Ministra anuncia investimento para adaptar o território valenciano e prevenir consequências de novas emergências climáticas.
Uma reforma regulamentar profunda, uma nova cartografia dos riscos e das zonas de inundação, mais soluções aplicadas na natureza (como a reflorestação dos leitos dos rios) e outras intervenções na estrutura hidráulica. São estas as linhas gerais do plano que a ministra da Transição Ecológica de Espanha, Sara Aagesen, apresentou às associações de vítimas da depressão DANA, que matou 233 pessoas a 29 de outubro do ano ado.
Este plano, que tem um investimento inicial estimado em 530 milhões de euros, visa adaptar o território ao aumento dos fenómenos extremos resultantes das alterações climáticas.
"O nosso compromisso e responsabilidade não é apenas reconstruir tudo o que o DANA destruiu nos vossos municípios, mas também melhorar a resiliência para termos um território mais bem preparado", afirmou Aagesen durante a reunião com as associações.
"A ministra confirmou que estão a trabalhar no alargamento das ravinas, o que nos vai permitir dormir mais tranquilos", disse Cristian Lesaec, presidente da Associação dos Lesados do Dana Horta Sud.
Rosa Álvarez, da Associação das Vítimas Mortais da DANA 29O,** exigiu reformas nas estradas localizadas em áreas vulneráveis a inundações. A ministra prometeu que as obras vão começar em 2026.
A ministra também detalhou um plano de renovação das infraestruturas hidráulicas que permitam financiar a reparação das instalações de abastecimento e saneamento afetadas pela tempestade.
Mazón enfrenta sétima manifestação esta quinta-feira
Entretanto, o presidente da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón vai enfrentar esta quinta-feira, na cidade de Valência, um novo protesto contra a forma como respondeu à catástrofe.
A semana ada Mazón exigiu, sem sucesso, uma reunião com estas associações. Ao telefone com representantes das associações mostrou-se desagradado, censurando-os por se terem reunido primeiro com o chefe do Governo e com Ursula von der Leyen, antes de se encontrarem com ele.
As vítimas pediram-lhe, como condição prévia para uma reunião, que o PP e o Vox levantassem o veto à formação de uma comissão de inquérito noparlamento valenciano sobre a gestão da catástrofe climática, que ocorreu há sete meses.