Rússia pode mudar e desenvolver melhores relações com a NATO.

euronews: E uma candidatura à União Europeia?

BI: Na cimeira que vai decorrer em Vilnius no próximo mês de novembro, pretendemos deixar bem clara a nossa perspetiva europeia, a visão que a Geórgia tem da Europa. Devo dizer que a Geórgia está a desenvolver-se nesse sentido, a um ritmo mais acelerado do que anteriormente. Os nossos adversários não concordam, mas há inúmeras mudanças a suceder-se rapidamente. Nos próximos dois anos, vamos aproximar-nos muito da Europa.

euronews: Os atletas georgianos vão participar nos Jogos Olímpicos de Sochi?

BI: Certamente que sim, vão participar. Já o afirmámos. Os Jogos Olímpicos, e o desporto em geral, promovem a cultura do método, promovem as ferramentas para ultraar as dificuldades. Se recuarmos até à Grécia Antiga, as guerras eram interrompidas por causa dos Jogos Olímpicos. É todo um espírito que nos inspira a melhorar o contexto presente. E nós já nos temos adiantado, temos aprofundado relações, comerciamente, por exemplo. Por isso, sim, pode ajudar-nos de várias formas.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Presidente da Geórgia junta-se aos manifestantes com determinação

Seguem protestos anti-governo na Geórgia com reforço de policiamento nas ruas

Zelenskyy avança com sanções contra elementos pró-russos do Governo georgiano