O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) levou cabo um ataque maciço com drones contra quatro aeródromos russos. Os meios de comunicação ucranianos informaram que "mais de 40" bombardeiros estratégicos russos foram atingidos nas áreas consideradas como "retaguarda profunda".
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) levou a cabo um ataque maciço com drones contra aeródromos russos no dia 1 de junho.
Citando uma fonte anónima do SBU, os meios de comunicação ucranianos referem que "mais de 40" bombardeiros estratégicos russos foram atingidos em zonas consideradas de "retaguarda profunda".
Os vídeos fornecidos pela fonte mostram o que parece ser uma fila de bombardeiros pesados em chamas num local não revelado.
De acordo com os meios de comunicação ucranianos que noticiaram os ataques, a operação, denominada "Web" (Pavutyna), visou quatro aeródromos: Dyagilevo, na região de Riazan, Ivanovo, na região de Ivanovo, a base aérea de Belaya, na região russa de Irkutsk, situada no sudeste da Sibéria, a mais de 4.000 km a leste da linha da frente, e a base aérea de Olenya, na região russa de Murmansk, a cerca de 2.000 km da fronteira com a Ucrânia.
Em março, a Ucrânia anunciou que tinha desenvolvido um novo tipo de drone que pode atingir um alcance de até 3.000 quilómetros, mas não deu pormenores sobre o seu tipo ou o tamanho da sua ogiva.
Imagens de satélite recentes mostram vários bombardeiros estratégicos russos nas quatro bases que alegadamente foram atingidas durante a operação, incluindo Tu-95, Tu-22M3, Tu-160 e A-50.
O Tu-95, o Tu-22 e o Tu-160 são bombardeiros pesados russos utilizados regularmente por Moscovo para lançar mísseis contra a Ucrânia.
O Tu-22M3 é capaz de transportar mísseis de cruzeiro Kh-22 e Kh-32, viajando a uma velocidade de 4.000 km/h, superior a Mach 4.
Tu-95 - o mais antigo de todos - é um avião da era soviética, originalmente utilizado para transportar bombas nucleares, mas desde então modificado para lançar mísseis de cruzeiro.
O A-50 é um avião de deteção por radar, que pode detetar sistemas de defesa aérea, mísseis guiados e coordenar alvos para os caças russos.
As autoridades ucranianas ainda não comentaram a operação.
Volodymyr Zelenskyy disse anteriormente que estava a reunir-se com os Ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, bem como com o Estado-Maior e o SBU.
"Estamos a fazer tudo para proteger a nossa independência, o nosso Estado e o nosso povo", disse Zelenskyy, acrescentando que iria delinear "tarefas para o curto prazo" e "definir as nossas posições antes da reunião em Istambul na segunda-feira".
As autoridades ucranianas e russas deverão reunir-se em Istambul na segunda-feira, 2 de junho, para a segunda ronda de conversações entre as duas partes.
Zelenskyy afirmou que a prioridade máxima de Kiev é o cessar-fogo incondicional, seguido da libertação dos prisioneiros e do regresso das crianças ucranianas que foram deportadas à força pela Rússia.