{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/02/14/comissao-europeia-vai-ativar-clausula-de-salvaguarda-fiscal-para-aumentar-as-despesas-com-" }, "headline": "Comiss\u00e3o Europeia vai ativar cl\u00e1usula de salvaguarda fiscal para aumentar as despesas com a defesa ", "description": "A Comiss\u00e3o Europeia vai propor a ativa\u00e7\u00e3o da cl\u00e1usula de salvaguarda para os investimentos na defesa, anunciou Ursula von der Leyen em Munique. \u0022Isto permitir\u00e1 aos Estados-membros aumentar substancialmente as suas despesas com a defesa\u0022, afirmou.", "articleBody": "A chefe da Comiss\u00e3o Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou na sexta-feira que vai propor a ativa\u00e7\u00e3o da cl\u00e1usula de salvaguarda prevista nas regras fiscais do bloco, numa tentativa de aumentar \u0022substancialmente\u0022 o investimento dos Estados-membros na defesa.A medida, disse von der Leyen na Confer\u00eancia de Seguran\u00e7a de Munique, ser\u00e1 tomada de \u0022forma controlada e condicional\u0022 e ser\u00e1 seguida de \u0022um pacote mais alargado de instrumentos personalizados para resolver a situa\u00e7\u00e3o espec\u00edfica de cada um dos nossos Estados-membros\u0022.Nos termos do Pacto de Estabilidade e Crescimento, os Estados-membros s\u00e3o obrigados a aplicar uma pol\u00edtica or\u00e7amental que tem por objetivo manter o d\u00e9fice p\u00fablico abaixo dos 3% do PIB e a d\u00edvida abaixo dos 60% do PIB. Se n\u00e3o o fizerem, podem ser objeto de um Procedimento por D\u00e9fice Excessivo (PDE) por parte da Comiss\u00e3o e de san\u00e7\u00f5es, incluindo multas. Oito Estados-membros - B\u00e9lgica, Fran\u00e7a, Hungria, It\u00e1lia, Malta, Pol\u00f3nia, Rom\u00e9nia e Eslov\u00e1quia - s\u00e3o atualmente alvo de um procedimento deste tipo.V\u00e1rios pa\u00edses da UE, incluindo a Pol\u00f3nia, a It\u00e1lia, a Gr\u00e9cia e os pa\u00edses b\u00e1lticos, t\u00eam vindo a solicitar uma revis\u00e3o do Pacto, citando o precedente criado durante a pandemia de COVID-19, quando a Comiss\u00e3o suspendeu as regras fiscais para permitir que os governos ajudassem as empresas e os cidad\u00e3os a pagar as suas contas devido \u00e0 pandemia.Um retiro informal dos l\u00edderes da UE em Bruxelas no in\u00edcio deste m\u00eas, dedicado \u00e0 forma de aumentar as capacidades de defesa e o financiamento em todo o bloco, tamb\u00e9m identificou a medida como uma das prioridades, principalmente porque est\u00e1 entre as op\u00e7\u00f5es menos controversas sobre a mesa.O bloco precisa de investir cerca de 500 mil milh\u00f5es de euros na sua defesa, na pr\u00f3xima d\u00e9cada, para continuar a apoiar a Ucr\u00e2nia, mas tamb\u00e9m para garantir que pode proteger-se, sozinho, se necess\u00e1rio, contra qualquer agress\u00e3o.Est\u00e3o tamb\u00e9m em curso negocia\u00e7\u00f5es entre os aliados da NATO, que incluem 23 dos Estados-membros da UE, para aumentar o objetivo de despesa com a defesa dos atuais 2% do PIB. A decis\u00e3o dever\u00e1 ser anunciada numa cimeira em Haia, no final de junho.Segundo von der Leyen, os 27 Estados-membros da UE gastam coletivamente cerca de 2% do PIB com a defesa, tendo a despesa total combinada atingido 320 mil milh\u00f5es de euros no ano ado, contra 200 mil milh\u00f5es antes de a R\u00fassia ter lan\u00e7ado o seu ataque em grande escala contra a Ucr\u00e2nia.\u0022Mas teremos de voltar a aumentar consideravelmente esse valor. Porque ar de menos de 2% para mais de 3% significa centenas de milhares de milh\u00f5es de euros de investimento adicional todos os anos. Por isso, precisamos de uma abordagem ousada\u0022, afirmou.A 19 de mar\u00e7o, a Comiss\u00e3o apresentar\u00e1 o seu Livro Branco sobre a Defesa, no qual definir\u00e1 as capacidades militares em que a UE dever\u00e1 investir coletivamente e as melhores formas de as financiar.Espera-se que os dirigentes aprovem essas op\u00e7\u00f5es numa cimeira em junho.Algumas das op\u00e7\u00f5es que parecem j\u00e1 ter reunido consenso entre os Estados-membros s\u00e3o a altera\u00e7\u00e3o das regras de concess\u00e3o de empr\u00e9stimos do Banco Europeu de Investimento (BEI) e dos bancos privados europeus.Uma altera\u00e7\u00e3o do mandato do BEI, disse von der Leyen, \u0022tornaria mais f\u00e1cil para o setor banc\u00e1rio privado seguir o exemplo\u0022.As poupan\u00e7as das fam\u00edlias europeias atingem quase 1,4 bili\u00f5es de euros, muito acima dos 800 bili\u00f5es de euros dos Estados Unidos, mas pouco desse dinheiro \u00e9 investido na defesa, uma vez que o setor n\u00e3o \u00e9 considerado sustent\u00e1vel de acordo com as regras de taxonomia do bloco.Entretanto, v\u00e1rios Estados-membros, incluindo Fran\u00e7a, Espanha e It\u00e1lia, est\u00e3o tamb\u00e9m a pedir a emiss\u00e3o das chamadas euro-obriga\u00e7\u00f5es para financiar o refor\u00e7o da base industrial de defesa. O instrumento, lan\u00e7ado pela primeira vez para sacudir a economia do bloco do entorpecimentp induzido pela COVID-19, tem, no entanto, a forte oposi\u00e7\u00e3o de alguns dos pa\u00edses mais frugais, como os Pa\u00edses Baixos ou a Alemanha.", "dateCreated": "2025-02-14T14:41:22+01:00", "dateModified": "2025-02-14T16:10:47+01:00", "datePublished": "2025-02-14T16:10:47+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F05%2F65%2F54%2F1440x810_cmsv2_585630c1-dce1-57be-aa40-1050e371e487-9056554.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "von der Leyen", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F05%2F65%2F54%2F432x243_cmsv2_585630c1-dce1-57be-aa40-1050e371e487-9056554.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Tidey", "givenName": "Alice", "name": "Alice Tidey", "url": "/perfis/1356", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@alicetidey", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue anglaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Comissão Europeia vai ativar cláusula de salvaguarda fiscal para aumentar as despesas com a defesa

von der Leyen
von der Leyen Direitos de autor AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Alice Tidey
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A Comissão Europeia vai propor a ativação da cláusula de salvaguarda para os investimentos na defesa, anunciou Ursula von der Leyen em Munique. "Isto permitirá aos Estados-membros aumentar substancialmente as suas despesas com a defesa", afirmou.

PUBLICIDADE

A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou na sexta-feira que vai propor a ativação da cláusula de salvaguarda prevista nas regras fiscais do bloco, numa tentativa de aumentar "substancialmente" o investimento dos Estados-membros na defesa.

A medida, disse von der Leyen na Conferência de Segurança de Munique, será tomada de "forma controlada e condicional" e será seguida de "um pacote mais alargado de instrumentos personalizados para resolver a situação específica de cada um dos nossos Estados-membros".

Nos termos do Pacto de Estabilidade e Crescimento, os Estados-membros são obrigados a aplicar uma política orçamental que tem por objetivo manter o défice público abaixo dos 3% do PIB e a dívida abaixo dos 60% do PIB. Se não o fizerem, podem ser objeto de um Procedimento por Défice Excessivo (PDE) por parte da Comissão e de sanções, incluindo multas. Oito Estados-membros - Bélgica, França, Hungria, Itália, Malta, Polónia, Roménia e Eslováquia - são atualmente alvo de um procedimento deste tipo.

Vários países da UE, incluindo a Polónia, a Itália, a Grécia e os países bálticos, têm vindo a solicitar uma revisão do Pacto, citando o precedente criado durante a pandemia de COVID-19, quando a Comissão suspendeu as regras fiscais para permitir que os governos ajudassem as empresas e os cidadãos a pagar as suas contas devido à pandemia.

Um retiro informal dos líderes da UE em Bruxelas no início deste mês, dedicado à forma de aumentar as capacidades de defesa e o financiamento em todo o bloco, também identificou a medida como uma das prioridades, principalmente porque está entre as opções menos controversas sobre a mesa.

O bloco precisa de investir cerca de 500 mil milhões de euros na sua defesa, na próxima década, para continuar a apoiar a Ucrânia, mas também para garantir que pode proteger-se, sozinho, se necessário, contra qualquer agressão.

Estão também em curso negociações entre os aliados da NATO, que incluem 23 dos Estados-membros da UE, para aumentar o objetivo de despesa com a defesa dos atuais 2% do PIB. A decisão deverá ser anunciada numa cimeira em Haia, no final de junho.

Segundo von der Leyen, os 27 Estados-membros da UE gastam coletivamente cerca de 2% do PIB com a defesa, tendo a despesa total combinada atingido 320 mil milhões de euros no ano ado, contra 200 mil milhões antes de a Rússia ter lançado o seu ataque em grande escala contra a Ucrânia.

"Mas teremos de voltar a aumentar consideravelmente esse valor. Porque ar de menos de 2% para mais de 3% significa centenas de milhares de milhões de euros de investimento adicional todos os anos. Por isso, precisamos de uma abordagem ousada", afirmou.

A 19 de março, a Comissão apresentará o seu Livro Branco sobre a Defesa, no qual definirá as capacidades militares em que a UE deverá investir coletivamente e as melhores formas de as financiar.

Espera-se que os dirigentes aprovem essas opções numa cimeira em junho.

Algumas das opções que parecem já ter reunido consenso entre os Estados-membros são a alteração das regras de concessão de empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI) e dos bancos privados europeus.

Uma alteração do mandato do BEI, disse von der Leyen, "tornaria mais fácil para o setor bancário privado seguir o exemplo".

As poupanças das famílias europeias atingem quase 1,4 biliões de euros, muito acima dos 800 biliões de euros dos Estados Unidos, mas pouco desse dinheiro é investido na defesa, uma vez que o setor não é considerado sustentável de acordo com as regras de taxonomia do bloco.

Entretanto, vários Estados-membros, incluindo França, Espanha e Itália, estão também a pedir a emissão das chamadas euro-obrigações para financiar o reforço da base industrial de defesa. O instrumento, lançado pela primeira vez para sacudir a economia do bloco do entorpecimentp induzido pela COVID-19, tem, no entanto, a forte oposição de alguns dos países mais frugais, como os Países Baixos ou a Alemanha.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Tusk apela à UE para que confisque os ativos congelados da Rússia a fim de prestar assistência financeira à Ucrânia

Em Munique, a UE procura terreno comum com os EUA mas Washington oestou a Europa

Comissão deixa aviso a França, Itália e seis outros países sobre o défice orçamental